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capítulo 07 - o passado e a descoberta

Oi, meus amores!

Hoje a gente vai descobrir os motivos que levaram o Min a se tornar um vigarista.

Boa leitura!!!

⊱◈◈◈⊰

— Quer dizer que você não me ama mais?

Hoseok riu, sentando-se ao lado de Hyungwon que o abraçou, o hálito denunciando que não estava mesmo tão sóbrio, mas podia ainda compreender e guardar as coisas que estavam sendo ditas. Hoseok estava lhe falando sobre o encontro com Kihyun e sobre como seu coração havia sido remexido e montado novamente como um quebra cabeça que finalmente tinha todas as peças.

— Eu sempre vou amar você — falou, sentindo os lábios do Chae em seu pescoço, brincalhões.

Hyungwon sabia da história do amigo e sempre imaginou que ela teria um final triste: um relacionamento que foi forçadamente quebrado quando o tal Kihyun decidiu que não queria arriscar a vida de Hoseok por causa dos perigos de seu trabalho. Kihyun era capanga de alguma gangue que Hoseok nunca conseguiu rastrear, mas esteve perto o tempo todo, quase como se os deuses estivessem de artimanha com os dois corações perdidos.

— Ele esteve sob as asas dos Im durante todos esses anos — comentou e isso despertou Hyungwon de uma forma muito veloz. Com os olhos arregalados, ele indagou:

— Você está me dizendo que o amor da sua vida namora Im Changkyun?

— Exato.

A gargalhada alta do mais novo fez Hoseok franzir as sobrancelhas por não entender o que estava acontecendo, mas o Chae fez questão de explicar, assim que sua crise de risos teve fim. Falou sobre a festa e sobre o interesse em Changkyun e acendeu uma esperança enorme no coração do lutador.

— Se eu fosse você, insistiria no cara — Hyungwon aconselhou. — Changkyun está dando em cima de mim e não me parece que ele se importa tanto com o compromisso que tem com Kihyun.

Hoseok concordou, recebendo essa notícia como sendo a melhor do dia. O beijo que ele e o Yoo trocaram ainda se repetia em looping dentro de sua cabeça e ele não conseguia parar de pensar em maneiras de se encontrar com o rapaz para declarar, mais de mil vezes se fosse preciso, o que sentia. Kihyun não tinha fugido de si naquela noite, não tinha negado quando perguntou se eles poderiam se ver novamente e, embora nada mais tivesse acontecido, o beijo tinha sido incrível.

Como sempre era entre eles, com o mundo desaparecendo enquanto suas bocas se mantinham unidas e todos os sentimentos eram compartilhados na mesma vibração.

— Você está ficando vermelho, Seokkie! — Hyungwon zombou, apertando uma das bochechas do garoto e o tirando do devaneio. Sentiu-se fervendo por dentro agora que entendia que estava tendo uma nova oportunidade e sorriu ao perceber que seu melhor amigo o apoiava.

Apesar de estar pisando em nuvens, Hoseok não deixou de perceber que havia alguma coisa errada no comportamento de Hyungwon. O fato de estar bebendo desde tão cedo e de ter deixado o celular desligado no canto da mesa eram sinais de que ele estava aborrecido ou preocupado demais e, por isso, isolava-se de seus contatos. Ao ser questionado sobre isso, desatou em contar sobre a discussão que teve com o pai e o soco que havia levado - o que não soava como novidade por já ter acontecido mais vezes dentro de casa -, e o que surpreendeu Hoseok foi a decisão tomada pelo rapaz, talvez por birra ou simplesmente porque era preciso colocar um ponto final na perseguição que sofria do senhor Chae.