❆Capítulo 6❆

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Depois de ver o carro de Ross partir, Cassie resolveu ir a um lugar que visitava de tempos em tempos

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Depois de ver o carro de Ross partir, Cassie resolveu ir a um lugar que visitava de tempos em tempos. Caminhou até a floricultura e saiu de lá segurando uma sacolinha que continha um ramo de margaridas.

Cerca de vinte minutos se passaram até que ela conseguisse chegar ao local que desejava, tendo em vista que a neve acumulada no chão a atrasara bastante.

Entrou no terreno e olhou para todas aquelas lápides. O cemitério era um lugar que causava medo em várias crianças, e Cassie havia sido uma delas. Mas desde que perdeu sua mãe, acabou se acostumando com tudo aquilo.

Caminhou um pouco até chegar no túmulo onde deixaria as flores. O nome Daisy Brown, uma frase de impacto e as datas de nascimento e falecimento eram as coisas escritas na simplória lápide.

Uma lágrima solitária rolou pelo rosto sardento da ruiva. Ela sentia falta dos abraços da mãe, de suas músicas de ninar e seu sorriso. A serenidade no rosto, o olhar cheio de carinho, a modéstia das vestimentas, os cabelos esvoaçantes e longos, todas as características dela, por menores que fossem, estavam gravadas com nitidez na cabeça da adolescente.

Mais lembranças viriam à tona se o pensamento de Cassie não tivesse sido interrompido pelo som de passos. Gelou. Seria um terceiro cúmplice de Lydia querendo se vingar? Virou-se rapidamente e suspirou aliviada ao ver Christopher. Pegou um pouco de neve do chão e jogou no garoto.

—Cassie! Está louca?

—Você me deu um susto danado, garoto!

—Achou que era algum fantasma? —Debochou.

—Não! Fantasmas não existem. Acho que essa investigação me traumatizou.

—Eu também achei que tinha alguém me seguindo. Talvez tenhamos ficado doidos com tudo isso. —Deu de ombros.

Começaram a andar para fora do cemitério.

—Doido eu não sei, mas que você virou a Cindy Lou, ah, você virou. —Deu uma risadinha. —Pensei que jogaria o crachá dos voluntários na primeira lata de lixo que encontrasse logo depois de me levar à praça, mas ao contrário disso, até disse que ajudaria nas festividades.

—Talvez eu tenha enjoado de passar tanto tempo jogando vídeo game. Acho que ajudar vai ser bom.

Cassie tirou a prancheta da mochila e anotou algumas coisas.

—Coloquei seu nome aqui para organizar a competição de montar bonecos de neve e para receber as inscrições dos participantes do concurso de melhores cosplays natalinos. Sabia que a Kathleen, a Madison e a April vão se fantasiar igual aquela cena de Meninas Malvadas e me chamaram para ser a Cady Heron? Vai ser legal.

—Sabia. Inclusive me chamaram para ser o Aaron Samuels. Ele nem aparece direito naquela cena.

—E você nem parece com ele. Está claro que chamaram só para te ter por perto. Tive que aturar elas citando suas qualidades por mais ou menos meia hora no último trabalho em grupo que fizemos. Você nem é tudo isso. Aposto que é só porque é filho do prefeito.

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