Nude | MadamSpellman

19 - antepenúltimo.

Zelda deu um suspiro impaciente enquanto Hilda ajustava o vestido em seu corpo.
    — Você está tão adorável — disse alisando a saia do adorável vestido. — combina com seus olhos.
    — bem... — se olhou em frente ao espelho — você acha que ela vai gostar?
    — Mary? Céus ainda tem dúvidas? Nunca reparou na forma com que ela olha pra você?
    — eu... eu não sei como as pessoas vão reagir... acho que... digo, eu não me importo com o que as pessoas vão pensar ou falar, mas e se a Mary... Não pensar da mesma forma que eu?
    — ei, ei, ei vamos parar, tenho certeza que vai dar tudo certo, não precisa ficar pensando no que vai ou não vai acontecer, só vai, você é jovem, se der errado tem mil e uma oportunidades de começar de novo, só não se prive disso com medo.
     — eu não quero tentar mil e uma vezes se não for  com ela.
     — então por qual motivo esse medo? Zelda a Mary não teria vindo aqui com você falar sobre o que vocês têm se não te amasse o suficiente.
     Zelda abaixou o rosto e a irmã o ergueu.
    — entenda Zelda, Mary te ama, você é incrível e ninguém além de você mesma deve se importar com sua felicidade.
      — MARY CHEGOU! — ambrose o primo recém chegado de Zelda grita.

     Zelda respirou fundo e desceu, o que encontrou foi nada mais que a personificação de uma deusa, com um vestido bordô de decote generoso, seus cabelos estavam soltos, liso, Zelda nunca os tinha visto assim, mas ela amou.

   — Não sabia que era uma festa no Olimpo pra ir vestida a caráter. — Mary abriu um pequeno sorriso.
  — então se vestir como uma deusa já é o seu habitual?
     Zelda beijou seus lábios sem cerimônias, só se separando quando a irmã fez um breve som com a garganta.

    — meu Deus vão pra um quarto — ambrose disse e saiu da sala.
   O rosto de Mary nunca foi tão quente, ela tinha certeza.
   — bom, já vamos, estamos atrasadas. — Zelda deu um beijo na irmã e praticamente arrastou Mary pela porta. 

O salão estava enfeitado, todos estavam bem vestidos e conversavam animadamente, ao fundo se ouvia a banda ao vivo.
    Assim que Mary adentrou ao local segurando a mão de Zelda um silêncio impertinente tomou o lugar, a banda deu uma leve parada, mas logo seguraram as pontas e continuaram a cantar.

      — com toda certeza ficaram encantados com a sua exuberante beleza — Zelda brincou, mas assim como Mary ela também sabia que ver ambas unidas sem estarem se matando era deveras surpreendente.
   — está nervosa? — Mary disse dando um leve aperto na mão de Zelda que mais parecia um cubo de gelo.
   — um pouco, a forma com que eles estão olhando... — disse abaixando a cabeça.
   — quanto mais eles olharem, mais a gente dança, e se eles insistirem em nós olhar estranho damos um show a eles.
   — algo assim? —Zelda se aproximou de Mary e depositou um casto beijo em seus lábios, esfregou seus narizes e deu um breve sorriso —Eu não me importo deles estarem olhando, o único que realmente me importa aqui é você.
    As mães logo afastaram suas crianças da vistas, os homens lamentaram o "desperdício" e as jovens ficaram instigadas e curiosas.
     — eu te amo Mary, e só isso que importa agora —puxou a mesma para o Centro do salão e abraçou seu corpo, e ali não parecia haver mais ninguém além delas e da leve melodia que as balançava.
   — eu também te amo Zelda, mais do que eu sequer pudesse imaginar. — deu um beijo na cabeça da mesma enquanto ficaram abraçadas, dançando enquanto os conservadores iam a loucura — acho que nunca fui tão feliz.
   — espero só até quando nos casarmos —Zelda ri ao ver o rosto de choque da mesma. — estou brincando Mary.

     Quando a música parou ambas foram comer, Zelda observou Louise secar Mary o baile todo, e isso sinceramente não a agradou em nada, sentou, cruzou os braços e se limitou a ficar com um biquinho deveras adorável aos olhos de Mary.
    — amor, não precisa se preocupar ela não vai ser tão cara de pau de vir aq...
    — boa noite, tudo bem com vocês? — sorriu para Mary e dirigiu um olhar curto para Zelda—  achei que tivéssemos combinado de virmos juntas, mandei msgs, mas você não respondeu.
     Zelda se levantou com a desculpa de ir pegar mais bebida e Mary não a viu mais.
    — Louise, olha eu, eu estou comprometida, agradeço por... isso? Mas eu realmente não tenho interesse em nada com você, com licença.

     Seu coração acelerou ao ver a cabeça ruiva sentada sozinha em frente ao grande salão.
    — Zelda...
    — achei que demoraria mais colocar o papo em dia.
    — não estávamos colocando papo nem um em dia.
   — pq não me disse que havia chamado ela pra vir ao baile?
   — pq eu não chamei, ela quem achou, mas eu juro que não chamei, quando soube do baile já estava interessada em você e pensava em te chamar mesmo que nada disso tivesse acontecido.
    Zelda deu um pequeno sorriso, mas logo fez um bico de novo.
   — tô com ciúmes, não quero mais ficar aqui.
   — não precisa, só tenho olhos pra uma ruiva.
     Mary puxou Zelda levemente para o carro.
   — não precisamos ir agora, eu... se você quiser ficar mais um pouco.
  —Não vamos meu amor, tenho algo  preparado. — deu um leve beijo no pescoço da mais nova — a noite só está começando.

O PRÓXIMO É O ÚLTIMO