Os cacos no caminho

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Lena estava exausta naquela manhã. Havia cuidado de Gloria, pois sabia os efeitos colaterais do composto que havia criado, porém se fez tranquila pois também havia criado uma solução pra tais efeitos, precisaria ficar de olho na amiga por algumas horas, assim como instruiu Kara a ficar com Alex. A morena sorriu ao lembrar da menina desajeitada.

Caminhou pela empresa em direção ao transporte para levá-la a qual havia assinado o contrato de compra no início da manhã. Não que fosse muito fã de doces, mas nos últimos meses as vendas do produto cresceram e ninguém sabia ao certo o porquê. Pegou sua bolsa e foi pro elevador subindo até o terraço da L-Corp, onde havia um pequeno heliponto. Deveria chegar a pequena empresa nos limites da cidade em instantes, tinha a intenção de comprar alguns terrenos ao redor e aumentar a produção e o número de empregados o que ajudaria inclusive a dar empregos e melhorar a vida da população daquela área. O helicóptero pousou e Lena foi recebida por uma figura comum. Um homem com aparentes 50 anos que se apresentou com dono do local, Jeremy Stuart. O senhor estendeu a mão para cumprimentá-la.

- Bom dia Jeremy, obrigada por vir me receber pessoalmente. – Lena apertou a mão do homem e deu um sorriso.

- Bom dia Senhorita Luthor, é um prazer recebê-la e poder mostrar pessoalmente o legado da minha família. Infelizmente meu filho escolheu outro caminho pra viver e eu pretendo viver melhor meus próximos anos. Sei que esta companhia estará em ótimas mãos. Tive informações muito boas a seu respeito, sobre seu potencial e caráter, vindos de uma pessoa na qual confio muito e me ajuda a anos. – Lena ouviu aquilo apreensiva, quem poderia tê-la elogiado tanto se fazia pouco mais de 24 horas que assumiu o comando da empresa. – Estávamos procurando alguém a tempos e quando seu nome foi anunciado como nova CEO da L- Corp, fui aconselhado a fazer a proposta. – Franziu o senho.

- Gostaria de conhecer essa pessoa senhor Stuart, agradecer a delicadeza dos elogios e a preferência. – Quem seria tal pessoa, Lena novamente se perdeu em devaneios.

- Creio que ela não queira se apresentar, visto que é a primeira vez em anos que abre mão de fazer uma negociação pessoalmente. Mas é uma profissional excelente e de minha inteira confiança. – Sorriu expressando contentamento. – Vamos, vou apresentá-la ao local e alguns funcionários que penso serem essenciais para o funcionamento do local e que precisaram ser mantidos.

Fizeram o percurso em duas horas, já eram nove da manhã e Lena deveria passar na empresa para entregar os papéis assinados por Jeremy ao setor jurídico para iniciar a transição. Estava refazendo o percurso sozinha quando avistou uma figura conhecida ao passar por uma das salas do setor administrativo. Voltou e parou atônita na porta.

- S-Sa- Samantha? – A mulher arregalou os olhos, mas evitou olhar para Lena, estava em pânico, a antiga amiga não poderia tê-la visto. – O que...? Que...? Que diabos você está fazendo aqui e por onde você andou todo esse tempo sua irresponsável? – A morena ficou indignada.

- Calma, Lena, eu posso explicar, só não...

Lena foi em direção a mulher que se escondeu atrás das próprias mãos, mas ao invés de atacá-la apenas a abraçou com bastante força durante um tempo. Ao se desvencilhar a morena deu vários tapas no ombro de Sam.

-Ai! – Disse em protesto. – Oi, Samantha. Como vai? Espero que tenha estado bem por todos esse anos. – Revirou os olhos e viu Lena bufar. Sabia que lá vinha bomba. – Eu posso explicar. E oi pra você também, Luthor. – Deu de ombros.

- Como vai? – Repetiu incrédula. – O caralho, Arias. Sua mãe ficou desesperada, e mesmo que eu não vá com a cara dela pelo que fez com você, isso não se faz. Eu fiquei, a Gloria surtou e a Andrea. Você nos deixou sem uma notícia até hoje e do nada me faz comprar a empresa em que trabalha? – A respiração de Lena não estava mais controlada e Samantha estava assustada por ela ter sacado.

Between lies and discoveries Onde histórias criam vida. Descubra agora