f o u r

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Não importa o quão boba seja a situação, você sempre se preocupa comigo

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Não importa o quão boba seja a situação, você sempre se preocupa comigo.
Eu amo o jeito que você cuida de mim.

COMBO DUPLO, NEGADA! 🤪Agora só na próxima semana!— Aurora

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COMBO DUPLO, NEGADA! 🤪
Agora só na próxima semana!
— Aurora.


    Minha visão estava turva, por isso desisti da ideia de tentar me levantar e deitei novamente, me cobrindo com as cobertas quentes.
     Fazia frio.
    Ou melhor, eu estava com frio.
    Espirrei pela quadragésima sétima vez aquele dia.
     Eu definitivamente detestava ficar gripado, mas não é como se eu pudesse evitar isso. E para piorar, estava sozinho fazia uns três dias, já que, o time de Kageyama estava jogando fora.  Odiava admitir, mas queria ser mimado por ele, pelo menos um pouquinho.
       Sem ter mais opções cabíveis, abracei o travesseiro que continha o cheiro dele e, me sentindo mais calmo, peguei no sono outra vez.

[...]
   
     Já era da noite tarde quando eu acordei e resolvi tomar um banho.
    Quando a água fria tocou a minha pele, eu senti que estava sendo punido por todos os meus pecados. Sério, sem brincadeira alguma.
      Me cobri com a toalha e fui para o quarto me trocar.
     Assim que terminei, joguei o cobertor sobre a minha cabeça e quando estava prestes me jogar na cama outra vez, ouvi o som da porta sendo destrancada.
         Surpreso, caminhei até a sala e me deparei com Kageyama segurando uma mala média, e algumas sacolas.
       Ele me lançou um olhar engraçado.
— Por que está coberto desse jeito?

    Fiz uma careta, o ajudando com as sacolas.
— Estou com frio — resmunguei.

   Senti seus braços me abraçarem por trás e ele deslizou sua mão sobre a minha testa.
— Você tomou remédio?

— Estava indo agora — murmurei, contente com seu toque. — Você não ia ficar fora uma semana?

    Kageyama me apertou um pouco mais contra os seus braços.
— Ia, mas adiaram o jogo por conta da neve — respondeu, depositando um beijo sob a sua cabeça. — Você não respondeu minhas mensagens, fiquei preocupado.

— Eu estava dormindo. Desculpe.

— Imaginei isso, mas  decidi vir mais cedo só por garantia — como se eu fosse uma criança, ele me segurou no colo e colocou na cama. — Vou pegar o seu remédio — disse, pegando as sacolas da minha mão e sumindo do meu campo de visão. Deitei novamente, dessa vez, ficando de olhos abertos. Tobio me entregou um copo de água e remédio, e eu bebi bonitinho. — Trouxe chocolate pra você.

    Eu queria beijá-lo, mas não queria deixá-lo doente também.
— Te amo! — fiz coração com as mãos e ele riu.

   Kageyama tirou a camisa e eu fiquei o admirando de longe.
— Você deveria ir descansar.

— Não quero — cruzei os braços, fazendo birra.

— Se eu não tivesse aqui, você não estaria dormindo agora?

     Eu bufei, ficando emburrado.
     Tudo que eu queria era ficar ao lado dele mais um pouco. Será que isso é tão difícil assim de perceber?
— Mas você está aqui, não está? — retruquei.— Não quer que eu lhe faça companhia, Kageyama? É isso? Você cansou de mim? — antes que ele tivesse tempo de responder, me virei para o outro lado da cama. — Certo, então eu vou dormir abraçado com o meu travesseiro, porque pelo menos ele gosta de ficar comigo!

        Ele não me respondeu, apenas foi para o banheiro.
        E claro que isso não melhorou o meu humor.
       Baka, Kageyama Baka!
        Fechei os olhos, sentindo meu corpo pesar.
       Dado alguns minutos, eu peguei no sono.

[...]
  
     Algum tempo depois, não sei exatamente quanto, eu acordei com Kageyama se deitando ao meu lado. Por puro orgulho continuei fingindo que estava dormindo, afinal, não queria dar o braço a torcer e ele devia saber bem disso.
       Permiti que Tobio me puxasse para os seus braços largos e aproveitei disso para me aconchegar bem. Não importava quantos anos se passassem, eu sempre parecia me encaixar perfeitamente bem naquele abraço.
— Maldito ruivo birrento — praguejou baixinho. Ele deslizou o nariz sob o meu cabelo, o cheirando.— Seu cheiro é bom, você sabia?

— Você disse — sussurrei, dando-me por vencido. — Quando nos beijamos a primeira vez.

— Então você lembra?

— Não poderia esquecer mesmo que tentasse — sussurro.
     Eu sentia que, assim como meu amor por Tobio, as lembranças sobre ele jamais poderiam ser esquecidas ou apagadas.
      Se pudesse compará-lo à algo fundamental para a minha sobrevivência, eu facilmente diria que ele é meu oxigênio; uma pessoa não consegue viver sem respirar, certo? É assim que eu me sentia.

5 coisas que amo em você | Por Hinata Shoyo [CONCLUÍDA]Where stories live. Discover now