A vila dos bandidos

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  O veneno fez efeito em mais ou menos meia hora depois de ser ingerido, eliminando todos os vestígios da carne da oni no corpo da jovem e a deixando curada. Durante a janta ela comeu e bebeu quase tanto quanto Inosuke, o que deixou Tanjiro surpreso, mas aliviado.

  Dormiram no sótão, ouvindo as gotas de água caindo do céu. S/n esperava que parasse de chover pela manhã, não queria ficar toda encharcada para a próxima missão e o tempo fechado dificultava a visibilidade durante uma luta.

  Agora, na manhã do dia seguinte, a chuva havia passado e os espadachins deixaram a residência dos Watanabi após muitos agradecimentos e Tieko insistiu para que levassem dois bentōs, um para cada. Os corvos lideravam o caminho rumo à próxima missão.

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  Chegaram na vila quando o sol estava prestes a ir embora e deixava o céu colorido de amarelo, laranja e vermelho. Demoraram bastante para chegar ao seu destino pois estava quente, a estrada lamacenta e ainda por cima, Tanjiro havia insistido em ajudar um viajante a desatolar sua carroça. Infelizmente não puderam pegar uma carona, pois eles iam para direções opostas.

  Perceberam que algo estava errado assim que colocaram os pés lá. As ruas estavam desertas, nenhuma luz saía pelas janelas das casas, que estavam geralmente cobertas por grossas cortinas ou tampadas com placas de madeira.

  -- O que será que aconteceu?

  Apesar de Tanjiro ter perguntado com um tom baixo, sua voz saiu alta, pois tudo estava muito silencioso. Parecia que até mesmo os insetos prendiam a respiração, se escondendo de algo.

  -- Ataques de onis, eu acho - S/n respondeu. - Mas será que essa cidade não tem algum restaurante, não?

  Os dois andaram um pouco, explorando as ruas. O som de seus passos eram abafados por conta do solo lamacento. Perceberam que algumas casas tinham sido arrombadas, pois não tinham portas. Uma vez ou outra viram manchas de sangue nas paredes ou janelas. Tanjiro se sentia desconfortável, porque sentia cheiro de medo no ar e S/n sentia que estava sendo observada.

   Podiam dar aquele lugar como uma vila fantasma, completamente abandonada, mas viram luzes saindo de um estabelecimento de dois andares. Parecia ser um restaurante.

  Foram até lá para descobrir que se tratava de uma casa de chá, uma chaya, para ser mais específico. Tanjiro e S/n se entreolharam antes de entrar, será que deveriam procurar algum outro lugar para jantar? Mas não havia nem um outro lugar aberto e podiam coletar informações lá, então resolveram entrar deixando os sapatos sujos de lama na entrada.

  O local estava quase vazio, tirando um homem de kimono em um canto, e os dois escolheram uma mesa para se sentar. Uma bela moça de cabelos negros e olhos azuis veio recebê-los.

Imagine - Tanjiro KamadoWhere stories live. Discover now