Josh

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Son Chaeyoung.

Eu estava em um quarto vazio, nua. Meus pulsos entre meus pés, amarrados na frente do meu corpo, com braçadeiras plásticas.

Era uma posição dolorosamente desconfortável, meu tronco puxado para frente para que meus joelhos encostassem na minha barriga, me deixando incapaz de endireitar as minhas pernas ou costas.

O quarto era de pedra nua, grandes pavilhões cinzentos, empilhadas e cobertas de massa. Velho. Muito antigo. Subterrâneo.

Iluminado por uma única lâmpada ligada ao teto. Estava amordaçada, uma meia suja enfiada na minha boca, fita adesiva por cima dos meus lábios.

Horas se passaram. Ou apenas alguns minutos. Dias, talvez? Não tinha como saber. Não havia nenhuma janela, nenhuma indicação da luz do dia.

O quarto estava frio, tão frio que eu tremia sem parar. Fome e sede há muito haviam se tornado dores familiares.

Mas, ainda assim, ironicamente, eu tinha que fazer xixi. Estava segurando pelo que pareciam dias.

Me recusava a fazer xixi em mim, mas não via muita escolha. Eu não poderia segurar para sempre.

Estava deitada de lado, o chão duro e frio cavando em meu ombro, quadril e joelho. Depois de me amarrar e amordaçar, Chanmi e seu capanga silencioso me deixaram aqui.

Esperava imediata tortura, estupro e morte. Mas não. Eles só me deixaram aqui para tremer e apodrecer.

Assim que o pensamento surgiu na minha cabeça, ouvi uma chave na fechadura e a porta se abriu. Chanmi entrou, um sorriso fino e cruel em seus lábios.

Ela estava vestida para o clube, me pareceu, com um vestido azul curto, apertado, que revelava mais do que cobria, chegando até mim em seu salto alto Louboutin.

Seu cabelo estava preso em um rabo de cavalo no alto da cabeça, o fim pairando sobre um dos ombros.

Suas unhas eram garras longas azuis cor de safira. Ela segurava uma bolsa Christian Dior. Notei tudo isso, registrei os nomes de marcas caras como se me importasse.

Observei sua aproximação, trabalhei duro para manter o medo longe dos meus olhos, minha respiração lenta, uniforme e regular.

Meu joelho latejava.

O capanga tinha feito um curativo no meu ferimento, quando Chanmi lhe explicou que não queria que eu sangrasse até morrer, antes que ela tivesse um pouco de diversão comigo.

ㅡ Chaeyoung, querida.

Chanmi se agachou na minha frente, arrastando o dedo pelo meu cabelo, puxando uma mecha do meu olho e a colocando atrás da minha orelha. Ela colocou sua bolsa sobre os joelhos, abriu-a e retirou uma faca dobrável preta.

ㅡ Desculpe por deixá-la por tanto tempo. Tenho acompanhado as tentativas de Sharon para chegar até você. Até agora, tudo o que ela tem feito é beber aquele Scotch vil com alguns amigos. Ela planeja vir por você, é claro. Estou contando com isso. Então vou ter que me divertir agora, antes que as coisas realmente fiquem emocionantes.

Se virou em direção à porta e estalou os dedos. O capanga entrou, arrastando uma moça loira.

ㅡ Ela vai fazer parte da diversão. O nome dela é ... qual é? Lucy?

A menina não estava amarrada ou amordaçada. Estava vestida e não mostrava nenhum sinal de sangue ou hematomas. Juntamente por isso, estava claramente aterrorizada.

ㅡ L-Lisa. Meu nome é Lisa.

ㅡ Ah, sim. Lisa.

Chanmi levantou-se devagar, se desdobrando em toda sua altura em um movimento sinuoso, suave, que me fez lembrar uma cobra pronta para dar o bote.

Taken | michaeng G!PWhere stories live. Discover now