Capitulo 1

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Eu sinceramente não sei o porquê disso tudo, e nem faço questão de saber, faria tudo de novo pra salvar a vida do meu pai." Você só precisa ser forte, seu pai precisa de você Marianna!" Repetia pela milésima vez pra mim mesma.

- chegou a hora, senhorita!

Assim que ela disse isso as portas da catedral se abriam, aquele era pra ser o dia mais feliz da minha vida, mais estava sendo o pior de todos. Não tinha pra onde correr, meu destino estava traçado...

UM MÊS ANTES

- o prazo já foi vencido, é melhor a gente levá-la por bem senhor.

- Nunca! Ouviu bem? Nunca! Nunca vou deixar vocês levarem a minha filha.

Eu não entendia nada, como assim? Me levar? pra onde? – eu ouvia a discussão do meu pai com um homem todo de preto na sala simples da nossa casinha.

- É melhor o Senhor nos deixar levá-la por bem- disse isso já tirando uma arma-

Eu não fazia ideia do que estava acontecendo, mais sabia que não poderia deixar aquele homem matar meu pai. Foi ai que agir sem medir as consequências. Sair correndo de dentro do quarto.

- Pelo amor de Deus, moço, não faça nada contra o meu pai! - pedia desesperadamente.

- Marianna, eu não te mandei ficar no quarto? Anda, isso é conversa de gente grande.

- Pai eu já sou uma mulher- disse olhando pro meu pai, era impossível não vê o desespero em seus olhos- se eu for com os senhores, qual a garantia que meu pai ficará bem? – continuei, desobedecendo ali mesmo contra a vontade do meu pai.

- Marianna- ele já chorava copiosamente

- A Senhorita, receberá notícias dele todos os meses. E se alguma coisa acontecer com ele, a Senhorita estará livre do contrato.

- Contrato? Que contrato?

- Isso só o doutor pode dizer, é melhor a senhorita vir por bem, e manter seu pai vivo.

Eu não poderia deixar nada acontecer com meu pai, o homem que me criou sozinha, que me deu amor, segurança,  eu faria qualquer coisa pelo bem do meu pai.

Minha mãe morreu de complicações no meu parto, desde de então meu pai assumiu todas as responsabilidades. Me ensinou o meu melhor, e agora chegou a hora de retribuir, mesmo não sabendo pra onde iria, meu amor por ele é maior do que qualquer coisa. Ate do meu sonho de me forma em medicina, tinha acabado de passar no vestibular, no auge dos 19 anos. Mais nada importaria.

Eu abracei meu Pai, tentando acalmar ele. Mais como eu iria acalmar se eu não sabia o que me esperava? Nessa hora ele já sabia o que eu pretendia fazer.

- Marianna, Por favor filha, não faz isso.

- Pai vai ficar tudo bem, eu lhe prometo- abracei meu pai como se fosse a última vez que fosse vê-lo, mais algo me dizia que seria a última vez que abraçaria meu pai.

Os homens saíram me puxando, me colocaram dentro do carro, meu pai ali ajoelhado chorando, não aguentei e as lagrimas começaram a descer sem meu controle. De repente o carro parou, e já tinha um jatinho nos esperando.

- A gente vai sair do Brasil? Como eu não tenho passaporte? Pra onde vocês tão me levando? – foi ai que perceber que as coisas eram mais graves do que e podia imaginar, eu nem pensei direito, só sair correndo, mais não conseguir ir muito longe, o homem de preto me pegou logo, e me fez cheirar algo que não sei dizer o que era, e apaguei logo depois.

Acordei quando estávamos pousando, não fazia ideia de onde estava, e está tudo tão confuso.

- Vamos senhorita.

O Casamento ForçadoOnde histórias criam vida. Descubra agora