Capítulo 48

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Kelsey POV

Carly: Tu queres que eu o quê? - Carly olhou-me incrédula, os seus olhos e a sua boca bem abertos com o choque.

Mordisquei o lábio inferior, sem saber realmente se aquilo era uma boa ideia naquele momento mas eu não tinha muito tempo--era agora ou nunca.

Eu: Eu preciso que tu sejas testemunha do Zayn.

Carly abanou a cabeça, tentando compreender o que eu tinha acabado de dizer.

Eu: Por favor Carly, - Implorei, desespero escondido entre as minhas palavras. - És a única esperança dele.

Carly: Kelsey... - Carly abanou a cabeça. - Eu não acho que saibas aquilo que me estás a pedir.

Eu: Eu sei, Carly. Eu sei. Tu és a única que o pode fazer. Tu estavas na festa naquela noite para além de mim.

Carly: Kelsey, estás-me a pedir para mentir à polícia por um criminoso--

Eu: Ele não é um criminoso, Carly. - Exclamei venenosamente.

Carly: Certo, por isso é que ele está a ser procurado pela polícia. - Disse com sarcasmo, revirando os olhos. - Tem muita lógica.

Eu: Ele não fez nada de mal! Eles só pensam que ele fez o que é completamente injusto. Ele estava comigo naquela noite, lembras-te?

Carly não disse nada. Em vez disso, apenas suspirou.

Carly: Porque é que não consegues simplesmente ver que ele é mau para ti? Este é o exemplo perfeito do porquê de eu não te querer perto dele.

Eu: Tu não és minha mãe, Carly! És a minha melhor amiga! É suposto apoiares-me-- - Abanei a cabeça, impedindo-me a mim mesma de continuar a falar. - Sabes que mais? - Cuspi. - Eu não preciso disto. Podes ir, eu penso noutra coisa. - Sibilei, prestes a virar-lhe as costas quando ela abanou a cabeça.

Carly: Não, não... - Carly começou, respirando fundo.

Cautelosamente olhei para ela, curiosa com que ela iria dizer.

Carly: E-Eu faço-o... - Ela murmurou, desviando o olhar.

Os meus olhos arregalaram-se.

Eu: Fazes?

Carly: Sim, - Carly assentiu. - Se é para te ter como melhor amiga de novo, eu faço qualquer coisa.

Contive um sorriso, não sabendo ao certo se devia acreditar nela ou não.

Eu: Como é que eu sei que tu não me estás a mentir? - Cerrei-lhe os olhos. - Tu basicamente acabaste de criticar o meu namorado há bocado. - Cruzei os braços contra o peito.

Carly: Porque, Kels, - Carly balançou-se sobre os pés - Por mais que eu saiba que ele é mau, por alguma razão estranha, ele faz-te feliz e como tua melhor amiga, isso é tudo o que quero.

Apoiei o peso do meu corpo num só lado, examinando o rosto dela à procura de algum sinal de desonestidade.

Carly: Consigo ver a maneira que tu lutas por ele e que ele faria qualquer coisa para te proteger, que vocês se importam mesmo um com o outro. - Lambendo os lábios, Carly suspirou. - Ele veio a minha casa, sabes... depois do que aconteceu.

Eu: Eu sei. - Respondi monotonamente.

Carly: Suponho que saibas o que aconteceu então? - Levantou a sobrancelha. 

Assenti.

Carly: Mhm. Então sabes que ele me ameaçou para eu ficar longe de ti?

Permaneci em silêncio mas ela recebeu a resposta dela em alto e bom som.

Carly: Por mais que eu tenha achado isso extremamente desrespeitoso da parte dele intimidar-me daquela maneira, eu não pude evitar ver a paixão feroz que ele tem por ti.

Permaneci igual, os meus ouvidos atentos às coisas que ela me estava a dizer.

Carly: Basicamente, o que estou a tentar dizer é, apesar do meu desagrado para com ele, farei tudo o que puder para ajudar. - Sorriu delicadamente. - Apenas diz-me o que fazer e eu alinho.

Eu: Ok, ótimo. - Sorri de volta. - Tudo o que temos de fazer agora é discutir isto com o Zayn . - Agarrei no meu telefone e digitei rapidamente o número do Zayn antes de colocar em alta voz.

Após alguns sinais de chamada, ele atendeu.

Zayn: Estou?

Eu: Zayn?

Zayn: Sim babe?

Eu: A Carly quer falar contigo.


Zayn POV

Eu: Ok, - Deslizei pelo sofá ao lado do John. - O que fazemos agora? - Após ter deixado a Kelsey em casa, voltei para a minha.

John: Esperamos. - Bruce encolheu os ombros. - Agimos normalmente, nada fora do vulgar. Quando eles te vierem interrogar amanhã, não mostres nenhum sinal de hesitação.

Eu: Bem, isso é fácil.

John: Nada que não tenhas feito antes. - Bruce piscou o olho na brincadeira.

Ri-me.

Eu: Tens razão.

John: Falaste com a Kelsey sobre como as coisas vão funcionar? - John interveio, captando a minha atenção para ele. - Tu sabes que ela não pode vir aqui enquanto eles estão a investigar. Eles têm-te sob vigilância 24h por dia até o caso estar resolvido.

Eu: Eu sei, eu já lhe disse que ela tinha de esperar uns dias.

Marco: Como é que ela recebeu as notícias? - Marco perguntou.

Encolhi os ombros.

Eu: Ficou um pouco chateada mas ela compreende porque é que tem de ser assim.

Marcus: Isso é bom. A última coisa que precisamos é que ela venha cá quando a polícia aqui estiver. - Marcus falou.

Bruce abanou a cabeça.

Bruce: Ela não faria isso, ela é demasiado inteligente.

Eu: Mano, há alguma coisa que me queiras contar? - Escarneci, olhando para o Bruce com diversão nos olhos.

Bruce: O quê?

Eu: Quero dizer, tens estado a elogiar a minha miúda o dia todo hoje--

Bruce: Claro que não. Ela é gira e tal mas eu não gosto dela dessa maneira. Apenas tenho respeito.

Eu: Ótimo, porque eu ia odiar ter de bater-te para te manter afastado dela. - Sorri.

Bruce: Tu não me irias tocar. - Bruce sorriu.

Eu: Queres apostar? - Levantei-me.

Bruce levantou-se a seguir.

Bruce: Manda vir. 

Assim que ficamos cara a cara, desatámo-nos a rir. Chocando as mãos com as dele, bati-lhe nas costas antes de me sentar novamente no sofá. 

John: Vocês são malucos. - John revirou os olhos.

Eu: Tu és apenas um hater. - Imitei-o.

John: Não uses as minhas palavras. - John retorquiu.

Quase rebolei a rir.

Eu: Mano, estás brincar agora?

Ele sorriu.

John: Claro que estou seu idiota. Eu não estou a falar a sério. - Atirou-me uma almofada.

Agarrando-a, esfreguei-lha na cara.

Eu: Não me atires almofadas só porque estás com inveja.

John: Vais mesmo usar tudo aquilo que eu digo, contra mim?

Eu: Talvez sim, - Sorri, encolhendo os ombros. - Talvez não. 

John: És tão imaturo. - Replicou.

Bruce: Meninas... já chega. - Bruce riu-se.

Olhei para o John e ele para mim e juntos, virámo-nos, atirando uma almofada ao Bruce.

Assim que a almofada caiu, Bruce olhou para nós.

Bruce: Para que é que foi isso?

John e eu encolhemos os ombros.

Eu: Karma. 

Bruce: Vocês agem como crianças às vezes, juro. - Zombou, abanando a cabeça.

Abanando a cabeça, ri-me, prestes a dizer qualquer coisa quando senti o meu telemóvel vibrar no bolso das minhas calças.

Tirando-o para fora, olhei para o ecrã. Suspirei, vendo o nome de quem estava a ligar.

- Quem é? - Os rapazes perguntaram em uníssono.

Dei-lhes um olhar estranho antes de abanar a cabeça.

Eu: É a Kelsey.

Bruce: Não atendas. - Bruce disse sem hesitação.

Mordi o lábio.

Eu: E se for importante? - Deslizei o dedo pelo ecrã, desbloqueando-o e atendendo a chamada antes que alguém dissesse mais alguma coisa, e pressionei-o contra o ouvido, evitando os olhares do Bruce. - Estou?

Kelsey: Zayn?

Eu: Sim babe?

Os rapazes zombaram, abanando-me as cabeças.

Sorri, focando-me de novo na chamada.

Kelsey: A Carly quer falar contigo.

Congelei, os meus olhos e os dos rapazes, arregalaram-se.

Eu: O quê?

Kelsey: Ela está mesmo aqui. Diz oi Carly. - Ouvi Kelsey murmurar baixo no microfone.

Após alguns segundos, uma pequena voz ouviu-se.

Carly: Oi Zayn...

Cerrei os olhos, imaginá-la perto da Kelsey enjoava-me. 

Eu: O que estás a fazer em casa dela? - Cuspi.

Kelsey: Zayn... - Kelsey suspirou.

Eu: Não te avisei para ficares longe dela?

Kelsey: Zayn... - Kelsey começou de novo.

Eu: Queres que eu te ma--

Kelsey: Zayn! - Kelsey exclamou fazendo os rapazes rirem-se.

Olhei para eles, mandando-os calar.

Eu: O quê? - Sibilei.

Kelsey: Pára de ser otário por dois segundos e ouve-me.

A cabra tinha sorte de eu amar a Kelsey se não tinha-me passado. 

Eu: O quê? - Balbuciei, encostando-me ao sofá.

Kelsey: Eu pedi para ela vir cá.

Eu: E por que raio havias de fazer isso?

Kelsey: Podes parar e deixar-me acabar? - Ralhou irritada.

Revirei os olhos.

Eu: Como queiras.

Kelsey: Ela está disposta a ajudar-te com a polícia.

Levantei-me subitamente, a minha atenção completamente posta no que ela tinha acabado de dizer. 

Eu: O quê?

Kelsey: Ela disse que o faz. Ela vai mentir à polícia sobre aquela noite. - Pude sentir a felicidade por detrás das palavras da Kelsey.

Eu: E tu confias nela?

Kelsey: Bem, sim...

Eu: Kelsey... - Murmurei. - Não aprendes nada comigo?

Kelsey: Pensei que ias ficar contente!

Eu: E estou, só que... Como é que sabes que podes confiar nela?

Kelsey: Somos melhores amigas há anos Zayn. Eu conheço-a como a palma da minha mão. Consigo ver quando é que ela está a mentir ou não. 

Tomei um minuto para pensar. Uma parte de mim dizia-me para confiar nela e acreditar que a Carly não estava a mentir mas outra parte de mim dizia-me para não confiar na Carly. Que ela lixou a Kelsey uma vez e que o irá fazer de novo.

Passei a mão de baixo para cima pela cara.

Eu: Põe-na ao telemóvel.

Kelsey não hesitou e passou à Carly.

Carly: Estou? - Ouviu-se a mesma pequena voz.

Evitei amaldiçoá-la.

Eu: A Kelsey disse que estás disposta a ajudar-me? - Mantive a minha voz firme e severa, mostrando-lhe que eu levava o assunto a sério e que se ela me fodesse, eu a matava em segundos.

Carly: É...

Olhei para os rapazes, notando que eles estavam a olhar para mim intensamente, perguntando o que se estaria a passar.

Decidi pôr o telemóvel em alta-voz para ser mais de todos discutirmos.

Danger - Zayn Malik fanfictionOnde histórias criam vida. Descubra agora