diciassette

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- Tu sabes que eu sei que vamos para a minha festa surpresa, que não é surpresa porque a Amara está demasiado ansiosa para o esconder, certo? – o Giulio riu-se, agarrando a minha mão. Conduzia não sei por onde, enquanto eu estava com os olhos vendados.

O dia do meu aniversário é o melhor dia do ano inteiro. Gosto de fazer anos, de receber prendas, de me sentir amada. Claro que isso acontece em vários outros dias, sobretudo agora com o Giulio na minha vida, mas o dia do meu aniversário é sempre especial.

- É impossível fazer alguma coisa nas tuas costas, não é?

- É. A Amara, então, já devia saber disso muito bem.

- Tu é que és bastante atenta – o carro parou – espera que eu abro a porta – percebi que ele saiu do carro e não demorou para abrir a minha porta – cuidado que o chão é irregular.

- Acho muito engraçado trazerem-me para sítios estranhos, de olhos vendados e com saltos de 15 centímetros – ele riu-se, surpreendendo-me com um beijo nos lábios – acho que podíamos guardar a venda para mais logo – disse-lhe, não muito alto, não sabendo quem é que poderia estar à nossa volta.

- Estamos a descobrir algo novo que te excita?

- Talvez, podemos sempre explorar coisas novas – começámos os dois a rir.

- Este vestido é qualquer coisa, Vera – senti as mãos dele pelas minhas ancas, deslizando-as até ao fundo das minhas costas – estás linda.

- Obrigada – tinha o vestido em cima da minha cama, apenas com um bilhete a dizer para o vestir. Aposto que foi a Amara que o escolheu... se bem que também possa ter sido o Giulio. 

- Vamos – agarrou a minha mão, mantendo-se ao meu lado conforme íamos andando

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- Vamos – agarrou a minha mão, mantendo-se ao meu lado conforme íamos andando. Percebia que o chão era de pedra e que, se ele não me tivesse agarrado, tinha caído redonda no chão – finge, nem que seja dois segundos, que ficas surpreendida, está bem?

- Não te preocupes – rimo-nos os dois, sentindo-o atrás de mim e a levar as suas mãos ao nó da venda.

Assim que ele a retirou, claro que fiquei surpreendida. Há um grande arco de flores ao fundo da sala, que dão acesso a algo que se assemelha a uma varanda? Estou confusa, não estou a perceber onde é que estamos e, surpreendentemente, não há pessoas à nossa espera.

- Isto é lindo – virei-me para ele, que tinha um ramo de rosas vermelhas na mão – uau...

- São para ti – agarrei as flores, aproximando-me dele para o beijar – buon compleanno tesoro (feliz aniversário, querida) – juntei os meus lábios aos dele, recebendo os braços dele ao redor do meu corpo – anda – disse, ao separar os seus lábios dos meus – há pessoas à nossa espera – afinal estão pessoas à nossa espera?

Limitei-me a agarrar a mão dele, caminhando toda a extensão da sala para passarmos por baixo do grande arco de flores. Dali conseguia ver uma grande mesa no centro do jardim, onde estavam várias pessoas. Consegui encontrar logo a Amara e... os meus pais? Os meus pais nunca estão presentes nestas coisas... eles não gostam de festas, nem de estarem muito tempo com pessoas que não conhecem.

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