16

982 93 3
                                    

O dia mal tinha começado e eu já havia decidido que iria encontrar com S/N.

Ela não poderia ter sumido assim, sem nem ter falado comigo sobre a noite que tivemos. Eu já tinha tido encontros mais reais que esse. Ela não era assim, não antigamente.

Claro que não, olha tudo que já passou, anos para ser mais exata. Você tinha machucado ela de uma forma que não poderia imaginar, mas só queria ter a oportunidade de poder tentar de novo. As pessoas mudam, Demetria.

Reviro os olhos com meu pensamento e subo para o quarto para poder me arrumar.

Depois de estar devidamente pronta, penso onde é que posso encontrar com aquele ser que me tira todos os pensamentos para poder ocupar minha mente. Será que já estaria no hospital? Ou estaria em casa? Talvez com a namorada?

Sinceramente, eu teria de correr o risco e ir atrás. Talvez eu quebrasse a cara mais uma vez, mas eu tinha de tentar alguma coisa. Tinha de conversar com ela para poder saber o que eu teria de fazer daqui para frente, isso incluia esquecer ela ou não.

E para ser sincera, eu não estava preparada para esquecer ela. Eu tentei por algum tempo, mas é impossível superar ela.

Meu motorista chega e eu entro no carro rapidamente e peço para ele ir para o hospital. O mesmo me olha para saber se eu estava bem e sua feição parece ser de assustado.

-Eu estou bem, só preciso encontrar uma pessoa lá. E ela está bem também. -Comento e o rapaz se vira para frente e liga o carro, indo para o local que eu pedi para o mesmo. 

Passo o tempo todo que estava no carro usando as redes sociais. Eu queria me deistrair da provável conversa que eu teria com S/N, das palavras duras que poderiam surgir, do possível choro que viria na minha garganta e eu teria de engolir para não demonstrar fraqueza.

Mas eu não estava totalmente pronta para perder o jogo. Não queria deixar ela ir embora mais uma vez. 

Depois de quase uma hora, por conta d trânsito, chegamos ao hospital e o carro é estacionado no estacionamento, de forma que ninguém veja que fosse eu, em um lugar coberto e livre de paparazzis.

Desço rapidamente e entro no elevador que já estava ali. Enquanto esperava chegar no andar que havia visto ela na vez que fiquei internada, eu me vi lembrando da noite que tivemos, de todos os toques. Chegava a ser loucura o que eu havia passado e o fato de me permitir ceder e derrubar todas as minhas barreiras com um único gesto.

O elevador para no andar e eu saio assim que as portas são abertas. Me direciono até a recepção do andar e a mulher de meia idade sentada atrás da grande mesa me olha com um olhar doce e gentil. 

-No que posso ajudar, senhorita? -Ela pergunta de uma forma doce e eu sorrio como forma de agradecimento.

-Eu precisava falar com a enfermeira S/S. Ela está? -Pergunto e ela digita algo no sistema, que pelo que vi parecia ser o nome que eu falei. 

-Ela está de folga no dia de hoje. Na verdade ela pegou a semana de folga para poder ajeitar algumas coisas. -Ouço a senhora a minha frente falar e perco um pouco da esperança que eu estava ao me levantar pela manhã e decidir vir aqui confrontar S/N.

-Sabe onde eu posso encontrar ela? É meio que urgente, e eu não tenho o número de telefone dela. 

-Eu não sei, porque parece que ela mudou de casa, mas acho que uma amiga dela pode te ajudar. Só um segunda que eu vou chamar ela. -Escuto a mais velha falar e vejo a mesma se virar e pegar o telefone que tinha atrás de si, rapidamente digitando um número. -Chama a Lauren e pede para ela comparecer ao andar 7, ala particular. Tem alguém querendo falar com ela. Muto obrigada.

Amor por acidente. (Book two)Onde histórias criam vida. Descubra agora