Capítulo 4

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Me agacho analisando o corpo do senhor que está ensanguentado atrás das lixeiras de uma boate

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Me agacho analisando o corpo do senhor que está ensanguentado atrás das lixeiras de uma boate. Encaro o rapaz assustado que encontrou o corpo do segurança e ligou para a polícia. Fui avisado de imediato e vim às pressas. As pessoas que estavam festejando estão sendo interrogados pelo Carl, enquanto eu vim analisar o corpo.

Drake: Será levado a delegacia para prestar depoimento_o rapaz assente sendo levado até uma viatura por um policial. Ele já me contou como encontrou o corpo. Levanto-me do chão.

Carl: Petrov, ninguém viu nada. Não saíram para esta área, a festa tinha começado a pouco tempo, não deu tempo de ninguém sair para fumar um baseado nos fundos_comenta divertido.

Drake: Diga isso ao rapaz que achou o corpo, ele veio fumar um baseado e encontrou o senhor. A vítima é o segurança da boate, trabalha aqui há vários anos.

Carl: Irão levar o corpo para o necrotério, analisar as causas da morte_cruzo meus braços.

Drake: Esfaqueamento, a vítima foi esfaqueada. Dá para ver pelos cortes profundos por todo o tronco. E ele não foi assassinado aqui_o Carl me encara confuso_Não existe sinal de luta, ele é um segurança e muito bem treinado, se alguém tivesse tentado mata-lo aqui, com certeza ele teria lutado. Não há marcas de sangue pelo chão, apenas no corpo dele, ele foi trazido até aqui.

Carl: Deve estar certo, vamos esperar a autópsia para confirmar. Pode liberar os outros?_aceno.

Drake: Quero imagens de todas as câmeras de segurança do quarteirão inteiro. E tire aqueles fotógrafos da entrada_mando e ele assente.

Carl: Já vai embora?

Drake: Tenho que resolver algumas coisas. Amanhã de manhã continuamos a investigação_aceno para ele e começo a caminhar até o meu carro lembrando da mulher que me espera lá dentro.

Quando cheguei na boate dei de cara com uma pequena mulher de cabelos loiros macios, e mesmo de longe consegui reconhece-la. Delilah Tate. Não sei o que eu senti ao vê-la ali desprotegida. Ela estava falando desenfreada dizendo que se os patrões a vissem ali iriam mata-la e várias outras coisas.

Eu mandei ela ir para o meu carro, me esperar e nem sei porquê disso isso. A verdade, é que desde que vi Delilah, não paro de pensar nela, nem por um segundo.

Bato duas vezes no vidro da janela e a mesma é aberta lentamente, me dando a visão de Delilah sentada no banco de trás de braços cruzados, olhando para as sapatilhas. Ela ergue a cabeça e me encara intensamente, fixo meu olhar em seus olhos cristalinos, tentando forçadamente a não olhar para a boca carnuda dela.

Delilah: Sua chave_sussurra estendendo a chave do meu carro e pego ainda a olhando_Hum.. Obrigada por ter me ajudado_diz com as bochechas vermelhas. Adorável pra caralho.

Abro a porta da frente e me sento no banco do motorista. Fecho a porta, colocando o cinto, e logo a chave na ignição. Ligo o carro, encarando a Delilah pelo espelho retrovisor. Começo a dirigir até a mansão em silêncio, de vez em quando olho pelo espelho e a pego me encarando mas logo desvia o olhar. Vamos o caminho todo em silêncio, sem dizer nada, apenas trocando olhares.

Estaciono o carro assim que adentro pelos portões da mansão. Está tudo escuro já que é madrugada, não deve ter ninguém acordado com exceção dos seguranças.

Drake: Sabe que é perigoso sair sozinha essas horas da noite, não é?_pergunto a encarando seriamente.

Delilah: Eu não estava sozinha_diz dando de ombros_De quem era o corpo que encontraram?_indaga curiosa.

Drake: De um segurança da boate_ela balança a cabeça.

Delilah: Acho melhor eu ir_sussurra abrindo a porta do carro, faço o mesmo descendo do veículo_Obrigada novamente, senhor_agradece, abraçando o próprio corpo por causa do frio.

Drake: Me chame apenas de Drake_digo tirando o meu terno e colocando em torno dos ombros dela para aplacar o frio.

Delilah: Eu não posso, senhor_franzo o cenho confuso.

Drake: Por quê não?_ela se encosta no carro e fico de frente para ela.

Delilah: Porque eu sou a empregada, e não devo ter qualquer contato com o senhor_ela abaixa a cabeça.

Drake: Quem disse isso?_seguro o queixo dele delicadamente e levanto sua cabeça.

Delilah: Ordens dos patrões, senhor_dá de ombros_Se eles ouvirem eu chamando o senhor pelo nome, irão me esganar_diz soltando uma risada melodiosa. Coloco o cabelo sedoso dela para o lado e aproximo minha boca do seu ouvido.

Drake: Então, quando estivermos sozinhos você me chama de Drake.._sussurro no seu ouvido, inebriado pelo seu cheiro tão suave e doce. Me afasto apenas para olhar nos dela, deixando nossos narizes se tocarem. Desço meu olhar para a boca entre aberta dela e então me dou conta do que estou fazendo_Boa noite, Delilah Tate_afasto-me tentando recuperar meu controle. Ela passa a mão no cabelo e sorri fraco.

Delilah: Boa noite, Drake Petrov_esboço um sorriso verdadeiramente sincero_O seu ter..._ela faz menção de tirar mas não deixo.

Drake: Pode ficar_ela me olha receosa mais assente_Até mais, мое солнце!_a mesma arqueia a sobrancelha.

Delilah: O que é isso que você diz? Sei que é russo, mas o que significa? Não consigo entender_diz confusa.

Drake: Não é nada de importante_ela assente desconfiada e começa a se afastar, caminhando para longe da mansão e até uma pequena casa que eu suponho ser onde ela mora.

Abro a porta do carro e sento-me no banco novamente. Fecho a porta e encosto minha cabeça no volante. Drake, Drake, o que você acha que está fazendo?

[......]

Carl: Você estava certo. Ele foi esfaqueado e o horário da morte não condiz com o que ele foi encontrado. Ele foi morto horas antes, a autopsia confirmou suas suspeitas_diz assim que me vê descendo as escadas_Bom dia, Drake!_diz sorrindo e bufo mal humorado_Vai correr?

Drake: O que você acha?!_ele rir me dando um tapinha nas costas e o encaro_Não recebi os relatórios sobre os casos ainda. Por quê a demora?_pergunto estressado.

Carl: Não sei, o departamento de polícia não gostou muito de você. Acham que está tentando roubar o trabalho deles_solto uma risada sem humor.

Drake: Quem me contratou foi o dono dessa merda de cidade, fui enviado por um dos melhores chefes de polícia do mundo. Não tenho culpa se depois de meses, a polícia local não teve nenhum avanço sobre todas as tragédias que ocorreram!

Carl: Acha que a morte do segurança tem relação com os outros assassinatos?_para na ponta da escada e encaro seriamente o Carl.

Drake: Eu saberia responder se recebesse a porra dos relatórios, Carl. Marque um horário com o chefe de polícia daqui, ele vai entender quem é que manda nas investigações agora!

Carl: Não sou seu secretário_o encaro sério_Mas estou indo marcar porque sou um bom parceiro_resmunga saindo da minha frente.

Adentro na cozinha e pego uma maçã para comer, saio até o jardim e tenho a linda visão de Delilah segurando algumas rosas. Fico alguns segundos admirando ela, sentindo meu coração bater mais rápido. Demora uns segundos até ela perceber que eu estou a olhando. Mesmo de longe sei que ela deve estar com as bochechas vermelhas agora.

Ela parece um anjo. E tem um olhar tão puro que toca o coração de pessoas corrompidas como eu. Infelizmente ou felizmente eu não posso manter muito contato com ela. Porque eu sei quem eu sou e ter Delilah perto de mim é um grande risco, para ela e para mim, um risco que eu não posso correr.

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