Talvez o seu sonho se torne realidade

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   Eu realmente não quero voltar para a escola depois de ontem. Sério, ter um sonho erótico com o seu professor-substituto é lamentável. Ainda mais ter um sonho erótico em sala de aula, na frente dele.

   Me pergunto se eu soltei algum gemido involuntário ou qualquer coisa que entregasse que eu estava sonhando com ele. Nossa, e se eu gemi o nome dele?

   Enfio a cara no travesseiro, com o rosto vermelho como um pimentão e o estômago revirado.

   Depois do Prof. Malfoy ter perguntado se eu estava tendo um sonho erótico, lembro de ter levantado e corrido de lá. Não sei como vou conseguir encarar ele depois daquilo.

   O lado positivo é que só tem mais uma semana de recuperação. Digo, só me faltam seis dias. Consigo passar por essa recuperação com notas razoáveis, tenho certeza disso. O que me impede mesmo é a atração que estou tendo pelo o meu professor.

   O despertador toca, levanto me lamentando sobre a minha vida e vou até o banho.

   Ok Hermione, hoje é sexta-feira. É um novo dia, vamos esquecer de ontem e deixar o acontecimento no passado.

   Quando termino de me arrumar, coloco o uniforme e prendo o cabelo em um rabo de cavalo. Ainda com a minha cara de morta (consequência do meu estado de espírito), desço até a cozinha e encontro os meus pais tomando o café da manhã.

   — Nossa, que cara abatida - minha mãe fez questão de dizer ao me encarar. Sentei na mesa e pego um pouco de café puro. Nada como cafeína em um péssimo dia. — Dormiu tarde?

   — Não, na verdade dormi cedo - tomo um longo gole e me lembro imediatamente do quanto odeio café. — Só tive um dia ruim ontem.

   — O que aconteceu ontem, querida? - Meu pai tira o rosto do jornal e me pergunta.

   Então pai, tive um sonho erótico com o meu professor bem no horário de aula. E ele provavelmente sabe que foi um sonho erótico com ele, para o meu azar.

   Óbvio que não respondi isso.

   — Nada, só muito estudo.

   — Você precisa se esforçar mesmo, as suas notas estão péssimas - minha mãe me encara com uma careta. Ignoro as suas alfinetadas, ela está me cobrando boas notas desde quando eu estava no primeiro ano.

   — Vou de ônibus hoje - me levanto da mesa, com a mochila em mãos. — Tchau, amo vocês.

   — Bom estudo - papai acena.

   — Também te amamos - minha mãe me dá um sorriso.

   Quando já estou no ônibus, tento me recordar do que foi real ou não ontem. Não sei qual parte foi fruto da minha imaginação. Espero que eu descubra quando eu chegar na escola, talvez eu leve um esporro do Prof. Malfoy por ter simplesmente saído correndo da sua sala sem nem dar explicações.

   Não demoro a chegar na escola, mas quando desço do veículo, dou passos lentos e tento não chegar tão cedo na escola. Não há muitos alunos, os treinos de futebol acabaram ontem e uns dez ou onze alunos estão na recuperação, com outros professores. Basicamente, quem se encontra na escola são os nerds que passam o tempo todo na biblioteca, os que estão na recuperação e os que estão na detenção.

   Tom Riddle está entre um destes grupos: a detenção. Mas ele disse que foi para a detenção propositalmente. Ah, se eu também estivesse na recuperação de propósito...

   Me arrasto até a sala de aula, parecendo um morto-vivo. Observo pela a fresta da porta, vigiando se o Prof. Malfoy já teria chegado. Não, ele não chegou ainda. Solto um suspiro aliviado, sentindo um peso sair das minhas costas.

Meu Professor - Dramione (hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora