gloss | adrinette

strawberry

Parecia algo comum entre os garotos da faculdade: todos eles já haviam gostado de Marinette Dupain-Cheng ou prestado atenção na mesma pelo menos uma vez.

Tudo nela esclarecia quão bonita e determinada a mesma ela. Depois de meses na faculdade, sem nem completar um semestre inteiro, ele percebera que a garota sabia se favorecer. Ela sabia as roupas que a deixavam ainda mais bonita, o estilo que o cabelo deveria ficar e, o mais importante, o brilho labial que deveria usar; talvez, fosse o efeito que o curso de moda estabelecia.

Adrien sempre iria perceber os lábios da menor; na verdade, era uma das coisas que notava primeiro. Sempre que olhava para ela, seu olhar se prendia nos lábios. Como era possível alguém ter lábios tão chamativos?

A mestiça conseguia ganhar a atenção dele, assim como era feito com a maior parte dos garotos. Nenhum boato sobre ela corria pela a universidade; ninguém havia conseguido a chance de sair com aquela garota.

Não era novidade que ela recebia convites para encontros, correios-anônimos e flores de garotos diversos toda semana; eles não desistiam e a azulada recusava gentilmente, com aquele belo e encantador sorriso. Adrien não sabia dizer se eles só queriam a chance de receber o olhar da Dupain-Cheng ou se eles eram, realmente, tolos por continuarem tentando incansávelmente.

O loiro nunca havia tentado nada, pois, ao mesmo tempo que ela era famosa pela sua beleza, ele também era. Além disso, o Agreste havia saído de um relacionamento no início do ano letivo e não planejava namorar tão cedo, e isso se cumpriu por dois longos anos Mas, não havia dúvidas, Marinette o atraía de um jeito que apenas ela conseguia.

Com eficiência, o loiro ignorou todas as vezes que sentiu uma atração pela a menor. Não queria que qualquer rumor do que quase sentia por ela se espalhasse e, por esse motivo, sempre ignorava enquanto a garota, em seu grupo de amigas, passava.

Os dois trocavam poucas palavras. Se encontravam muitas vezes e, por esse motivo, se cumprimentavam; ela com aquele sorriso perfeito no rosto e as maçãs do rosto levemente coradas, como, aparentemente, sempre estavam,  e ele com as bochechas ardendo levemente, mas forçando a seriedade.

Era, simplesmente, impossível não notar Marinette e não achá-la linda.

Ali estava ele, mantendo o foco em um ponto da sala e respirando devagar, mantendo a calma de um jeito que nenhum outro conseguiria. Naquele momento, Marinette media seus pulsos, mas já havia medido os braços e o peitoral.

Até aquele momento, haviam trocado poucas palavras. Adrien já havia passado por muitas medições em toda sua vida, mas aquela era a primeira vez que ele se sentia tão nervoso. E ele sabia exatamente que era porque era ela quem fazia isso.

— Você está nervoso? — ela perguntou, de repente, o fazendo achar que fosse pelo fato de que ela estava próxima demais.

— Ah... depende. — ele respondeu, incerto e com as bochechas quentes. Marinette nunca conversava com ele, normalmente, eram apenas cumprimentos rápidos e maneios de cabeça. — Para o quê?

— Para a peça, Adrien. — ela riu, se afastado dele e anotando algo em seu caderno.

— Ah, sim! — ele respondeu, entre risos nervosos. — É um pouco difícil atuar e o fato de que terá público me deixa mais nervoso, mas é algo que tenho que me acostumar.

— Espero que você atue bem. — ela disse, abrindo um sorriso e olhando para ele. — Irei ver a apresentação junto com os professores e eu gosto muito de prestar atenção nas atuações.

— Então, espero ter sua aprovação. — ele disse, sem pensar, e ela concordou com a cabeça, indo para trás dele e conseguiu outras medidas. — Você está nervosa?