Desculpe

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Aviso: O capítulo não foi revisado e estou com preguiça de fazer isso 🙂

Juno

Acordei deitada num colchão rasgado e surrado, com lombadas o suficiente pra dar dor nas costas e a cama que o sustentava era de grades, enferrujada e com a pintura branca descascando. As paredes eram todas de azulejos brancos e  apresentavam manchas de mofo. Cortinas pretas escondiam as janelas e não deixavam quase nenhuma luz entrar, criando um ambiente melancólico e escuro. Não tinha mais moveis exceto uma mesa de cabeceira então dava a impressão de que havia um vazio no cômodo, como se algo faltasse...
Mas bem... Era melhor que dormir no chão.

Jack estava ao meu lado, sentado no chão, não  estava dormindo mas encarava o teto com uma expressão severa no rosto. Estava pensando tão profundamente sobre algo que nem percebeu minha movimentação quando me sentei na beirada da cama (e se percebeu ignorou).

Juno: Bom dia – falei baixinho mas ele ignorou também então resolvi deixa-lo em paz e simplesmente peguei o pote de geleia que estava sobre a mesa de cabeceira pra tentar montar um sanduíche. Na falta da faca, tive que usar meu dedo pra espalhar a geleia sobre o pão de forma.

Enquanto comia o que , pelo que presumi , devia servir como café da manhã, segui o exemplo do Jack comecei a pensar.

Agora que o Karim estava em segurança, eu já tinha feito tudo ao meu alcance e devia ficar feliz que pelo menos meu irmão estava a salvo. Mas sobre o que ia acontecer comigo dali em diante... Hmmm... bem... Não importava muito. Conseguir fugir seria bom, mas pouco provável e mesmo que conseguisse, com jason e Jack atrás de mim não parecia boa ideia viver fugindo a vida inteira.

(Se fugir vou morrer quando me pegarem, se não fugir vou morrer assim que o jack se cansar de mim... Basicamente Frigideira ou forno. Eu não tenho escolha aqui) pensei dando a última mordida no sanduíche que montei.

Olhando bem eu não tinha muita perspectiva de viver muito tempo, então era melhor só deixar as coisas seguirem e aceitar o que quer que acontecesse.

Jack finalmente se virou pra mim como se tivesse visto que naquele momento eu tinha abandonado as esperanças e franziu a testa. Senti como se tivesse lido minha mente.

Jack: por quê?

Juno: ...

Jack: por que você é assim?

Juno: quer dizer sem expressão? – ele sacudiu a cabeça negando

Jack: por que não tenta se salvar?

( Será que ele realmente escutou meus pensamentos?)

Juno: por que será?  – desviei o olhar pra cortina preta – não sei ao certo... Acho que não tem porque gastar minhas forças se eu sei que vai ser inútil.

Jack: a mesma reação de sempre hein –  ele apoiou o rosto na mão. Ficamos em silêncio olhando um pro outro até que por fim jack se levantou e se aproximou de mim. Pra manter o contato visual tive que inclinar a cabeça pra cima. – você confia em mim, Juno?

Juno: não – respondi sem pestanejar.

Ele piscou algumas vezes então abriu um sorriso e começou a gargalhar como se aquele simples "não" tivesse entrado em seus ouvidos como uma piada.

Jack: você é uma mentirosa tão boa.

Juno: por que acha que estou mentindo?

Ele segurou meu queixo, acariciando minha bochecha com o pelegar. Sua unha afiada passando tão perto da minha pele dava vontade de recuar mas eu sabia que se jack quisesse ferir meu rosto já teria feito aquilo.

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⏰ Última atualização: Jun 06 ⏰

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