Está deixando algo passar!

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Bernardo narrando

Era a última fazenda, minha última esperança também.

O local parecia abandonado, tinha uma casa principal e o celeiro. Tinha certeza que Angélica estava ali, eles não conseguiram cafunar os carros muito bem. O local era bem afastado até mesmo das outras fazendas e não tinha nenhum gado e nem funcionários. Era o local perfeito para trazer alguém a força.

Vejo quando eles entram e sou o último a entrar no local. Eles já estavam rendidos, principalmente a Angélica no meio do local de joelhos chorando provavelmente esperando a clemência por seus pecados.

Iria a sentencia da maneira mais cruel por tirar minha garotinha de mim!

--Não foi muito longe - me aproximo e ela me olha espantado - e o mais longe que chegará será o inferno - sorrio maldoso só de imaginar várias maneiras de a torturar- ninguém mexe com o que é meu! - meu sorisso de lado já mostrava que na minha mente tinha muitas possibilidades perversas.

Angélica- Eu não estou com ela, eu não estou com ela - ela fala sem parar me deixando com mais raiva.

--Podem tirar a Angel daqui e levar para casa, irei me divertir um pouco - começo a tirar a cinta, mas as próximas palavras de Diego me faz recuar do espancamento.

Diego- Ela não está aqui senhor!

Ela não está aqui...

Ela não está aqui..

Ela não está aqui...

As palavras se repetem na minha cabeça como uma tortura por várias e várias vezes.

--Eu não sou muito paciente, não tem como ela está em mais nenhum lugar. A achem e a levem daqui - não tiro o olhar da futura defunta ambulante.

Diego- Sinto muito - escuto ele sussurar.

--Sua vadi*, aonde a levou? - agarro seu cabelo com força a levantando do chão.

Angélica- Eu não estou com ela, está me machucando. Para por favor - diz chorosa.

--Ira doer ainda mais se não me falar aonde levou a Angel. Aonde sua desgraçada? - a jogo no chão e a chuto transtornado.

Angélica- Juro, não estou com ela. Eu ia sim a pegar, mas alguém fez isso antes de mim - ela fala em meio aos gritos - aiii por favor, para - sinto nojo apenas de ouvir a voz daquele projeto de lixo.

Tiro a cinta e contra todos os códigos tolos que aprendi na faculdade de direito a acerto muitas vezes seguidas, não poupando nem de atingir seu rosto.

Só quero minha anjinha novamente!

--Sua última chance! - jogo a cinta no chão e me agacho - vai começar a falar? - vê-la tão machucada e gemendo de dor não me satisfaz, não com minha adorável garota longe de mim.

Angélica- Eu - ela cuspe sangue - queria muito destruir aquele projeto de Virgem Maria, mas alguém a pegou antes de mim e estou tão furiosa como você seu monstro!

Ela simplesmente não cansa de apanhar!

--Já sabem aonde a levar e não parem a tortura até ela não abrir a boca,está liberado tudo - sorrio de lado sádico - menos a matar! - saio na frente.

Guardião de um anjoWhere stories live. Discover now