Parte 47

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Talvez aquele dia tivesse sido um dos melhores da vida de Eve e Raoul, abraçados observando o sol se pôr, era incrível como os dois tinham uma sintonia única.

- Obrigada por isso... Foi tão perfeito. A jovem ajudou o homem a guardar tudo e subiu no cavalo.

- Fico contente que tenha gostado, nunca fui um homem de planejar surpresas, isso era tarefa de minha irmã. Raoul manteve o equilíbrio no cavalo e voltaram para a casa.

Na residência, Erik e Christine estavam planejando o segundo passo para o plano, tinham passado o dia inteiro a traçar uma situação para colocar Layton contra a parede.

Christine sabia que Erik tinha ficado irritado por saber que o príncipe estava por trás de tudo que acontecerá com Erin e Eve. O homem se sentia furioso, odiava ver injustiça e para ele seria mais fácil matar o príncipe e revelar tudo de uma vez só.

O que era o inverso para Raoul, que tentava apaziguar tudo que poderia ser violência, por Eve ele queria fazer justiça, mas deixar o julgamento para as autoridades.

Erik então continuou na ideia de trazer Layton para um lugar afastado e fazê-lo apagar por dois dias, tempo suficiente para que Eve se revelasse para a rainha.

Christine tinha orgulho de seu marido, era estranho vê-lo tão empenhado em ajudar o visconde, seu inimigo no passado. A soprano via agora que ambos tinham se tornando amigos o que ela apreciava.

- Querido, vamos fazer o seguinte, você se apresenta como um novo dono de uma casa de apostas e eu aqui, vou dar um empurrãozinho para que Layton tome todo o sonífero de forma eficaz. Christine passou o dia todo do colo do marido, sozinhos em casa, o casal pausava seus planos para trocarem carícias, isso se deu até o fim da tarde.

- Já temos um local, eu realmente sei atuar e você, meu amor... Se aquele verme te tocar, eu juro que sonífero e nada e sim irei apunhala-lo no coração!

- Eu sei... Eu também sei me defender Sr. Fantasma... Não se preocupe. Eu só irei acelerar as coisas, assim não iremos ficar muito tempo com ele. E voltaremos a treinar para um bebê, amor. Christine abraçou o homem e sorriu.

- Isso, é isso que eu gosto... Vamos focar em nosso treinamento, árduo mas prazeroso.

Alinhado o plano, Erik só iria enviar algumas informações para Persa, que tinha ficado em Paris.

- E sobre isso... Já estamos quase descobrindo tudo também. Christine aponta para as cartas de Persa.

- Sim, mas eu tenho certeza que meu filho irá finalizar isso e assim poderei contar para Raoul e Eve. Considere isso um presente de noivado para os dois. Erik guardou as cartas e começou a escrever uma última, essa iria contar tudo que havia acontecido naquela semana.

- Bem... Você que sabe querido. Não que eles ficarão irritados por você ter tomado frente em descobrir o acampamento que Eve estava e matar os responsáveis... Mas era bom comentar essas coisas...

- Quero informações também, você sabe que se eu tivesse oportunidade iria fazer isso com a minha vida. Quero que Eve tenha certeza que quem a maltratou, todos sem excessões, estarão mortos.

Christine assenti, era difícil colocar outra ideia na cabeça do marido, ele sempre foi muito convicto, porém visto a situação aquilo era o certo.

- Você me excita cada vez que fala assim, tão... Tão... Como posso descrever? A jovem beija o pescoço do marido que ri.

- Um homem disposto a fazer as maiores loucuras? Isso? Erik apalpa o seio da jovem que geme.

- É... E sabe o que seria uma loucura? Christine mordisca a orelha do marido.

- O que meu anjo insaciável?

- Fazermos amor na praia, quando Eve e Raoul retornaram... Podemos dar uma fugidinha... Que tal?

- Oh, isso seria um completo desrespeito às normas de pudor, minha linda.

Christine sorri maliciosamente e concorda.

- É perfeito... Vamos deixar os pombinhos voltarem e depois ... Podemos retornar nosso treino. Erik beija a jovem uma última vez e volta sua atenção a carta novamente.

Raoul e Eve passaram o caminho de volta animados, era tão tranquilo caminhar pelas ruas da cidade, Eve estava planejando diversos programas com a mãe.

- Quando tudo acabar eu quero levar minha mãe para conhecer seus pais... E todos meus amigos!

- Feito, irei conceder todos seus desejos, amor.

Raoul parou o cavalo e ajudou a jovem a descer, já era tarde e a casa estava um silêncio.

- Talvez todos estão dormindo... Vamos, precisamos tomar um banho. Raoul retira o casaco e pega a mão da noiva.

Eve para e observa o homem corada, ele quis dizer "nós" tomar banho, eu e ele?

- Eu quero dizer, você tomara um banho e eu como cavalheiro esperarei minha vez, sentado no quarto. Raoul ri e beija a mão da jovem.

"Se bem que seria interessante tomar banho junto com ele..." Eve fica pensativa e corre para o quarto.

Raoul poderia jurar que tinha entendido o que a jovem tanto estava a pensar. Tinham passado tantas oportunidades para eles ficarem íntimos, mas ele tinha aquela ideia de fazer aquilo de maneira especial.

" Depois do casamento... Seria especial, ou não? Céus, porque eu tenho que ser assim?" Raoul se sentou na cama e retirou a camisa ejogando para longe os sapatos.

Eve retirou toda areia do corpo e descansou um pouco na banheira, ela adorava como o aroma de flores invadia o banheiro, era como a primavera.

Já pronta para dormir, Eve volta para o quarto e vê Raoul deitado na cama, sem camisa e com os cabelos bagunçados, seu coração estava acelerado.

"Porque ele precisa ser tão bonito?"

- Ah... Eu terminei o banho. Eve bate a porta e percebe Raoul se levantando.

- Oh, sim... Irei agora. Você está linda, Eve.

A jovem sorriu, ela estava despenteada e com uma camisola, como ela estaria linda?

- Eu estou um desastre... E você me fala que estou linda. Eve tenta enxugar os cabelos ainda molhados.

- Sim, e você está perfeita. Fazemos assim, quando eu retornar do banho eu ajudo você com o cabelo... Hum, faço uma trança bem bonita.

Eve assenti e observa o homem sair do cômodo. A jovem se senta em frente ao espelho e tenta desembaraçar os cabelos com as pontas dos dedos. Pensando no toque de Raoul, Eve se imaginava com ele e sua temperatura estava cada vez mais aumentando.

Raoul retornou e começou a mexer no cabelo da jovem, Eve ainda estava vermelha, ela se sentia envergonhada por pensar em certas coisas... Deveria focar e apenas prestar atenção no que o seu noivo estava fazendo por agora.

- Ficou lindo, muito obrigada. Eve observa a trança caindo de lado.

- Mãos habilidosas e uma irmã chata que vivia a pedir que ajudasse com o cabelo, tinha que pelo menos fazer um agrado a minha noiva. Raoul ri e se senta na cama.

Eve ainda no banco da penteadeira, via Rauol todo descontraído com os cabelos perfeitamente penteados e o pijama em seda azul, ele estava sorrindo para ela.

- Você é perfeito... Como tive sorte em te encontrar? Eve caminha até o homem e se senta ao seu lado.

- Eu que tive a sorte em te encontrar. Você veio me ajudar a ser menos ranzinza e me fazer apaixonar pela primeira vez. Raoul desvia o olhar, era estranho falar aquilo, mas era verdade, em toda sua vida apenas Eve o deixava daquele jeito.

- Eu trago sorte no fim das contas. Nunca foi o contrário. Tenho sorte também, conhecer todos que me ajudaram. Tudo vai dar certo, não é amor? Eve estava com os olhos pesados de sono quando encarou seu noivo.

- Com certeza, tudo dará certo. Você me traz sorte, é meu amuleto... Tudo vai dar certo. Agora, minha noiva está com sono. Raoul acaricia o rosto de Eve e depois a pega nos braços.

Raoul ajeita a cama e coloca a jovem deitada, certamente aquele dia tinha sido ótimo, porém agora ambos só pensavam em descansar.

Inesperado: Coincidências existemDonde viven las historias. Descúbrelo ahora