home sweet home.

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Mia.

Por conta do horário em que cheguei em Nova York o aeroporto estava menos movimentado, mas mesmo assim houveram algumas pessoas que me pediram fotos ou me reconheceram.

Eu acho engraçado quando alguma coisa assim acontece, sabe? A forma que a fama chega é, de um certo modo, engraçada. Porque eu cheguei em NY não faz nem um ano, em pouco tempo eu alcancei coisas que eu achei que demoraria um tempão para alcançar. Antes eu saía pra ir ali comprar uma coisinha e ninguém falava nada; hoje em dia coloco o pé pra fora de casa e já tem alguém pra acenar ou falar um 'oi', ou tirar uma foto. E tipo, isso mudou tão rápido que eu nem sei exatamente quando começou a acontecer. Não sei se é porquê sou irmã da Maia, ou porquê sou 'amiga próxima' da Billie, ou se é por causa do meu trabalho como estilista, mas as pessoas realmente me reconhecem na rua e me tratam como se eu fosse famosa.

Mas eu sou famosa, não é? É. E eu tenho fãs também. Que loucura!

Enfim, sai do aeroporto e fui direto pegar um táxi. Como sempre o trânsito estava um caos, mas consegui chegar em casa tranquilamente.

Assim que abri a porta do apartamento Morfeu que estava deitado no canto da sala, levantou-se e mais rápido do que o The Flash meu garoto correu até mim. Abaixo-me para ficar do seu tamanho.

- Como eu tô com saudades de você, meu amor. - falo com a voz fininha, fazendo carinho em seus pêlos enquanto ele está me cheirando e com a língua pra fora, balançando o rabo. - É, eu senti sua falta, bebê. Sentiu falta da mamãe também?

Questiono como se ele fosse responder mesmo. Morfeu continua balançado o rabinho com a língua de fora.

- Eu sei que sentiu saudades. - encosto, ou pelo menos tento, o meu nariz no focinho dele que acabou lambendo minha boca. Rio-me. - Tia Maia cuidou de você direitinho, Morfeu?

- Essa bola de pêlos dá um puta trabalho mas eu cuidei direitinho, ok? - ouço a voz fina de Maia, então me levanto.

- Maia! - exclamo animada.

Como se fizessem meses que não nos vemos praticamente pulo na minha gêmea, envolvendo sua cintura com minhas pernas e a abraçando com força.

- Eu também senti sua falta, mas calma aí, maninha. - ela diz em tom de brincadeira.

- Eu morri de saudades de você, viu. - desço do colo dela, mas não deixo de a abraçar. Encosto a cabeça no ombro dela.

- Eu também. - ela beija o topo da minha cabeça, me apertando em seus braços. - Você está toda animada, a viagem foi tão boa assim?

Então me afasto dela sorrindo, indo fechar a porta; não vou ficar contando como foi a viagem de porta aberta.

Minha irmã estava fazendo a monografia no quarto, mas parou pra vir me receber e pra eu poder contar como foi a viagem. Ai eu contei para ela como foi a viagem. Como foi conhecer o Patrick e a Maggie, como eles ficaram felizes por terem me conhecido, sobre o nosso passeio na praia, o show, os momentos que compartilhamos juntas e as coisas que ela me disse. Também não deixei de comentar sobre como foi nossa primeira vez; estranho imaginar que Maia já esteve na mesma cama do que Billie, que antes de mim elas transavam e que com certeza era muito bom. Alguns pensamentos infelizes invadem minha mente, mas eu trato de os afasta. Falo também sobre as fotos tiradas pelos paparazzi e o burburinho que se formou na Internet.

- E o que a Billie vai fazer quanta a isso? - Maia pergunta com uma sobrancelha levantada.

- Ela agendou uma reunião com a equipe dela pra segunda. - suspiro. - Ela disse que quer tornar o que a gente tem público.

ten thousand hours. | billie eilish. Onde histórias criam vida. Descubra agora