Capítulo 44

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Trisha: Afetou-o mais do que eu podia imaginar. Ele levou-o mais a sério do que qualquer um de nós. Ele ama o Zayn, eu sei que sim quer o demonstre ou não. Eles eram bastante próximos antes de tudo se virar de pernas para o ar.

Kelsey esfregou as costas da minha mãe de forma consoladora.

Trisha: Podes ser sincera comigo Kelsey?

Kelsey: Claro.

Trisha: O Zayn ainda continua a fazer o que fazia antes?

Kelsey: Como assim?

Trisha: Ele ainda continua a dar-se com aquelas pessoas com quem se dava antes, quando tudo aconteceu?

Senti o meu estômago revirar ao mencionarem o que eu faço e rezei para que a Kelsey não lhe dissesse a verdade.

Kelsey abriu a boca para dizer algo quando o Jaxon veio a caminhar na minha direção. 

Jaxon: Que raio Zayn? Disse-te para pedires mais pipocas tipo há meia hora atrás. - Abanou a cabeça, tirando a taça das minhas mãos e entrando na cozinha, ignorando completamente o facto de a Kelsey e a nossa mãe estarem a ter uma conversa. 

A minha mãe e a Kelsey viraram-se para olhar para mim.

Eu: Hey... - Acenei de forma constrangedora, sorrindo.

Kelsey cerrou-me os olhos.

Kelsey: Estavas a escutar a nossa conversa?

Eu: O quê? Não!

Kelsey: Bem segundo o Jaxon ele disse-te para ires buscar pipocas há meia hora atrás. 

Eu: O Jaxon exagera sempre. - Acenei com desdém.

Kelsey: Sabes uma pessoa disse-me que a curiosidade matou o gato...

Trisha: Hm, pergunto-me quem terá sido... - A minha mãe juntou-se à Kelsey. 

Eu: Credo mãe, obrigada por ficares do lado da minha namorada contra o teu próprio filho. - Revirei os olhos na brincadeira. 

Trisha: Eu escolho o lado justo, tu sabes disso.

Eu: Bem a Kelsey está apenas a fazer confusão como de costume. o Jaxon disse-me para vir buscar pipocas tipo há três minutos. 

Kelsey: E o que é que te atrasou tanto a ir buscá-las então?

Eu: Tive de usar a casa de banho. 

Kelsey cruzou os braços contra o peito.

Kelsey: Claro. - Enfatizou assentindo com a cabeça, prolongando a última sílaba. 

Eu: Adoro a crença que vocês têm em mim. A sério, consigo sentir o amor. - Observei com sarcasmo. 

Kelsey riu-se.

Kelsey: És tão criança.

Eu: Se sou criança então tu és uma pervertida porque namoras comigo, isso não é ilegal?

Kelsey olhou para mim, desconcertada. 

Kelsey: Tu não acabaste de dizer isso...

Jaxon quase deixou cair a taça das pipocas, rindo histericamente.

Jaxon: Essa foi boa, mano. 

Eu: Obrigado. - Chocámos os nós dos dedos.

Trisha: Ok, então... - A minha mãe deu-me um olhar estranho. - Vocês vão continuar a ver o jogo e nós vamos acabar de fazer o jantar.

Eu: Posso ajudar?

Kelsey: Não. - Kelsey respondeu.

Eu: Mãe? 

Trisha: É como a tua namorada diz. - Sorriu.

Rosnei alto.

Eu: Obrigado mãe, aprecio muito isso.

Trisha: Sempre às ordens. - Agarrou a minha cara e pondo-se em bicos de pés deu-me um beijo na bochecha.

Eu: Vá lá babe, por favor? - Implorei, dirigindo-me à Kelsey.

Kelsey: Nope.

Eu: Por favor? - Sussurrei, envolvendo os meus braços na sua cintura. - Prometo que nem vais reparar que estou aqui. - Dei-lhe um beijo debaixo da orelha. 

Kelsey: Zayn, - Kelsey ralhou acotovelando-me. - A tua mãe está na cozinha.

Eu: E?

Kelsey: E, eu não me sinto confortável contigo em cima de mim. Chama-se espaço pessoal. - Empurrou o meu peito.

Eu: Porque é que estás a ser tão cabra?

Kelsey congelou no lugar, melancolia atravessava-lhe os olhos.

Jaxon: Estás a dar-lhe, bro. - Jaxon riu-se na ponta da cozinha.

Atirei-lhe um olhar para ele se calar antes de virar para a Kelsey. 

Eu: Estava só a brincar.

Kelsey: Como queiras Zayn. Vai acabar de ver o jogo de hóquei. Ok? 

Suspirei. 

Eu: Tudo bem. Anda Jaxon. - Gesticulei coma cabeça na direção da porta. 

Ambos saímos para nos dirigirmos à sala mas não antes de ouvir a minha mãe murmurar palavras de encorajamento à Kelsey. 


Kelsey POV

Trisha: Ignora-o. - esfregou as minhas costas em círculos. - Ele não o disse a sério. Eu sei quando é que ele está a falar a sério ou não. 

Eu: Eu sei Trisha, mas é embaraçoso ele dizê-lo em frente a si e ao Jaxon. Uma coisa é quando não está ninguém por perto mas em frente à família? - Abanei a cabeça. 

Trisha: Hey, não importa, isso não muda aquilo que penso de ti. Tu és boa para o meu filho apesar do seu comportamento infantil.

Esbocei um pequeno sorriso.

Eu: Obrigada.

Trisha: Para que servem as mulheres? Para se unirem. - Puxou-me para um abraço antes de se afastar e se dirigir à panela cheia de massa. Enquanto ela mexia, debrucei-me sobre a bancada.

Eu: Respondendo à sua pergunta: Não.

Trisha: Não o quê? 

Eu: Não sai com os rapazes... - Fiz uma pausa, mordendo a língua.

Trisha olhou para mim com ceticismo.

Trisha: A sério?

Assenti.

Eu: Sim.

Um sorriso formou-se nos seus lábios.

Trisha: Fico contente. A última coisa que preciso é que o meu filho se dê com as pessoas que lhe trouxeram desgraças.

Senti uma pontada de culpa por mentir a uma mulher tão fantástica mas eu sabia que se lhe dissesse a verdade, o Zayn não me iria perdoar e os seus pais certamente não o iriam perdoar a ele.

Ele tinha acabado de se reconciliar com a mãe e com o irmão. A última coisa que eu quero é que ele os perca de novo.

Uma vez bastou para a vida toda.

Trisha: Kelsey, podes chamar os rapazes para ajudarem a pôr a mesa?

Eu: Claro!

Trisha: Obrigada querida.

Eu: Não tem de quê. - Saindo da cozinha, dirigi-me à sala de estar. - Rapazes, a vossa mãe quer ajuda a pôr a mesa.

Jaxon: Ok, só um segundo. - Jaxon respondeu.

Senti os olhos de Zayn sobre mim mas ignorei-o, virando-me e dirigindo-me à mesa que calculei ser a qual onde iríamos jantar.

Agarrando nos pratos, comecei a colocá-los em frente a cada cadeira quando senti uns braços à volta da minha cintura. Não tive de me virar para saber quem era. Em vez disso, continuei a colocar os pratos. 

Zayn: Desculpa. - Zayn murmurou contra o meu cabelo. 

Depois de ter colocado os pratos, agarrei nos guardanapos, colocando-os ao lado de cada prato. 

Zayn: Babe... – murmurou. - Fala comigo.

Eu: Não há nada para falar. Além disso, não devias de não estar a tocar-me?

Zayn inclinou a cabeça para trás de forma a ter uma boa visão da minha cara.

Zayn: O quê?

Eu: Visto que és uma criança, posso ser presa, certo?

Zayn riu-se.

Zayn: Eu só estava a brincar.

Eu: É, pareces ter estado a brincar sobre muitas coisas hoje. - Virando-me, desprendi-me dos seus braços, agarrando nas colheres e nos garfos e coloquei-os um ao lado do outro em cima dos guardanapos. 

Zayn: Kelsey… - suspirou, agarrando a minha mão e puxando-me para ele. - Não faças isso, por favor...

Eu: Sou uma cabra, não é? Porque é que irias querer-me perto de ti se sou assim tão cabra? - Disse friamente.

Zayn: Tu não és uma cabra. 

Eu: Lembro-me de me teres dito que era ou estou enganada?

Zayn: Estás enganada. - Murmurou, aproximando a cara da minha. 

Eu: Tens a certeza?

Zayn: Mhm, - Assentiu, encaixando a cabeça no meu pescoço, os seus lábios roçando ligeiramente na minha pele. 

Eu: Zayn... - Sussurrei. 

Pressionando os seus lábios no meu pescoço, senti tudo à minha volta paralisar, só existia eu e o Zayn.

Beijando o meu pescoço, Zayn percorreu o contorno do meu maxilar antes de se endireitar e colocar o meu rosto entre as suas mãos.

Zayn: Desculpa. - Bicou os meus lábios. - Ok?

Desviei o olhar, não sendo capaz de o olhar nos olhos.

Zayn: Não quero discutir contigo neste momento. 

Eu: Eu também não.

Zayn: Então olha para mim quando estou a falar contigo.

Cerrei o maxilar antes de forçar os meus olhos a olharem os dele. 

Ele pressionou os seus lábios nos meus, desta vez, indo devagar antes de passado um minuto, se afastar.

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