Flores Exóticas

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Voltava para o meu apartamento, após uma longa corrida pela cidade caótica. Era sábado de manhã, resolvi retomar meus exercícios, meu corpinho de 35 aninhos agradece esta decisão.

Meu nome é Joana , meu sobrenome pouco importa. Sei o que estão pensando: " Nossa! Como ela é grossa!".
E sou mesmo!

Você, que lê este conto, esta balela que esta autora maluca resolveu escrever, também seria grossa se tivesse passado pelo que passei em minha vida!

Ok?! É isso mesmo , "autora das borboletas"? Vai me fazer contar a minha história deprimente para suas leitoras?
Pois bem, aí vai então...

Nunca fui flor que se cheirasse. Me descobri lésbica aos 15 anos, e passei o rodo geral até os 25 anos.

Isso mesmo! Dez anos de pura "comessão".

Meninas virgens, adultas confusas, promiscuas casadas. Todas essas passaram pela minha cama e , modestamente, as fiz muito feliz, se é que vocês me entendem.

Sempre fui muito rebelde! Nasci já "pagando de dedo" pro obstetra da minha mãe.

Bem resolvida, saí de casa aos dezessete. Morei em cada "muquifo" que vocês nem podem imaginar!

Era isso que meu salário de garçonete conseguia custear. Muitas vezes, dormia com fome, quando não conseguia guardar nenhuma sobra dos clientes.
Peraí, não é pra ter pena de mim! Odeio pena!

Com muito esforço, e foi muito esforço mesmo, consegui uma bolsa de estudos! Me formei em Tecnologia da Informação.

Como sou "caruda" , me embrenhei neste mercado altamente masculino. Nadei e nadei, sempre contra a correnteza, mas não me afoguei. Pelo contrário, me sobressai aos "sacudos" que se achavam o "Bill Gates" do momento ou "Mark Zuckerberg", como vocês preferirem.

Hoje, aos 35 anos, sou diretora executiva da S.D. Future , com sede brasileira em São Paulo, onde resido atualmente. Mas viajo constantemente às outras cinqüenta filiais pelo mundo.

Bom, vou lhes contar agora, já que não tenho outra alternativa, sobre a maior idiotice que fiz em toda a minha vida. A única vez em que me deixei levar por este idiota, que é o meu coração!

O nome da ordinária que devorou este órgão tão citado em poemas, mas que não passa de um ingênuo libertino que nos arrasta para as trevas, desculpe, divaguei na definição.

O nome da filha da puta que acabou com a minha vida e extirpou todo o meu lado sentimental, era Francesca.

Conheci a infeliz em uma festa da empresa. Francesca era esposa de um dos diretores na época. Italiana naturalizada brasileira, aquela mulher era a perdição das minhas tardes.

Transavamos todos os dias, sem que ninguém sequer desconfiasse do nosso caso. No meu apartamento, em motéis, dentro do carro, onde nosso desejo ardente nos levasse.

A vadia era linda!Francesca é alta, possui um corpo escultural, morena clara bronzeada. Como não derrapar naquelas curvas, Meu Deus?!

Enfim, nos apaixonamos! Ela deixou o marido e passamos a morar juntas em meu apartamento.

Nossa vida era uma eterna Lua de Mel! Eu estava plena no amor, sem contar a minha vida profissional que estava despontando.

Eu estava feliz! Mas como felicidade pouca é bobagem, resolvi pedir a "mardita" em casamento.

Levei Francesca para jantar num restaurante chique, pedi o melhor champanhe para o momento do "sim", e quando eu estava prestes a dar o sinal para que os violinistas viessem até a mesa, fazer uma serenata que iria melodiar o meu pedido, ela me diz que tudo foi um erro, que ela iria voltar para o marido.

A Florista (Romance Erótico Les)Where stories live. Discover now