White Lies- Drarry

Vindo limpo

Se Harry não soubesse melhor, ele pensaria que Madame Pomfrey realmente gostava de expulsar as pessoas da enfermaria.

Depois que McGonagall deu a eles um sermão severo sobre por que eles deveriam 'misericordiosamente manter suas bocas fechadas para que você não prefira que eu feche para você' enquanto eles comiam o almoço que os elfos domésticos trouxeram para eles, Madame Pomfrey foi inflexível para que eles  seu descanso e sono.

"Mas é uma da tarde!" Ron exclamou, horrorizado.

Madame Pomfrey ergueu uma sobrancelha na direção dele, como se perguntasse um curto 'E daí?' Ron sabiamente se calou.

Então foi com resmungos que os seis alunos se retiraram para suas camas - Rony e Hermione na Torre da Grifinória, Blaise e Pansy nas masmorras, e Harry e Draco para suas respectivas camas dentro da Ala Hospitalar.  ("Garanto que saberei se algum de vocês for encontrado acordado, então nem tente.") No entanto, eles agradeceram a Madame Pomfrey quinze minutos depois, quando todos estavam deitados em seus colchões, com a cabeça apoiada em seus  travesseiros macios e envoltos em seus cobertores quentes, porque eles não perceberam o quão cansados ​​eles ficaram com toda a emoção.

Todos os pensamentos sobre o sol ainda alto no céu fugiram de suas cabeças enquanto eles facilmente adormeciam.

***

Harry sonhou com bispos malvados com cetro, feitos de pedra.

E Draco.

Ele sonhou com Draco.

Mas em vez do bispo enfiando seu cetro no pescoço do cavalo de Draco, Harry sonhou com o bispo dirigindo seu cetro, a ponta afiada brilhando ameaçadoramente sob a luz da tocha, através do peito de Draco, e o som de carne sendo rasgada o deixou doente, mas ele não conseguia desviar o olhar, mesmo quando Draco caiu no chão com um baque nauseante que ecoou alto em seus ouvidos.

E em seu sonho, enquanto Draco sangrava e manchava o chão com um vermelho escuro e zombeteiro, tudo o que Harry fez foi ficar parado olhando, sem fazer nada, até que mãos desconhecidas o arrastaram para longe e o empurraram para um armário.

***

Quando Harry acordou, foram sete horas depois. O sol já havia se posto e Madame Pomfrey não estava em lugar nenhum - o que era melhor porque Harry não sabia o que ela faria se o encontrasse de repente acordado, os olhos arregalados e tremendo violentamente. Suas mãos agarraram os lençóis enquanto seus olhos em pânico buscavam familiaridade na escuridão fulminante da enfermaria, tentando apagar o vermelho cegante por trás de suas pálpebras.

Ele engasgou, tentando colocar ar em seus pulmões, e ele desejou relaxar.

Movendo-se ligeiramente, ele soltou um gemido suave, tanto com a dor em seus músculos quanto com a memória do sonho.

Seu coração ainda estava batendo descontroladamente no peito e ele esticou a cabeça para olhar com os olhos embaçados para a cama ao lado dele - e soltou a respiração que ele não sabia que estava segurando.

Draco ainda estava lá, ainda dormindo pacificamente na escuridão da enfermaria.

Enquanto tentava acalmar seu coração, Harry apenas se deixou ficar ali, olhando para o rosto adormecido de Draco e buscando conforto com a forma como seu peito se movia ritmicamente para cima e para baixo a cada respiração suave. Sem bispos, sem cetros, sem sangue ... apenas ... Draco.

Gemendo baixinho de novo, Harry ergueu as mãos para esfregar o rosto.

Jantar. É disso que ele precisava. Comida reconfortante e banho também, para se livrar de todas essas tensões indesejadas.