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ULTIMA DEIXA

Um dia, quando minh'alma decidir morrer,
Assim, um pouco mais do que já morri...
Que as pedras da infância, onde eu corri,
Permaneçam, pra outros também correr!

E quando os meus passos, nunca dados,
Percorrer aquelas ruas num cortejo;
Que as saudades guiem todo o solfejo
Dos choros sobejais dos encarnados.

Por fim, quando me porem no estrado
Para velar-me, à beira da velha capela,
E Chárõn ressurtir pra ser meu guia;

Que o Nada que eu tenho seja o pago;
Que eu fique para trás, e, ao pé da vela,
Encontre meu final na lousa fria!

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