Capitulo 11 - Fogos de artificio

2.9K 164 32
                                    

Capitulo 11 - Fogos de artificio

Olho no relógio, estou com uma camiseta preta com estampa de uns ursinhos meio sanguinários e fofos ao mesmo tempo, um shorts jeans claro, e uma bota de cano curto preta, meus cabelos estão presos no topo da minha cabeça, de lado, fazendo ele ficar meio rebelde, minha franja esta meio bagunçada, está fazendo um calor chato, e a idéia da festa da Nina ser na piscina parece incrivel agora!

Mas não estou arrumada para ir na festa e sim me encontrar com o Leo, estou no centro da cidade, em um calçadão que eu nunca visitei, várias pessoas passam por aqui, fazendo compras, tem bancos de madeira em volta de um jardim quadrado de flores, olho no relógio ele está 10 minutos atrasado. Levanto a cabeça e dou de cara com ele, parado na minha frente, tampando o sol.

-- Desculpe o atraso. - Suas mãos estão dentro do bolso da calça jeans escura e meio apertada que ele usa, com uma camiseta de manga raglã ¾, a manga é preta, e o resto da camiseta cinza escuro, ele está com um boné preto, com letras brancas, eu nem sabia que ele usava, mas ficou uma graça nele, não pera…

Meu deus! Minha bochecha pega fogo quando lembro de terça feira, e o que ele me disse, olho para o lado, cruzando os braços.

-- Credo, estou com calor só de te olhar com essa camiseta ai, tá calor, sabia? - Olho de canto para ele, que apenas pisca e olha para outro lado, vendo o caminho.

-- É por aqui, vamos. - Ele começa a andar, olho para os lados e caminho perto dele.

-- Você não me disse onde iriamos. - Ele só me mandou mensagem dizendo para se encontrar aqui, até achei que ia vir todos da banda, para conversar sobre o que aconteceu ontem, e aquela briga, até porque Cris disse que às vezes de sábado eles se encontram.

-- Se eu dissesse você não viria. - Ele me olha de canto, franzo a testa sem entender e depois levanto.

-- A gravadora! Ah, porque você não disse! Não estou arrumada! - Coloco a mão na cabeça para soltar meus cabelos, mas Leo segura meus pulsos, ainda andando, é bizarro a cena, se alguém de fora vê. -- Ai, ai, tá bom, não vou soltar.

-- Não precisa querer se arrumar pra ir a gravadora. - Ele solta meus pulsos, arrumo meus cabelos e coloco as mãos no bolso do shorts, tendo que levantar um pouco a camisa, preciso parar de ver desfiles da minha mãe! -- Chegamos. - Ele para de frente em uma porta de vidro, paro também olhando, tem um banner grande, falando sobre músicas, mas não parece uma gravadora, parece uma loja de música.

Sigo Leo, passamos pela loja enorme, ele conversa com um rapaz, e entrega um cartão, depois o homem deixa a gente entrar no elevador. Leo aperta o 13° andar, ele parece nervoso, olha para os números e para a porta, acabo ficando nervosa por ele. Entramos em uma sala onde a recepcionista nos atendeu com indiferença, quando ela pediu para entrarmos na sala, Leo se levantou e respirou fundo.

Entramos na sala, um homem de terno estava sentado em um sofá, ele era um pouco rechonchudo, e usava um óculos verde engraçado, tinha um outro rapaz com ele, moreno careca e bem alto, com um sorriso simpático. Reconheci ele, era um famoso produtor de música. A conversa foi divertida, interessante  e até animadora, eles ficaram com um CD que Leo entregou, os dois ouviram as músicas, ainda não gravamos alguma comigo cantando, Leo explicou quem eu era, comentando o porque da minha voz ainda não aparecer nas músicas, dizendo que íamos regravar.

Ficaram conversando durante um bom tempo, eu não quis me intrometer, e apenas concordava com o que o Leo ia explicando, ele parecia determinado para que tudo desse certo, mesmo que ontem fiquei com dó do Lex, hoje estou meio chateada pelo Leo, ele quer tanto que a banda vá para frente que deve se sentir muito triste quando os meninos não se esforçam tanto quanto ele, talvez o sonho de Leo não seja o mesmo de Lex e também de Jake.

Sonhos de MarielWhere stories live. Discover now