Finalmente o último dia do acampamento de treino chegou, eu já podia falar tranquilamente e xingar meus colegas por serem ruins em alguma coisa, percebi também que a Nekoma me mima demais
Nos dias que eu não me sentia bem, eles simplesmente viviam no meu pé, Taketora nem se fala, faltava me dar a comida na boca como se eu fosse uma deusa imaculada, eu amo esse menino mas tem horas que eu quero estrangulá-lo!
A sexta havia chegado e com ela o tão sonhado churrasco, nada contra mas eu não sei porque menino precisa comer tanta carne, eu particularmente nem lembro que existe carne no cardápio humano
— Misericórdia parecem até bichos! - Resmungo assustada enquanto via Kuroo e Bokuto disputando um pedaço de carne
Eu estava ali, sentada e tranquila com um prato lotado de pão de alho e salada, convenhamos que de todo o churrasco, essa é a minha comida favorita
— Yachi, você quer pegar um pedaço de carne? - Perguntei pra loira que estava se tremendo toda perto da churrasqueira, os meninos estão traumatizando ela
— Queria sim, por favor. - sua voz saía num fio que me dava pena, eu quero proteger essa menina de todo o mal nesse mundo meu deus do céu!
— Pera ai que eu dou um jeito. - respondi batendo de leve em seu ombro, logo soltei um assobio alto os fazendo me olharem — Ô carnívoros de plantão, tem como doar um pouco de comida pra minha colega aqui?
— Claro [Nome]-san! - um dos meninos respondeu alegre e logo se ajeitaram em volta da churrasqueira, dividindo a carne com a Yachi
— Quem diria Chibi-chan! Você consegue controlar os animais. - Kuroo resmungou abraçando minha cintura me deixando toda mole enquanto ria da sua piada
— Nem tanto! Só aproveito a oportunidade. - retruco comendo um pouco — Kenma já comeu hoje?
— Não, tá lá no cantinho procurando algum jogo. - Kuroo bufou alto enquanto roubava meu pãozinho, desalmado!
— Vou lá fazer um prato pra ele - sorri fraco pegando o pedaço livre do pão da boca dele o fazendo resmungar alto, enquanto eu desgustava o perfeito pão de alho, peguei tudo o que tinha direito pra deixar o prato o mais rico e nutritivo possível
Mas quando terminei de colocar a salada e fui pegar um bife, um garoto entrou na minha frente, pegando a carne de mim
— Oi, vem sempre aqui? - seu tom "sedutor", pra não dizer enojante me fez rir por dentro, ele tava me cantando na cara dura, ele não tem medo de morrer não?
— Não to interessada, sai! - fui curta e grosseira tentando me afastar com a comida mas ele era persistente demais
Eu posso ser suspensa por dar um chute nas bolas dele em pura defesa?
Logo senti três entidades atrás de mim fazendo o menino tremer da cabeça aos pés, olhando de relance percebi que era Taketora, mas ele não estava sozinho; Tanaka e Nishinoya estavam junto com ele
— Obrigado meninos. - Sorrio meiga beijando um beijo na bochecha de cada um — Vocês são meus heróis! - dramatizei vendo o rosto deles se iluminar ainda mais
— Imagina [Nome]-san! Sabemos que você se defende sozinha mas queremos te ajudar em tudo! - Nishinoya sorriu confiante enquanto os outros dois o acompanhavam no raciocínio me fazendo rir
— Agora se me dão licença, eu vou alimentar um gato encolhido no canto. - respondo apontando para Kenma que estava sentado perto de Tsukishima e Yamaguchi
Acho que de longe esse foi o melhor dia que tivemos no acampamento, nos divertimos muito, comemos muito, eu e as meninas fizemos várias brincadeiras, trocamos números, discutimos por comida que terminou em queda de braco, ta legal os meninos me deixaram vencer, não porque ameacei arrancar os dentes deles imagina!
— Ai só de pensar que vou passar mais duas horas sentada ja me faz chorar intensamente. - choramingo enquanto colocava minha mala por cima da de Lev, me jogando no assento do canto
— Sei disso querida mas você tomou seu remédio pra enjôo então logo logo voce dorme. - Kuroo retrucou enquanto se sentava ao meu lado, puxando minha perna para ficar por cima da sua
— É verdade. - dou de ombros enquanto me apoiava em seu ombro, da mesma forma que fomos na ida, na volta nao mudou muita coisa; dividimos o fone, conversamos um pouco até que o sono batesse e eu praticamente desmaiasse em seu ombro
Quando acordei já havíamos chegado no colégio Nekoma, minhas costas estavam sem salvação alguma de tão tortas que se encontravam
Como ainda estava claro, não liguei para minha mãe; provavelmente ela ainda estaria trabalhando e eu não queria incomodá-la. Durante o caminho, Kuroo e eu conversavamos sobre o que gostaríamos de fazer no futuro
— O que você quer fazer Chibi-chan? - Kuroo perguntou enquanto se sentava ao meu lado dentro do metrô
— Eu quero ser professora. - respondi sincera o encarando — Eu quero ensinar as crianças a serem boas pessoas, quero instigá-las a alcançarem seus sonhos por mais que as oportunidades sejam poucas. Uma pessoa sem sonhos é como uma planta murcha prestes a morrer sabe?
— Sei disso, e é um sonho muito bonito Chibi-chan. - Kuroo sorriu enquanto deixava um selar gentil em minha testa — No que for preciso eu vou te ajudar, tenha certeza disso.
Sorri involuntária deixando um selinho casto nele, Kuroo tinha esse dom de me deixar animada com qualquer coisa que eu quisesse fazer, ninguém nunca levou muito a serio esse meu sonho mas com ele ao meu lado eu sentia que podia mover montanhas para conseguir esse feito!
Do caminho da estação ate minha casa, Kuroo fez questão de me distrair com piadas e comentários que me deixavam completamente mole de amores cada vez mais por ele, quando chegamos ao pequeno portão de casa ele deixou um selar casto em minha testa
— Te mando mensagem quando chegar em casa. - Assim Kuroo se despediu de mim me fazendo ter um sorriso de orelha a orelha, mas assim que abri a porta e dei uma boa olhada em casa meu sorriso se desmanchou por completo com a figura sentada no sofá
— Pai?
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
- Enfim tirei um diazinho de folga e me ajudou muito pra não ter nenhum tipo de bloqueio criativo
- Espero que estejam gostando da trama porque assim, tem muia água pra rolar nesse relacionamento e na história, não me matem plmds kkkkk
