Hogwarts

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'Cause they say home is where your heart is set in stone
Is where you go when you're alone
Is where you go to rest your bones
It's not just where you lay your head
It's not just where you make your bed
As long as we're together, does it matter where we go?
Home, home

-Home, Gabrielle Aplin

Lily amava 1 de Setembro, era de longe uma de suas datas favoritas junto com seu aniversário, o Natal e a Páscoa. E naquela manhã, como todo 1 de Setembro, ela se levantou em um só pulo, conferiu sua mala pela décima vez, mesmo sabendo que não havia esquecido nada, separou sua roupa cuidadosamente escolhida sobre a cama e colocou seu disco de vinil favorito para tocar enquanto tomava banho.

Debaixo do chuveiro, cantarolando desafinadamente, ela pensou em como aquele ano prometia ser o melhor. Lily Evans era agora, sim, senhoras e senhores, Monitora da Grifinória; o que deixara Petúnia extremamente irritada quando começou a berrar no quarto sozinha assim que a coruja de Hogwarts entregara sua lista de materiais junto com o mais novo distintivo, que ela colocaria assim que entrasse no trem.

Seu parceiro de monitoria não podia ser melhor, Remus. Oh, Graças a Merlin era Remus, por um momento ela temera que Potter fosse escolhido, não, isso ela jamais suportaria. Claro que Potter era um encrenqueiro, mas suas notas eram boas e Dumbledore gostava dele, então a probabilidade não deixou de passar pela cabeça da garota. O importante é que Remus era o escolhido, sim, isso sim era importante.

Ficou sorrindo boba até quando desceu para o café da manhã, onde sua família já havia começado o desjejum. Seu pai, um homem alto e esguio com a mesma cabeleira ruiva e os olhos verdes da filha, tomava uma xícara de café lendo o jornal; Mary Lean, sua mãe que estava preparando waffles, era loira com olhos castanhos e as duas não eram nada parecidas tirando o nariz e os lábios, porém todos diziam que Lily tinha a mesma cara de brava que Mary. E tinha sua irmã mais velha, Petúnia, que não se parecia com nenhum dos pais, mas ao mesmo tempo era mais parecida com eles do que a irmã, porque ao contrário dela eles eram "normais".

 Poderiam ser uma família trouxa perfeita se a filha caçula não soubesse como desarmar um bruxo adulto com perfeição.

- Bom dia, querida. - desejou o pai quando beijou sua bochecha - Suas coisas estão prontas?

- Sim, deixei tudo arrumado ontem à noite. - que mentira descarada, Lily Evans, o malão já estava feito desde semana passada!

- Claro que estão, Charles,  ela não consegue segurar a ansiedade de voltar para Hogwarts. - a mãe colocou waffles com geleia em sua frente e acariciou a bochecha da filha - Esse ano você tem aquelas provas, não é?

- Os N.O.M. - um frio assolou sua barriga - Espero que eu vá bem.

- Irá, tenho certeza. - assegurou Charles, confiante, subindo para pegar a bagagem - Sairemos em 20 minutos. Você vai, Petúnia?

- Não. - respondeu prontamente e tirando o prato da mesa.

Lily encarou para seu prato, Petúnia sequer se importava em olhar para ela, queria distância de qualquer coisa que envolvesse magia ou Hogwarts, quando eram crianças Lily e seu melhor amigo, Severo, acharam uma carta de Petúnia pedindo uma vaga na escola para Dumbledore, que infelizmente não pode dar. Petúnia era trouxa, como iria fazer magia?

Em 20 minutos Lily estava na porta do quarto da irmã, observando ela fazer um penteado nas mechas loiras, ela olhou de canto de olho para a ruiva.

- O que você quer?

- Vim dizer tchau. - apertou os dedos da mão direita, nervosamente - Não irei passar o Natal aqui esse ano, lembra?

- Hm. - murmurou.

The Time of our LivesOnde as histórias ganham vida. Descobre agora