Capítulo 30

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Hermione acordou com alguém passando a mão por seus ombros. Obriu os olhos com dificuldade. Professor Dumbledore levava um cantil até sua boca. Poção energética. Hermione forçou a si mesma a engolir. 

Em alguns minutos estava acordada e completamente desperta. 

—Eu já estava a caminho daqui quando recebi sua carta. — ele foi até Rony e pegou-o nos braços. — Vou deixa-los na enfermaria. 

—Professor, e Harry? Você precisa ir encontra-lo! — Hermione arregalou os olhos para ele. Quanto tempo será que havia ficado desmaiada?

—Já avisei os outros professores. O professor Snape foi até a câmara procurar por Harry. 

—O professor Snape? — ela pareceu assustadíssima. 

—Sim. Professor Quirrell estava tentando roubar a pedra. Harry está na enfermaria também. Vamos agora. 

E ela caminhou ao lado dele, enquanto ele carregava Rony nos braços até a ala do hospital. Deitou o menino em uma maca. Hermione olhou em volta, Harry já estava lá, sendo tratado por madame Pomfrey. 

—Você, como se sente? — perguntou Dumbledore, para a garota. 

—Bem. — ela respondeu. 

—Acredito que não faria mal você passar uma noite por aqui, apenas para garantir. Precisa descansar. — disse em tom sereno, com as mãos à frente da túnica. 

Ela assentiu com a cabeça e se deitou em uma das macas.

—Madame Pomfrey vai cuidar bem de você. E dos meninos. Passaram por muita coisa hoje.

 Dumbledore foi embora e Hermione dormiu na mesma hora. Nem havia percebido que estava com tanto sono. E a poção que o professor havia dado passou muito rápido. Talvez ela tivesse gasto mais energia do que imaginava. 

Acordou-se de manhã no outro, mas madame Pomfrey disse que ainda precisava fazer uns check-ups antes de deixa-la ir embora. Saiu de lá só à tarde e foi até a sala comunal, Neville estava sentado em uma poltrona. 

—Neville, posso falar com você? — ela se aproximou. Ele estava muito sério, mas fez que sim com a cabeça. 

—Me desculpe por ontem, por tê-lo enfeitiçado. — ela disse. — Eu sinto muito mesmo, mas era muito importante. 

—O que era tão importante? — ele perguntou, segurando seu sapo, Trevo, nas mãos. 

E Hermione contou-lhe toda a história, sobre Fofo, sobre o dragão, sobre a Pedra, e sobre Quirrell. Ele escutava tudo de olhos arregalados e queixo caído. 

—Agora você entende? — ela perguntou. Ele balançou a cabeça afirmativamente. 

—Uau, vocês são muito corajosos. — ele disse e se encolheu na poltrona. Hermione suspirou. 

Ela pareceu só perceber agora o quão perigoso aquilo era. E se fosse realmente Voldemort que estivesse lá dentro? Hermione, por mais inteligente que fosse, ainda era uma menina de doze anos recém completos, e mesmo que juntasse seus poderes com os de Rony e Harry, ela não achava que pudessem ter alguma chance. 


Essa história toda da Pedra Filosofal era um segredo importantíssimo, e é por isso, que, em poucas horas, a escola inteira já sabia do ocorrido, é claro. 

Rony se juntou a Hermione quando ela disse que ia visitar Harry na ala do hospital, por já haviam se passado três dia desde que entraram nas câmaras e Harry ainda não tinha voltado. E só com alguma relutância madame Pomfrey deixou que entrassem por alguns minutinhos. 

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