Lua é uma garota que tem a habilidade de ver criaturas místicas que ninguém mais percebe, enquanto todos de sua cidade pensam se tratar de uma doença psíquica, ela descobrira que há muito mais do que isso, revelando assim uma verdade que ela nunca i...
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Rafael me levou para o quarto, ele esperou calmamente que eu explicasse. Contei tudo que a deusa havia me dito e tudo que ela tinha me mostrado. No final ele parecia estar tendo um colapso.
— Rafael fica calmo! — Disse o abraçando. — Estou bem, e continuarei aqui com você. — O tranquilizei vendo suas emoções.
— Você é uma Caelesti Primordial abençoada pela deusa Codexs! — Ele disse para si mesmo. — Não tem como complicar mais do que isso.
— Nunca diga nada assim não traz boa sorte. — Falei acariciando seu rosto.
Daniela entrou no quarto, rapidamente ela largou a toalha que usava para secar o cabelo e veio para perto de nós.
— O que aconteceu? — Ela perguntou percebendo o clima tenso em que nos encontrava.
Fiz um resumo rápido para ela que caiu sentada na cama com os olhos arregalados.
— Não quero te ofender, mas você só está calma assim porque não sabe o que isso significa. — Ela disse. — Uma deusa lhe deu uma missão.
— E daí? — Disse olhando um conjunto de uniforme em cima da minha cama, que não estava lá antes. Rafael e Daniela já estavam com os deles.
— Lua... — Interrompi o Rafael.
— Não vamos nos preocupar com isso agora, é o meu primeiro dia, não quero chegar atrasada. Pesquisaremos sobre isso depois das aulas na biblioteca, quero ajudar o Sombra e quero fazer o que a deusa pediu, seja lá o que for, para isso tenho que estudar para poder ficar mais forte. — Esperei eles responderem, Rafael suspirou e concordou. Daniela apenas deu de ombros e foi terminar de se arrumar.
Eu não entendia o que a deusa Codexs queria de mim. Consertar os erros dos meus antepassados? Iluminar o mundo dos Caelestis? Ela poderia ter sido mais direta, isso ia ter ajudado muito. Agora eu só tinha um monte de perguntas que ninguém poderia me responder.
Fui até o vestiário feminino tomar um banho, eu ainda estava coberta pelo sangue da noite anterior. Do lado de foram do boxe vi uma bola rosa familiar.
"FirePink" Sai do chuveiro, enrolada numa toalha o lugar estava vazio. Abracei FirePink o acariciando, ele desaparecera depois da luta com o demônio, eu estava preocupada com ele.
Fui até o armário e peguei o uniforme. Era composto por uma camisa branca polo, um paletó azul-escuro com uma saia xadrez em tons de azul. "Eles pensam que tenho doze anos?" Fiz careta para o uniforme que era obrigatório nas aulas pela manhã.
Bordada na camisa polo branca e no paletó havia um brasão com cores vivas. Um escudo alado dividido com os símbolos dos quatro elementos naturais: fogo, ar, terra e água. Em forma de "X" havia duas espadas atrás do escudo uma branca e a outra negra, representando sombra e luz respectivamente.
Vesti a roupa e calcei um tênis, estava me sentindo uma colegial idiota de filmes. FirePink saltitava feliz ao meu lado. "Claro que você está feliz, você não tem que usar essa roupa ridícula" Ele me olhou, posso jurar que vi humor nos olhos dele.
