A galáxia da ilusão (ACOTAR)

17

Hazel

Rhysand se aproximou de mim, com a mão estendida. Estava na hora de atravessar. Assim que meus pés voltaram a tocar no chão, soltei rapidamente a mão de Rhys e corri para trás da árvore mais próxima e vomitei todo líquido que havia digerido naquela madrugada. Alguns segundos depois, enquanto eu ainda vomitava, escutei alguém se aproximando. Era Adalia, ela veio se juntar a mim na onda de vômitos e barulhos nojentos. Eu não havia bebido tanto para vomitar, mas a travessia ainda me enjoava quanto a Dália, ela já estava acostumada, mas completamente bêbada.

Assim que me recupero, volto para perto dos três illyrianos que aguardavam pacientemente. Meu rosto ardia de vergonha, pelo menos não foi no sapato de Rhys dessa vez (mas só porque dessa vez ele não me provocou). Olho ao meu redor e percebo que o resto do círculo íntimo não está presente, mas poucos segundos os avistei, eles estavam um pouco mais afastados e não haviam nos visto ainda. Agradeci por isso, pelo menos não me viram vomitando no matinho.

A ansiedade causada pelo fato de que eu me tornaria feérica logo, evitava que eu pensasse que Troye estava livre. Aquele filho da puta deveria ter sido morto naquele lugar. Só espero que mais nenhuma mulher seja sua vítima.

Coloco minhas mãos atrás das costas para esconder o fato de que elas tremiam. Entretanto, isso não era uma reação ao enjoo recente ou por causa de Troye, elas estavam tremendo antes mesmo que eu recebesse a notícia. Um nervosismo tomou conta de mim uma hora antes de eu voltar para Prythian, eu sentia como se algo fosse acontecer e certo o havia me tomado, sem razão aparente.

Lucien se afastou com Adalia, ele a levaria ao quarto para que pudesse descansar. Começamos nossa caminhada em direção ao resto do circulo intimo, mas paro assim que escuto ao lado um som alto e metálico. Era um treino com espadas. Avisto um longo cabelo loiro, que estava preso em um rabo de cavalo. Ele me lembra do Tamlin, mas o que aquele filho da puta estaria fazendo aqui? Desvio o olhar e continuo a caminhada.

Nos encontramos com os outros e olho para os rostos curiosos focados em mim. Helion e Eris estavam na minha frente, com outra mulher ruiva ao lado de Helion, ela se parecia muito com Eris e Lucien... Mas eu não estava entendendo mais nada. O que Tamlin fazia ali? E quanto a Eris e a senhora da outonal?

-É um prazer recebe-la em nossa corte, salvadora – fala a mãe de Eris de forma educada – Sou Aimeé, a senhora da Diurna e esse é ....

-Mas você não era a senhora da Outonal? – a interrompo, estava muito curiosa e não conseguia me manter quieta – o Beron a libertou?

-Meu pai está morto – fala Eris, com um leve sorriso.

-Sério que aquele desgraçado finalmente foi para o inferno? – falo animada. Todos ao meu redor sorriem.

-Pela situação que nos encontramos imagino que você não seja mais um filho da puta – falo de forma direta para Eris, que acaba rindo de meu comentário.

-Eris nos explicou seus motivos e o entendemos – fala Mor – agora somos aliados.

-Que bom! Sempre soube que não era o que parecia. Meu pano para o Eris é todo purpurinado.

Eris e sua mãe sorriem para mim. Acabo desviando minha atenção quando percebo que alguém estava se aproximando. A primeira coisa que eu vejo é Tamlin. Ele está sem camisa e eu me xingo ao notar que o filho da puta é gato, entretanto, não é nada comparado ao outro macho ao seu lado.

A pele negra e suada brilhava linda e sedutoramente. Ele é alto, musculoso e estava sem camisa, mostrando seu abdômen definido. Gostoso para caralho. Acabo acordando de meu transe quando escuto um rosnado, desvio o olhar a contragosto e vejo que o rosnado veio de Tamlin.