Capítulo 10 - A dor é como o tempo

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PV.Shisuy

Fiquei pasmo quando ele disse que tinha matado o seus pais.

Ele chegou do quarto e me jogou uma camiseta branca com detalhes amarelos e uma calça jeans preta. Eu peguei e os vesti.

- Como assim você matou os seus pais? - disse sério.

Nós nos sentamos no sofá e ele pôs a mão no rosto.

- Aconteceu a doze anos. - ele suspira e logo volta a falar. - Eu era apenas uma criança, tinha acabado de fazer 5 anos. Vou ilustrar tudo na sua mente pra você entender enquanto eu falo. Vai ser melhor pra você entender. - eu o olho confuso.

Ele estendeu seus dois dedos em minha direção e então eu começo a ver imagens na minha cabeça.

PV.Hiruco

- Meus pais não aceitavam o fato de eu ter nascido com poderes paranormais.

Flashback on

Eu não entendia a razão por eles não gostarem de como eu era. Pra mim naquela época era super divertido ter aquelas habilidades.

Eles não entendiam a razão por trás dos meus poderes e encaravam aquilo como um problema, eles me levavam ao médico sempre que podiam, faziam consultas mas nunca resolviam o meu "problema", o médico sempre dizia que pessoas com poderes paranormais ainda era um mistério para a ciência, só sabia ao certo que elas nasciam por a junção de algumas pessoas com tipos sanguíneos (O-) e (AB+), que são tipos sanguíneos bem raros. Eu não entendia o que havia de errado, meus poderes eram bem legais.
Eles me ajudavam muito no meu cotidiano: eu regava as plantas com telecinese, queimava as folhas secas do jardim com minha pirocinese, e conseguia aliviar a minha dor em certos arranhões mexendo com meu sistema nervoso, eu até fiz o nosso gato aprender a falar.

Um dia eles pela primeira vez desde que eu me entendia por gente me colocaram pra dormir.

Eu realmente estava cansado, tinha tido um dia longo ajudando o meu pai na oficina dele, quando eu finalmente cochilei, eles sairam. Pouco tempo depois eu acordei e não dormi mais, já era tarde e eu achei que eles já estavam dormindo.

Então eu ouvi uns barulhos vindos da cozinha. Achei que fossem ladrões que invadiram a casa àquela hora da noite. Eu tive medo e me embrulhei com o cobertor, ouço os sons das pegadas se aproximarem, eles entraram no meu quarto, eu me encolhi no canto da cama mas sinto uma sensação de perigo, era uma faca!

Aquele bandido pretendia me matar com uma faca. Mal sabia ele.

Eu por instinto usei minha telecinese e peguei um lápis que tinha na prateleira do meu quarto e ele atravessou o pescoço dos bandidos. Os matando na hora, ouvi os corpos deles caírem no chão.

Eu ainda assustado, muito assustado, por conta da adrenalina, acendo as luzes do quarto, e vejo que os bandidos que eu achei que fosse, na verdade... eram os meus pais.

Eu fiquei traumatizado com aquela imagem, meus pais mortos na minha frente, e o pior, eles foram mortos pelas minhas mãos!

Desde então, eu decidi nunca mais criar algum laço com pessoas fracas, depois de um tempo com certeza elas iriam ter medo de mim, e de alguma forma iriam querer se livrar de mim igualzinho os meus pais.

Eles estavam mortos. Na minha frente. Eu matei eles. Eu matei os meus pais com esses poderes.

Naquele momento eu não chorei, não gritei, pouco a pouco meu coração foi se acalmando.

Eles estavam mortos porque temeram os meus poderes que eram desconhecidos. As pessoas são assim. Elas temem o que não conhecem. E quando temem, eles querem se livrar daquilo que as deixam com medo.

DARK FACE「黒い顔」 O quão obscuro um rosto pode serTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang