Guardião de um anjo

Um susto

Bernardo narrando

Sentia o desespero da garota e isso me animava. Sim, eu sou cruel e nunca neguei isso.

Penso no que poderia fazer com a mesma, mas por mais que negue não posso ser indiferente com a minha família. Preciso ir ver como está o estado de saúde dela.

Espero o Diego vim e entrego a garota para ele.

Diego- Para o galpão? - ele pergunta e percebo que me olha assustado.

--Depois vejo o que irei fazer com ela - entro na minha Lamborghini sem mais explicação.

Até chegar no hospital minha cabeça inventa mil coisas e nem passou pela minha mente a cena que vejo quando chego na sala de emergência.

A Angel com a minha família.

Quem a trouxe aqui?

Suspiro e me aproximo. Quando a loirinha me ver corre e me abraça. A recebo em meus braços a aconchegando. Sentia o corpo dela um pouco trêmulo revelando seu choro silencioso. Suspiro e por um momento esqueço que terei que dar muita explicações para os meus pais. Não posso negar que quando estou com a minha anjinha esqueço quem eu sou e o que sou capaz de fazer.

--Como está a Bia? - pergunto olhando meus pais.

Frederico- Ainda não temos notícias - fala me olhando sério.

Eu sei que eles devem ter muitas perguntas, mas não é hora e nem lugar para isso.

Maria- Por favor filho tenta conseguir alguma notícias da sua irmã. Não aguento mais ficar no escuro sobre a saúde da minha princesa - minha mãe fala desesperada.

É o que planejo fazer! Olho quem estava na sala e vejo Regina. Sei que foi ela que trouxe minha menina para o hospital.

--Princesa vai com a Regina que vou ver como está a Bia - sussurro chamando a atenção dela que me olha - ok? - faço carinho em seu rosto e ela concorda com a cabeça e corre em direção a governanta a abraçando.

Suspiro e vou em direção a sala do diretor geral do hospital. Digamos que ele me deve um grande favor e agora é hora de pagar.

Antes mesmo de bater na porta ele abre e dar espaço para que entre.

--Acho que já sabe o que vim saber Paulo - o olho sério e ele concorda com a cabeça.

Paulo- Sim senhor Rivero - ele pega uma pasta - sabia que iria vim e já pedi informações sobre a saúde da sua irmã - ele me entrega uma pasta - ela passou por uma cirurgia, porém conseguimos a deixar estável - ele continua depois de ver que não ia abrir aquela merda para ler já que ele podia muito bem falar.

--Ela irá sair dessa sem sequelas? - pergunto sério.

Paulo- Estamos fazendo o possível para que isso aconteça - responde profissional.

--Não apenas o possível, quero que façam até mesmo o impossível - falo sério - ela já pode receber visitas?

Paulo- Ela foi levada para o UTI, dependendo de como será a recuperação será enviada para um quarto particular e depois disso poderá receber algumas visitas bem restritas.