Ironia do Destino

Adrenalina

A habilidade de suportar a dor é a arma de um guerreiro. Domine isso e nada terá poder sobre você. Nada.

-- The Originals.

Meus olhos estavam fechados, as luzes do quarto e consequentemente de toda a fazenda estavam apagadas, era o fim de uma madrugada qualquer, com meu cérebro funcionando como se estivesse no meio do dia a dia. Por mais que meu corpo necessitasse de descanso, meus pensamentos não se desligaram depois que li a manchete de um site confiável dizendo que Taylor e Caroline haviam terminado o namoro. Um namoro de mentira que agora não existia mais, isso que foi o motivo pelo qual nós terminamos, quebrando-me em milhões de pedacinhos até eu não me reconhecer mais. Fazia apenas duas semanas desde da ultima vez que eu tinha a visto, foram duas semanas na fazenda de Billy para eu não querer voltar para a cidade de Nova York tão cedo. Caroline andava junto com a internet, e eu andava pela internet em vários sites que falavam sobre a turnê. Isso deixava o meu coração louco.  Porém, ao visualizar em caixa alta as palavras sobre o termino pude sentir algo mais forte bater dentro de mim, sendo uma baita surpresa já que não acreditava que era possível senti-lo palpitar novamente, mesmo depois de dias tentando e nada de reanimá-lo como a garota ruiva conseguia.

Era difícil assimilar aquela enxurrada de sentimentos que surgiram de repente ao saber da notícia. Para mim, meu corpo teria perdido tanta energia após não ter Caroline mais, que depois da noticia o meu engraçado cérebro resolveu reagir. Nas noites escuras e vazias, sozinha em meu quarto, nunca pensei que teria a chance de voltar a dançar como fazia pela casa toda, independente do horário. E adivinha? No segundo seguinte, há exatos treze segundos, eu me levantei coloquei uma roupa descente para atividades que queria fazer, sentindo uma ponta de alegria que não fazia parte de mim há muitos, muitos dias. Ou seja, os sinais eram realmente preocupantes. Olhei para o relógio digital em cima da minha cômoda, de frente para cama, o qual marcava cinco e quarentena e sete da manhã. Na minha cabeça tinha uma vozinha chata, E foi essa mesma voz a responsável por me fazer levantar da minha amada cama cedo, vestir minhas roupas e realizar uma coisa que não fazia durante muito tempo, mas que em contrapartida sentia muitas saudades.

Fui andando até a garagem que ficava localizada na parte traseira da casa, respirei fundo em alguns segundos até tomar coragem e abrir aquele portão que não era aberto por mim há longos anos. Os meus olhos se iluminaram e eu pude ver que aquele lugar que eu tanto amava não estava muito diferente com o passar dos anos. As paredes ainda continuava pintadas de branco, os postes e adesivos das minhas bandas favoritas ainda estavam lá, as ferramentas mais organizadas estavam presas em paredes e divididas em prateleiras, os carros e as motos antigas estavam cobertos por lonas, do mesmo jeito que meu pai deixara da ultima vez que tentava consertar algumas antiguidades. Adentrei aquele local e fui tocando os cantos com as pontas dos meus dedos, o cheiro que eu tanto odiava se fazia presente ali,  eu não pude deixar de sorrir ao me lembrar o quanto aquilo já me fez feliz. Puxei o pano da minha velha moto de trilha e pude ver ela diferente, ela estava restaurada?

-- Vejo que ainda se lembra desse lugar! -- Ele afirmou me dando um leve susto. -- Fico feliz que ainda continua a mesma. -- Billy afirmou escorado no batente da garagem.

-- Por que ela está tão nova? que eu me lembre a ultima vez que eu corri deixei ela destruída. -- Afirmei passando a mão pelo estofado da moto de trilha.

-- Eu reformei ela, sabia que esse dia chegaria, sabia que você voltaria para ver a moto que tanto ama. -- Sorri e agradeci o homem com um abraço. -- O carro do seu pai ainda esta ali esperando você concerta-lo. -- Billy disse jogando as chaves para mim. -- Eu comprei as peças que faltavam, mas não tive coragem de mexer.

-- Acho que podemos fazer isso juntos. -- Disse o encarando. -- Mas antes eu preciso saber se você ainda sabe ser um bom professor de motocross. -- Sorri e joguei as roupas apropriadas para Billy. - Se vista rápido, porque eu não estou afim de perder hoje.

-- Vai participar do regional? -- Ele questionou feliz. -- Eu não acredito que teremos a nossa campeã de volta.

-- Eu preciso subir no pódio de novo, antes de passar o posto para a Olivia. -- Disse sorridente. -- Será que os garotos do time ainda andam daquele lado da cidade? Creio que a pista deve estar diferente.

-- Não se engane Lima, Você não ficou longe por tanto tempo assim, eles ainda lembram da sua marra naquela pista. -- Ele disse vestindo a roupa apropriada. -- Fiquei sabendo que Cecilia ainda anda por lá, e agora está dando aula de motocross. -- Billy disse e eu joguei as chaves nele com um sorriso no rosto.

Eu precisei piscar algumas vezes para me dar conta que estava realmente voltando a ativa em um dos meus maiores hobbies. Eu havia proposto uma corrida a Billy na famosa pista de Motocross da cidade. E por mais que eu não fizesse o tipo de ser competitiva, ainda continuava sendo apaixonada por adrenalina. Eu vivia em cima de uma moto, eram noites e dias e durante os finais de semana, apostando notas e notas na ideia de conseguir chegar em primeiro, no final era sempre assim que eu me divertia.

Eu entreguei um segundo capacete a Billy, troquei olhares silenciosos com o loiro quase como se o questionasse sobre querer participar de uma brincadeira ou não. Porem um sorriso travesso cresceu em nossos rostos, e foi momentos antes de encaixar o acessório na própria cabeça que o homem preferiu.-- Desafio aceito -- e então foi de encontro ao veiculo, subindo e se acomodando. Fechei o visor, indicando com o rosto que Billy deveria reproduzir os meus caminhos. -- Temos que treinar, eu tenho um campeonato regional para ganhar.

A sensação de acelerar minha moto pelas estradas da cidade estava sendo incomparável, eu me sentia distante da realidade que estava vivendo, eu sorria ao ver a paisagem em minha volta, aumentava a velocidade sem medo, sem um medo que sempre se fez presente nessas horas.

Eu permaneceria por ali por um bom tempo, e estava ansiosa para mudar alguns fatos. Eu estava junto com meus amigos e poderia concertar tudo que meu pai deixou por ali.

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Fala meus amores, como vocês estão? Estou aqui para dizer sobre possíveis rumos que a fic irá tomar! Bom, vocês podem ver que os capítulos estão retratando sobre a vida de Day e sobre o seus sentimentos e envolvimentos. Isso ira acontecer por um certo tempo, pois quero passar pra vocês o amadurecimento e o crescimento dela, e pra isso vocês precisam conhecer mais sobre o seu passado. Caroline não irá aparecer com tanta frequência porque ela não faz mais "parte" da vida da morena, quero que vocês tentem criar teorias sobre possíveis acontecimentos na fic.

Day vai reencontrar Caroline depois de quanto tempo? Caroline vai ficar com Taylor?

Percebam o amadurecimento da nossa protagonista, Fiquem bastante ansiosos para a turne de Day e seus amigos, tem muita coisa para acontecer... A Fic já está na reta final!