CAPÍTULO 43 The End

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Pov Lisa

Eu queria conversar com Jennie, mas ela acabou dormindo, eu não queria deixar ela sozinha um segundo sequer, então no meio daqueles carinhos nela, eu acabei dormindo também.

Quando acordei me deparei com dois olhinhos puxados olhando fixamente pra mim.

- Boa noite. - Ela falou e eu percebi que já era tarde da noite.

- Parece que trocamos o dia pela noite. - Disse sorrindo e ela retribuiu.

- Lisa me desculpa? Eu me arrependo tanto de ter acusado vocês.

- Por que demorou tanto Kim? - Falei e tirei uma mecha do cabelo dela que estava no rosto.

- Foi complicado provar a inocência de vocês.

- Achei que tínhamos deixado mais fácil com as pistas. -Falei e Jennie se sentou na cama, ela ainda estava nua.

Jennie se levantou pegou minha camisa no chão e vestiu, logo em seguida voltou pra cama e se sentou na minha frente, parece que íamos ter uma longa conversa.

- Quando Kai me entregou sua carta, eu não pude ir de imediato a garagem, fui no outro dia com Kai e dois amigos que trabalham na perícia que são de confiança. Como você falou, todas as provas estavam lá, recolhemos todas, depois pegamos todas as armas que tinham na garagem, não deixamos sequer uma faca, e fiquei esperando o resultado da perícia. No dia seguinte eu tive a confirmação que não foram vocês a matar Trump.

- Depois de tudo que te falei na carta você ainda cogitava a possibilidade? - Falei um pouco ofendida.

- Apareceu milagrosamente um fuzil na garagem de vocês, o FBI resolveu ir lá atrás de alguma prova, e encontraram esse fuzil de precisão, que foi exatamente o fuzil que matou Trump, quando eu fui na garagem de vocês, essa arma não estava lá e vocês não estavam mais em Los Angeles, então eu percebi que realmente tinha alguém querendo incriminar vocês.

- Por que? A Bangtan ta presa, quem queria nós incriminar?

- Marcos, um agente do FBI, ele meio que já foi, ou ainda é, apaixonado por mim, eu nunca quis nada com ele, então ele surtou quando ficou sabendo que eu estava tendo um caso com você.

- Mas que filha da puta.

- E por incrível que pareça, na arma tinha as digitais de Mark.

- Não é possível. - Falei surpresa.

- É possível. Na carta você me falou que Mark nunca trabalharia com aquela arma, então eu fui investigar como as digitais dele tinha ido para ali, consegui chegar em um cara chamado Jacob, não foi difícil convencê-lo a ser uma testemunha.

- Dinheiro?

- Liberdade, Jacob devia muito a justiça. Ele tentou vender a arma a Mark dois dias antes do assassinato, apagaram todas as digitais dele e deixaram apenas as de Mark

- Caralho Jennie, você é muito boa.

- Era uma boa testemunha, mas não era tudo, deixei Jacob em um condomínio com segurança particular para que ele não aparecesse milagrosamente morto, mas isso aconteceu, um tiro preciso ultrapassou a janela do quarto e o matou. Fiquei sem nada novamente, isso já tinha se passado um mês desde que vocês tinham vindo embora.

- Continue.

- O FBI estava feito um louco atrás de vocês, começaram a me seguir, grampearam meu celular e eu fui expulsa do meu cargo, eu tentei te achar nesse tempo e viver fugindo com você, mas a pista que você me deixou era algo muito vago, e eu não cheguei a conclusão alguma. Como eu tava em casa apenas existindo e com medo de me matarem também, minha cabeça começou a funcionar, eu lia sua carta umas 10 vezes por dia, eu sei ela inteira decorada, voce me escreveu o seguinte trecho, "Em um dos locais, encontramos pegadas e um pedaço da roupa de mato ( sabe aqueles trages ridículo?) que provavelmente o atirador usou" Eu tinha o resultado da perícia, mas eu não podia sair fazendo teste em cada atirador do FBI pra descobrir quem matou Trump, então eu fui estudar física, fui aprender como funciona esse negócio de atirador, passei 4 meses fazendo cursos, estudava física a cada segundo da minha vida, eu não fiquei uma Sniper boa, mas o que eu precisava eu tinha aprendido, eu precisava entender como funciona a cabeça deles. Fui para o local do crime, tracei todos os lugares que ele poderia estar.

- Desculpa ter sumido, se eu tivesse arrumado uma forma de falar com você, Mark poderia ter dado a localização exata de onde o atirador estava.

- Não se culpe por isso Lisa, se você tivesse entrado em contato, o FBI tinha te encontrado, e eu me sentiria culpada por isso. Eu me virei e deu certo, eu tinha traçado 4 lugares, no 3° lugar acertei, quando cheguei la o mato tava bagunçado, mas a pegada não estava mais lá, eu tinha demorado tempo suficiente para ela se apagar, passei um mês investigando aquele lugar detalhadamente. Eu procurava uma digital, ou qualquer coisa que tivesse ali, mas não tinha nada, então correu um pensamento bisonho na minha cabeça, eu comprei um detector de metais, era muita complicado fazer a investigação, porque o FBI estava constantemente atrás de mim, eu sempre tinha que dispista-los para poder investigar, o que deixou tudo mais complicado. A primeira vez que andei com o detector de metais, encontrei um pequeno pingente dourado, continuei andando, encontrei muitas coisas desnecessárias, o que comeu bastante meu tempo, mas depois de uns 20 dias com o detector, ele começou a apitar feito um louco, aí eu encontrei a peça que faltava, eu encontrei uma arma, uma arma de precisão, igual a que estava na garagem de vocês.

- Puta merda...

- Essa era a real arma que tinha matado Trump, estava cheia de digitais, e o pingente também era do atirador, eu tinha três testes e os três tinha a mesma digital, eu só precisava saber de quem era, o que complicou foi que eu não tinha mais acesso as listas dos atiradores, mas Kai ainda tinha acesso a prisão, contei pra ele tudo que eu tinha feito naqueles meses, então ele me ajudou, entrou na minha antiga sala, acessou os arquivos do FBI e pegou a lista de todos os atiradores de precisão que eles tinham.

- Kai se te odiei, eu não me lembro. - Falei e Jennie riu.

- Fiquei sabendo que ele te bateu quando você chegou na prisão. Continuando, comecei a investigar cada homem daquele, até que cheguei em um cara chamado Salah Abasi, grande amigo de Marcos, consegui uma foto dele exatamente com o pingente que eu tinha encontrado, para conseguir a digital dele não foi difícil, segui ele e peguei a digital na maçaneta do carro.

- Meu Deus Jennie, você é muito inteligente. - Falei não me contendo ao ouvir tudo que ela falava.

- O julgamento de vocês tinha sido marcado, esperei até ele calada, quando o julgamento chegou, eu fui, assim que o juiz ia bater o martelo dando 50 anos de prisão pra você, 48 a Seulgi, 65 a Jisoo, e 70 a Mark, eu me levantei e apresentei toda minha investigação, Marcos tentou fugir e acabou se entregando mais ainda. Marcos Hulle está preso, eu consegui meu cargo de volta, e agora você não deve mais nada a polícia Lalisa Manoban

- Parece que eu ainda devo algo a polícia e vou dever pro resto da vida Kim. - Falei derrubando ela na cama, Jennie caiu deitada no colchão e eu subi em cima dela.

- Sua liberdade e das meninas está dentro da minha mala.

- Eu sempre devi satisfação a uma única policial em específico. - Falei distribuindo beijos nela. – E vou dever pro resto da minha vida, devo muitos beijos, orgasmos, e um pedido de namoro. - Falei e Jennie riu.

- Vai me pedir em namoro?

- Sim, espere um minuto. - Falei me levantando e peguei um anel na gaveta.

- Quer casar comigo?

- Não é namorar? - Jennie falou com uma carinha engraçada.

- Pra que gastar tempo com essas besteiras né? Quero chamar você de minha mulher, e não de minha namorada. Aceita? - Falei me ajoelhando e Jennie riu alto.

- Lisa você é maluca, e eu sou maluca por você. - Ela se levantou e saiu correndo, logo ouvi ela gritando do lado de fora do late. - EU VOU ME CASAR COM LALISA MANOBAN PEIXINHOS. - Ouvi a voz dela e ri alto.

Um relacionamento ainda era algo que me assustava, mas conviver dia e noite com Jennie Kim me agradava, espero conseguir mantê-la nessa ilha e ela não enlouqueça atrás de brincar de policial novamente, eu larguei minha vida de roubos por ela, e espero que ela largue a de policial por mim. Era uma longa adaptação para nós duas, mas eu sei que a gente vai conseguir.

THE END

A delegada (Jenlisa)Where stories live. Discover now