dezessete

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ISIS

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ISIS

Não ouvi a resposta de Philippe. Na verdade, eu tinha a impressão de que ele nem havia me respondido, mas aquilo não importava. A única coisa que realmente importava naquele momento era o quanto ele beijava bem.

Senhor!

O beijo começou sem pressa alguma. Philippe juntou nossos lábios e em seguida pediu passagem com a língua, a qual eu cedi sem demora.

Uma das mãos dele que estava em minha cintura, subiu até a minha nuca, onde ele puxou alguns fios de cabelo levemente, como sempre fazia. Soltei um suspiro com aquilo e ele sorriu no meio do beijo, me puxando para mais perto.

Arranhei a nuca dele e foi a fez do mesmo suspirar, me apertando mais contra ele.

Ali estava outra coisa que me deixava de pernas bambas. Cada vez que ele me apertava mais contra o peito dele, era um friozinho no pé da minha barriga e uma vontade de fazer com que aquele beijo se tornasse em algo a mais. Aquela língua com certeza conseguia fazer outras coisas maravilhosas.

Infelizmente estávamos em público.

Segurei no rosto de Philippe e encerrei o beijo devagar, recebendo um resmungo dele como resposta.

— O que foi? — Perguntou baixo, ainda com os olhos fechados.

— Estamos no meio de um monte de gente. — Sussurro.

— E daí? Você acha que eles nunca beijaram? — Perguntou, abrindo os olhos e encontrando os meus.

— Não me sinto confortável. — Digo.

— Você estava me dando o maior beijão agora mesmo, Orsini. — Riu.

— Philippe...

— Eu entendi. Tudo bem. — Falou e puxou o meu cabelo outra vez, beijando do canto da minha boca até a minha orelha. — Podemos terminar isso depois? — Perguntou em um sussurro e eu arrepiei.

— É, acho que podemos. — Respondo e ele volta a me olhar, com um sorriso no rosto.

— Perfeito. — Falou e me deu um selinho, se afastando em seguida.

*

Brinco com o guardanapo e mordo o meu lábio devagar, enquanto um silêncio horrível tomava conta da mesa em que eu e as meninas estávamos.

— Philippe e eu nos beijamos. — Conto, aproveitando que ele, Marcelo e Neymar estavam fazendo os pedidos dos lanches para nós seis.

— Estamos sabendo. — Disse Ingrid. Olhei para elas, levantando uma sobrancelha.

— Vocês fizeram questão de se beijar no meio do pagode. — Falou Carol. — Um beijão, aliás.

— Como está sua calcinha? — Perguntou Ingrid. Elas riram e eu revirei os olhos. — O que foi, você não gostou do beijo?

— Meu Deus, ele beija mal?!

— Não! — As respondo rapidamente. — Foi bem gostosinho, deu até vontade de quero mais, mas é que... eu não sei se quero me envolver assim com ele.

— Por que não? — Perguntou Ingrid.

— Porque não foi por isso que eu queria conhecer ele. — Digo. — Eu só queria saber se ele era um cara legal, para o meu bebê também ser uma pessoa legal.

— Isis, foi só um beijo, isso não significa que vocês vão casar amanhã. — Falou Carol. — Mas o Philippe é um cara muito gente boa e é um fofo com você, não vejo onde está o problema em vocês ficarem de vez em quando ou, sei lá, se envolverem mais a fundo.

— O problema é que eu não quero. — Falo e elas se olham. — O que foi?

— Eu acho que você quer. — Respondeu Carol, levantando os ombros. — Só está com medo.

— Vamos combinar que o seu último relacionamento não foi lá essas maravilhas. — Disse Ingrid. — É normal ter medo de se envolver com outra pessoa, mas eu acho que você deve pensar mais sobre isso, já que o Philippe já se mostrou bem melhor do que aquele cara.

Desviei o olhar delas e voltei a brincar com o guardanapo, deixando o assunto morrer.

— Voltamos! — Falaram os três juntos, colocando as coisas na mesa.

As meninas responderam algumas coisas, mas eu continuei quieta, ainda brincando com o guardanapo.

— Ei. — Ouço baixo e olho para Philippe, que estava sentado ao meu lado. — Está tudo bem? — Perguntou e colocou uma mecha do meu cabelo para trás da minha orelha, tendo uma visão melhor do meu rosto

— Sim. — Respondo simples.

— Pedi do seu favorito, olha. — Falou sorrindo e colocou o lanche na minha frente.

— Obrigada. — Murmuro, dando um meio sorriso.

Ele franziu o cenho, mas não disse nada, voltando a atenção para o lanche dele.

*

Neymar e Marcelo se despediram de mim e as meninas desceram do carro para se despedirem deles. Eu continuei dentro do veículo, juntamente com Philippe.

— Você está estranha. — Falou e eu olhei para ele.

— Estou normal. — Digo e ele nega com a cabeça.

— Fiz alguma coisa?

— Estou normal. — Repito e ele respira fundo.

— Foi o beijo? — Insistiu. — Eu beijo mal?! — Perguntou com medo e eu não segurei o riso.

— Beija. — Respondo.

— Está mentindo. — Disse, me encarando com os olhos semicerrados. Sorrio.

— Não, Philippe, você não beija mal. — Falo. — Beija muito bem. — Completo baixo e ele sorri.

— Imaginei, ninguém nunca reclamou. — Falou convencido e eu revirei os olhos. — Por que está estranha? E não adianta falar que não está, porque você está sim.

— Não é nada. — Digo e ele me olha com tédio. — Desculpa se estou parecendo estranha. — Peço.

— Isis...

— Você quer me beijar? — O interrompo e ele franze o cenho.

— Quero, mas olha... — O interrompi outra vez, segurando no rosto dele e juntando nossos lábios.

**
aiai viu

O pai do meu bebê ━━ Philippe CoutinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora