cherry

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Marinette havia aceitado o namoro sem pensar muito. Era um fato que a garota estava apaixonada, mas, ainda assim, não admitia aquilo em voz alta.

Mas, infelizmente, os horários começaram a não bater. Os ensaios se intensificaram, o que o fazia ficar até mais tarde. Antes, o único horário que podiam se encontrar era quando as aulas terminavam, mas, com os ensaios o prendendo na faculdade, ele disse pra a garota que ela não deveria acompanhá-lo.

Então, eles conversaram por mensagens e se viam nos finais de semana por três semanas inteiras e mais alguns dias, até o dia da apresentação.

Adrien estava quase morrendo de saudades, mas sabia que a veria naquele mesmo dia, uma sexta-feira. Ele reservou um lugar junto com os seus amigos e seus pais.

Naquele noite, no horário depois das aulas, seria a primeira apresentação da peça, tendo como convidados especiais todos os professores da universidade e os alunos de Moda, já que foram eles quem realizaram o figurino. Sendo assim, Adrien Agreste, embora amasse o teatro e soubesse que a ansiedade era passageira, estava nervoso. 

Ali estava ele, parado, enquanto Juleka, uma garota que cursava moda em outra faculdade, mas era namorada de Rose, passava o pouco de maquiagem necessária nele, mas sentia seus pensamentos rápidos demais. Seus dedos não paravam quietos, era a primeira vez que iria apresentar aquilo oficialmente. 

Quando Juleka terminou, ele agradeceu e a viu sair do camarim, dizendo que iria maquiar os outros. Adrien estava sozinho no local, pois outro ator que estava ali se encontrava ajudando uma garota, que também iria encenar.

Adrien respirou fundo, tomado pela ansiedade. Ao decorrer do dia, coisas pequenas deram errado e o conjunto delas o fez se estressar de um modo que nunca esteve antes. Naquele momento, tinha medo de tomar água e derrubar em sua roupa.

Ouviu dois toques na porta e disse que poderia entrar. Assim, Marinette Dupain-Cheng, com um sorriso tranquilizador, abriu a porta e passou por ela. Assim que a garota de cabelo escuro fechou a porta, encostou na mesa, olhando para o rapaz com atenção.

Ele se virou para ela, procurando alguém que dissesse que havia algo errado, mas era apenas ela. Assim, ele respirou fundo e abriu um sorriso, sentindo uma calma que não achou ser possível.

— Marinette, o que está fazendo aqui? — ele perguntou, se aproximando dela, sentindo o coração bater descompassadamente.

— Eu vim te dar um "oi". — respondeu, segurando a bolsa redonda com uma das mãos e colocando uma mecha de seu cabelo solto para trás da orelha.

Adrien parou na frente dela, se sentindo aliviado por ela ter resolvido visitá-lo ali. Ele não sabia que precisava disso até ela estar ali.

— Oi. — ele disse, achando graça do jeito dela.

— Oi. — respondeu, com simplicidade, sorrindo de uma maneira que ele nunca havia visto antes. — Está nervoso, meu Hamlet?

— Muito. — respondeu, inspirando fundo. — Mas me sinto melhor com você aqui.

— Poxa, obrigada. — agradeceu, com as bochechas mais vermelhas que seu casaco. — Esse era o objetivo.

— Você quer se sentar um pouco? — perguntou, se afastando um pouco e mostrando as cadeiras que tinham.

— Era só uma visita rápida, eu não quero te atrapalhar. Além disso, eu tinha falado para seu amigo que já voltava. — disse, acenando com a mão. — Eu só... vim para te desejar boa sorte.

O Agreste sorriu. Um daqueles sorrisos que é uma mistura de felicidade e amor, que são dados no meio de um suspiro. Os olhos verdes a fitaram com carinho, se perguntando como poderia ter negado por tanto tempo sua atração por ela.

gloss | adrinetteWhere stories live. Discover now