vamos brincar

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Juno

Depois de ser solta do grilhão preso em meu tornozelo, segui jack por um corredor escuro,  parecia ter varias portas ao longo dele. Jack não aparecia se importar se eu estava acompanhando seu ritmo, ele apenas seguiu em frente sem olhar pra trás, eu tive de me virar pra acompanhar ele mesmo estando mancando e com dor. Viramos duas vezes antes de nos encontrarmos numa escadaria bifurcada dando acesso a uma sala de estar vazia. O moveis estava empoeirados e os papeis de paredes manchados e rasgados, as lampadas pareciam todas fracas não iluminado tanto quanto seria apropriado.

Depois de passar por lá, ele abriu uma porta dupla que dava na sala de jantar com uma mesa muito cumprida e varias cadeiras, me perguntei quantas pessoas deviam viver ali...

Em seguida entramos na cozinha. Estava incrivelmente limpa se comparada com os outros comodos que vi.

Jack: ai tem comida, se vira ! – disse me empurrando em direção ao balcão – não toque nos meus doces que estão no armário a direita

Fiquei em silêncio já que ele mandou não falar, e me dirigi pra geladeira. Tinha bastante coisa e bastante carne, mas eu não estava confiante de que poderia prepara-las, peguei alguns ovos e em seguida olhei nos armários. Depois de juntar todos os utensílios e ingredientes que  precisava ascendi o fogo

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Jack: como você conseguiu queimar tudo ?–  Disse abanando a fumaça que saia da pilha de panquecas pretas como carvão  –  não salvou nenhuma, você é pessima cozinheira

Juno: bem,você me mandou cozinhar e foi oque eu fiz

Ele balaçou a cabeça em desaprovação, pegou o prato as panquecas e despejou na lixeira

Jack:se você comer isso não preciso me preocupar em te matar,sua comida o fará por mim. – cruzou os braços. Me olhou fixamente por um tempo e suspirou – acho que ainda tenho que te dar algo pra comer...

Mantive meu olhar no chão em vez de encara-lo. Bem eu admito que minhas habilidades culinarias são abaixo da média mas eu ja fiz comida pior que aquelas panquecas falhas

Juno: suponho que sim

Jack: fala serio, manter alguém vivo é dureza... me siga outra vez – ondenou se encaminhando pra sala de estar com moveis empoeirados e saimos da casa. Passamos por uma varanda de madeira e pude ver uma floresta densa cercando toda a casa. O lugar era grande e parecia ter saido de um filme de torror, bastante mal cuidada e com ervas daninhas subindo pelas paredes.

Seguimos por um caminho de ladrilhos até um portão grande e enferrujado depois por uma trilha na mata. Outra vez, jack estava andando muito rapido e eu tinha de me esforçar pra acompanha-lo

Juno: onde estamos indo?

Jack: vamos arranjar algo pra comer

Juno: não era mais facil você cozinhar? – pergunto ja começando a ofegar e o ferimento na minha perna doia. Ele andava rápido demais em comparação a mim, me perguntei por que eu ainda o estava seguindo se podia simplismente deixar ele ir andando na frete e correr pra floresta

Deve ser porque se pensar bem, seria tolice... era obvio que ele ia me pegar se eu fugisse dele, eu estava mancando e com dor, não iria longe e mesmo se fosse não sabia onde estava ou pra onde correr. E tem mais, ele sabe onde o karim está, então estou presa a ele até que tenha certeza que meu irmão está seguro

Jack: Você está muito lenta! – ele reclama e me tira dos pensamentos nos quais estava imersa. Parou e esperou que eu o alcançasse

Juno: desculpe, eu acho que a facada que levei na perna pode ter algo a ver com isso

Jack:  suas ironias são ridiculamente mais irritantes do que a de qualquer outro ser no mundo

Ele não voltou a andar quando eu me aproximei,acho que estava esperando que eu parasse de ofegar

Juno: você tem algum... rancor pessoal contra mim por acaso ?

Jack: por que acha isso?

Juno: Você matou minha madrasta, me sequestrou e não perde a oportunidade de dizer o quanto eu te irrito. Eu por acaso fiz algo pra você?

Jack: não tenho um rancor pessoal, matei sua madrasta porque eu queria ver sua reação – faz uma careta de emburrado como uma criança – mas você não sabe brincar! 

Juno: e o resto ?

Jack: te sequestrei por algo que não é da sua conta e acho você irritante por causa dos seus olhos

Juno: acho que você já mencionou algo parecido,oque tem meus olhos?

Jack: parece que você não tem alma.Seus olhos são frios como de um cadáver – suspirou –  por isso não sinto vontade de te matar... Oque tem de legal em matar um cadáver ambulante?

Juno: talvez isso seja porque não sou muito eficiente no controle dos meus músculos faciais

Jack: bem eu não sei o motivo de você ser assim, mas sei que me irrita muito – terminou de falar e voltou a andar.

Continuamos até chegar na estrada, estava deserta. Ele ficou parado no meio da estrada pareceu estar esperando por algo, eu fiquei na beira da estrada encarando ele pra ver oque pretendia

Ao longe vi os faróis de um carro vindo na direção, jack não saiu da frente pareceu querer ser acertado pelo veículo de propósito, por um segundo eu pensei que não seria tão ruim se ele fosse atropelado. Afinal eu ja estava numa estrada e dali não seria tão difícil fugir.

Quando o carro se aproximou de jack eu virei o rosto,mas o motorista freiou antes de acerta-lo.

???: sai da rua, seu maluco ! – gritou enquanto buzinava

Jack: eu quero seu carro, sai e talvez eu deixe você viver

( sinto que isso não vai acabar bem)

???: ta maluco ? Sai da rua antes que eu te atropele!

Jack : certo! Então vamos brincar – disse sorrindo

Doces Pesadelos - Laughing Jack Where stories live. Discover now