Cap. 37 - Às Claras (Parte I)

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Acordo na manhã seguinte para encontrar Lauren enroscada em mim como uma jiboia.

Tento me livrar dela, mas seus braços me apertam.
— Não — diz ela, a voz sombria, com sono.

— Não o quê?

— Aonde quer que você pense que está indo, que não envolva ficar na cama comigo... Não.

— E se eu precisar ir ao banheiro?

— Segure.

Ela joga uma das pernas sobre mim.

— E se houver um incêndio?

— Tenho certeza de que os bombeiros de Nova York vão chegar aqui em tempo de nos salvar.

— Lauren... — Eu me contorço e antes mesmo de registrar que ela se mexeu, tenho minhas costas pressionadas contra o colchão e os punhos presos ao lado da cabeça.

Quando ela se acomoda entre minhas pernas, fico muito consciente de como estamos completamente nuas e como ela está impressionantemente dura.

— Camila, diz ela, em um tom perigoso. — Isso não está em discussão. Não acordei com você nos meus braços por quase seis anos. Não vou deixá-la ir embora tão cedo. Você pode aceitar ou vou ter que subjugar você. Entendeu?

— Defina "subjugar".

— Te beijo até que você se submeta à minha vontade. — Ela abaixa o rosto de uma maneira que seus lábios quase encostam no meus. — Fazer você gozar até que não consiga se mexer.

— E supostamente isso deveria me deter?
Psicologia... você está fazendo isso errado.

O rosto dela fica mortalmente sério.
— Fazendo errado? — Ela aperta ainda mais meus punhos. — Certo. É isso, garota. Prepare-se para ser maltratada.

Ela rosna e enfia o rosto no meu pescoço e eu me contorço e dou risadinhas enquanto ela me belisca e me morde. Quando passo a lutar com mais força, ela larga seu peso inteiro sobre mim para me manter quieta.

— Ceda — ordena ela.

— Nunca! — Tento empurrá-la, mas é impossível. Eu ofego, derrotada e fico imóvel.

— Certo, tudo bem. Você venceu.

— Resposta certa. — Ela me dá um sorriso presunçoso antes de rolar de cima de mim e de me puxar de volta ao abrigo de seus braços. — A propósito, o quão suspeito seria se nós duas ligássemos dizendo que estamos doentes hoje?

— Muito. Mas talvez valesse a pena.

Ela fecha os olhos e me abraça mais apertado.
— Sim, valeria.

Apenas ficamos deitadas lá e nos beijamos por um tempo. O tipo de beijo profundo e lânguido que sugere que temos todo tempo do mundo.

— Todos os dias em que estive longe de você — diz ela, no intervalo entre me provocar com seus lábios e língua — sonhei com essa boca. Todas as vezes que precisei beijar Lucy, fechava meus olhos e imaginava que era você.

Sem fôlego e excitada, confiro o relógio.
São seis da manhã.
Tenho que estar no ensaio às nove horas.

— Então — digo e coloco uma das mãos em seu peito para impedi-la de me distrair mais. — Você já pensou em como vamos lidar com as coisas hoje?

Ela se larga de costas na cama e me puxa para ela.

— Já pensei nisso. Ainda não achei realmente uma solução. Vamos ter que quebrar o contrato. De jeito nenhum eu vou me casar. Já tinha ressalvas quanto a isso antes de ver você novamente. Não posso nem fingir que vou me casar com Lucy agora.

CAMREN: Impiedoso Coração (G!P)Where stories live. Discover now