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Snape se virou para ficar cara a cara com Lily Evans. Ou melhor, Lily Potter. Seus olhos verdes brilhantes pareciam brilhar de felicidade quando ela olhou para ele. Seus longos cabelos ruivos emolduravam seu rosto perfeitamente e o sorriso que enfeitava seus lábios era a coisa mais linda que Snape já tinha visto.

"Lily," Snape disse sem fôlego. "É realmente você?"

"Em carne e osso," disse Lily brilhantemente. "Bem, pensando bem, isso não é verdade, é?"

Lily sorriu enquanto Snape gaguejava. "Você pode rir agora," brincou Lily. "Aquilo foi engraçado."

"Você está exatamente igual a quando te vi pela última vez," Snape disse reverentemente.

"Ah, sim," disse Lily com conhecimento de causa. "É um dos benefícios de morrer jovem. Você ficará linda para sempre. Mas não é muito bom para a pele."

Snape deu uma risadinha irônica. "Eu não posso acreditar que isso funcionou", disse ele.

"Você tinha tão pouca fé em meu filho, Sev?" Perguntou Lily. "Disseram-me que ele aprendeu com os melhores."

"Eu sei o que ele estava fazendo", disse Snape. "E eu sei o que ele estava tentando realizar, mas não ousei ter esperanças."

Lily o considerou tristemente. "Venha comigo", disse ela. "Vamos para o nosso lugar de sempre."

"Nosso lugar de sempre se foi", disse Snape. "Foi destruído há muitos anos."

"Você esquece o poder de nossas memórias," disse Lily facilmente. "Eu sei que posso encontrar. Você só precisa seguir."

Lily pegou a mão de Snape na sua. Seu toque era quente. Não houve sensação de frio acompanhando como Harry havia descrito antes. Snape apertou suavemente, nunca querendo soltar novamente. Ela o levou além do rio, esquivando-se sob galhos e arbustos que Snape sabia que não existiam mais. Eventualmente, Lily largou a mão de Snape para se abaixar e rastejar por baixo de uma cerca de arbustos particularmente grossos. Snape o seguiu apenas para terminar em uma clareira familiar. Um que não existia há muitos anos, mas ainda assim era lembrado com carinho.

Era pequeno, mas era deles. Só deles. Nem mesmo Petúnia sabia dessa clareira.

"Sente-se comigo," Lily convidou enquanto dava tapinhas na grama ao lado dela. Snape se sentou, percebendo o calor que Lily exalava enquanto ele se sentava tão perto dela.

"Eu acredito que temos muitas coisas para conversar", disse Lily. "É por isso que pedimos a Harry para permitir essa poção."

"Você pediu a ele?" Snape disse.

Lily sorriu. "Estávamos por aí", disse ela, "como sempre estamos. E o orientamos durante todo o processo."

" É por isso que a poção parecia sensível", disse Snape.

"Nós apenas demos um pequeno empurrão nele," explicou Lily. "E nenhum dos espíritos que ele tentou contatar era malicioso. Nós apenas sentimos que sabemos melhor do que os vivos que precisam falar conosco. Afinal, nós vemos mais do que se passa em suas mentes do que você."

"E você achou que eu precisava falar com você mais do que Harry?" Snape perguntou incrédulo.

"Harry percorreu um longo caminho", disse Lily com ternura. "A vida dele está coberta de trevas há muito tempo. Mas desde que você o acolheu e o viu como ele realmente é, a luz tem sido o fator dominante em sua vida. Infelizmente, o mesmo não pode ser dito de você. "

"Ele merece ser feliz", disse Snape.

"Você também!" Lily exclamou. "Mesmo que você não ache que isso seja verdade."

The Potions (Tradução Completa)Where stories live. Discover now