𝐘𝐎𝐔 𝐌𝐀𝐓𝐓𝐄𝐑 𝐓𝐎 𝐌𝐄 - catradora (one shots).

NO MESMO ANDAR

— em uma noite "comum", Adora fica presa no elevador com sua nova vizinha, Catra.

[ADORA P.O.V]

Que droga. Faz quase uma hora que eu pedi sushi pelo aplicativo e até agora essa benção (para não dizer outra coisa) não chegou. Estou quase morrendo de fome.

Estava chovendo bastante lá fora. Sabe, eu adoro dias frios.

Eu moro sozinha nesse apartamento há quase três anos. Terminei a faculdade de direito há dois anos atrás, e desde então, trabalho em um escritório aqui perto.

As vezes fico com preguiça de cozinhar e apenas peço comida pelo aplicativo.
Meu amigo, Bow, sempre diz que isso vai acabar com a minha saúde no futuro.

Ouvi o interfone tocar. Ah, finalmente.

Peguei um blusão qualquer que estava sobre minha cama, um shorts pretos e os coloquei. Apenas passei a mão em meus cabelos loiros, presos em um rabo de cavalo e calcei os chinelos.

Desci e dei boa noite ao porteiro. Paguei o motoboy e logo em seguida peguei minha comida. Que cheiro delicioso.

Fui em direção ao elevador apertei o botão para meu andar.

A porta estava quase fechando, quando uma mão a impediu.

Era uma garota, aparentava ter a minha idade. Tinha cabelos curtos e olhos bonitos. Orelhas de felina e unhas afiadas.

Provavelmente era nova ali, ou estava visitando alguém. Nunca havia visto a mesma.

Ela era realmente muito bonita.

- Ah, boa noite. - disse ela, com a voz ofegante, mas ao mesmo tempo simpática. Parecia com pressa. Sorri de canto.

- Boa noite.

Ela adentrou o elevador e ficou ao meu lado.

- Vai para o mesmo andar? - questionei, e ela apenas assentiu.

Estava tudo tranquilo, até o momento que o elevador parou. Ergui uma sobrancelha e encarei a garota ao meu lado.

Logo, as luzes apagaram. A única coisa que iluminava o ambiente era o painel com os botões para os andares.

- O que houve??

- Acho que o elevador parou - ela apertou o botão que dava para o meu andar com força. - Droga...

- Ferrou.

Ela apertou o botão de emergência, impaciente.

- Acho que a única coisa que podemos fazer é esperar. Estava chovendo, acho que a energia acabou...

Eu já fiquei presa em um elevador uma vez e não foi uma experiência muito boa.

Eu odiava ficar em locais fechados e pequenos. Me dava falta de ar...

É, e daquela vez não foi diferente. Eu simplesmente não conseguia respirar. Cheguei um pouco para trás e deitei a cabeça sobre a parede, enquanto, em uma falha tentativa, tentava encontrar ar em meus pulmões. Eles doíam e queimavam feito brasa.

Minhas mãos começaram a suar e tremer. Eu respirava, ou melhor, tentava respirar. Estava ofegante.

A garota na qual eu dividia o elevador me olhou confusa. Se aproximou de mim e me encarou.

- Você está bem?

- Não... Consigo... Respirar...

- Por Deus - pude ver o pânico e o medo em seus olhos. Ela respirou profundamente, olhou em volta, tentando encontrar alguma solução - Olha pra mim.