Nas manhãs de passeios, as crianças ficavam loucas para o ônibus chegar e ir em uma aventura na estrada até uma praia distante, eles gritavam muito quando viam o ônibus virando a esquina da rua, isso era muito legal o motorista ficava feliz acho que ele pensava assim “ nossa eles me amam” até eu pensaria assim se visse umas 40 crianças gritando por mim, quem não ? As tias da escola ficavam feliz de vê-lo também pois saiam que iam ficar livre das perguntas dos moleques “o ônibus tá vindo ?” “o ônibus vai demorar ?”. Era uma tortura para aquelas mulheres.
Teve uma certa vez que fomos até uma casa com piscina na praia, muito chique eu fiquei surpreso e nunca imaginei que em uma casa havia uma piscina tão bonita e robusta, os professores de educação física eles pegavam as crianças e colocava na água era uma experiência magnífica, ficava jogando água com uma mangueira e também jogava bola dentro da piscina, pelo seu tamanho dava pra fazer tudo ali. Um amigo meu chamado Juan fez questão de se jogar na piscina, achando ele que sabia nadar, coitado ficou bebendo água pra se hidratar ou morrer, mas ainda bem que se hidratou, seu pai o puxou pelos braços do fundo da piscina. Graças a ele não houve uma tragédia e não acabou com nossa felicidade momentânea.
Como a cidade é muito pequena os colegas eram sempre os mesmo, mesmas tias e os mesmo tios da física, uma vez fomos a um bairro próximo que tinha um bom terreno vazio e com areia a vontade, era um cenário perfeito pra se divertir e aproveitar as recreações, jogamos futebol, vôlei, queimada, pulamos corda e brincava de pintura, atividade não faltava. Sempre tinha bichos para matar nossa curiosidade também era um terreno enorme com chão batido e umas árvores em volta. Os passeios sempre ficavam marcados na nossa mente e sempre servia de assunto para contar aos não privilegiados(pessoas que não iam por ser mais velhos).
