1 - Uma Flor Mágica.

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Recomendo ouvir a música da mídia, antes, durante ou depois da leitura. Combina super com o livro, espero que vocês gostem.

Meu nome é margarida, recebi o nome da minha mãe. Ela me contou que suas cores preferidas era o amarelo e o branco e também me contou que me deu esse nome pois ía gostar tanto de mim quanto das margaridas, a flor que eu e ela mais amamos. Ou talvez recebi esse nome pois meus cabelos são loiros e minha pele branca. Sou tão parecida com a flor até na aparência. Quando eu era pequena minha mãe me chamava de margaridinha e só hoje eu entendo o porquê.

Eu pensava nisso enquanto caminhava voltando da escola para a casa. Passei pela rua da floricultura. Eu estava na calçada oposta do estabelecimento, mas as flores de lá eram tão boas que até pude sentir o cheiro vindo do outro lado da rua. Senti meu nariz inspirar levando o corpo todo junto desde as narinas até os pulmões. E interrompendo essa respiração um homem me chamou:

—Ei, Margarida

Eu acordei do cheiro como num estalo.

—Oi - respondi ainda assustada

—Vem aqui - o senhorzinho moreno da floricultura me chamou

Eu atravessei a rua olhando para os lados e fui:

—Oi - sorri

—Margarida, vem, entre - ele me chamou com a mão.

Eu entrei, já conhecia o lugar, era pequeno e tinha alguns vasos com flores dentro, havia só margaridas, girassóis, rosas e também uma sessão pequena de buquês. Aquele era o lugar dos meus sonhos, sempre quis ter um floricultura só minha e só o fato de entrar em uma mesmo que pequena me fazia sonhar ainda mais.

—Margarida - ele me chamou.

— Oi

—Estava pensando naquilo que você me falou de ter uma floricultura...

Eu o encarava apreensiva e ao mesmo tempo alegre para ouví-lo

—E... O que posso te dizer é que não tenho uma outra floricultura para te dar, só tenho essa - ele riu e continuou —Mas eu posso te dar essa margarida - ele pegou um vasinho e arrancou a maior margarida que tinha lá dentro e me deu.

—Ai, muito obrigada senhor Augusto, eu fico tão feliz . Você tirou a maior margarida e mais bonita só pra mim. Mesmo tendo tão poucas...

—Não precisa agradecer menina. E olha, não só essa, mas esse vasinho todo é pra você - ele pegou o vasinho que tinha arrancado a flor e pôs na minha mão.

Senti meu coração feliz e eu estava muito feliz, peguei o vaso e o agradeci.

—Muito obrigada de novo, eu nem acredito, agora eu realmente tenho margaridas e vou poder cuidar delas. Eu posso não ter a maior floricultura, mas tenho uma mini, quer dizer eu já tenho uma espécie de flor agora só falta ter as outras

Nós dois rimos.

Me despedi dele e segui o percurso até em casa, faltava pouco agora, já tinha passado na Floricultura e agora só faltava alguns minutos. Enquanto caminhava, segurava o pequeno vaso com uma mão, e com a outra eu segurava a flor retirada. Eu olhei para o vaso e cheirei a flor agora de perto, o cheiro era o mesmo só que mais forte e ao mesmo tempo delicado como a margarida.

Depois de caminhar mais um quarteirão, cheguei em casa. Quando terminei de contar para minha mãe a novidade, fui na cozinha e peguei um copo d'água. Entrei no meu quarto e coloquei o vasinho na escrivaninha, joguei um pouco da água nas flores e depois me sentei. Peguei meu diário e a caneta e comecei a escrever sobre o que aconteceu hoje.

Vire e mexe eu olhava para a flor na escrivaninha que o Augusto me deu separada, ela já estava meio murcha, mais ainda não tinha chegado a escurecer. Tentei colocá-la lá junto com as outras, mas ela já estava grande demais para caber no vaso e caiu no chão. Então a peguei e olhei para sua parte murcha com medo que morresse, eu torcia para que não. E anotei isso no diário. Quando pus meus olhos de novo nela, vi quatro pétalas saírem do botão e voarem, uma por uma...

Me encantei e ao mesmo tempo fiquei surpresa com tudo aquilo tão mágico, mas depois de alguns segundos as pétalas voltaram para o botão e o estranho é que elas já não estavam mais murchas.

Margarida Where stories live. Discover now