Capítulo 12

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A autora recomenda a leitura com bloquinho de análises do lado e um banco para os tombos 💖

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Foi muito engraçado tentar encontrar uma fantasia de última hora para a festa na casa de Blaise.

Draco geralmente não usava nenhuma, por não gostar de “gastar dinheiro com uma fantasia que só vou usar uma vez na vida”, então ele não tinha nada em seu guarda-roupa que eu pudesse pegar emprestado. Mas depois que acordei do meu cochilo – que durou a tarde inteira e grande parte da noite – me sentia com a energia completamente renovada e estava animado para me fantasiar de alguma coisa, mas completamente sem vontade de ir até meu próprio apartamento buscar minha fantasia de dois anos atrás.

Então Draco e eu ficamos debatendo durante um longo tempo se havia a possibilidade de existir alguma loja que alugava roupas de última hora, mas a chance de realmente existir alguma e ainda estar aberta era quase nula. O relógio já estava prestes a bater meia-noite de Halloween.

Foi quando eu olhei para o guarda roupa de Draco e tive a minha ideia genial.

— Homens de Preto! Vamos de Homens de Preto! — exclamei animado, abrindo um sorriso e gesticulando freneticamente com as mãos.

Draco arqueou as sobrancelhas em desdém e fez uma careta.

— “Vamos”? Você pode ir de Homem de Preto, Harry, mas eu não. Sabe que eu não gosto de me fantasiar. E onde diabo nós vamos encontrar essa fantasia para você agora?

— Você vai sim, e no seu guarda-roupa! Draco, é brilhante! Nós vestimos os seus ternos e então é só escolher dois pares dos seus infinitos modelos de óculos escuros e pronto!

— O quê?!

—  Tudo o que você precisa fazer é encontrar dois modelos de terno preto, camisas sociais brancas e gravatas pretas, além dos sapatos sociais. E eu aposto que você tem ao menos cinco peças de cada tipo ali dentro. E então nós só iremos precisar dos óculos escuros! Você vai estar se fantasiando comigo e usando suas roupas usuais ao mesmo tempo! É brilhante! — repeti, quase pulando no lugar, mas Draco ainda me olhava com uma careta de desgosto.

— Mas eu não gosto de me fantasiar...

— Tecnicamente você não vai estar se fantasiando.

— Tecnicamente eu vou sim — ele rebateu, usando sua melhor voz de advogado. — Se eu vou para uma festa a fantasia usando fantasia, então tecnicamente...

— Não, tecnicamente não, porque você já usa essas roupas todos os dias, então não é nada diferente do que você já está acostumado. São suas próprias roupas, afinal de contas. Ah vamos, Draco, eu não quero ir de Homem de Preto sozinho! Você tem que ser o meu parceiro!

Como ele continuou parado no mesmo lugar sem dizer nada, eu me aproximei dele e tomei suas mãos nas minhas, abrindo o meu melhor sorriso pedinte e fazendo os olhinhos de cachorrinho que havia aprendido tão bem com Sirius.

— Por favooooor...? Diz que sim, diz que sim, diz, diz, diz, diz...

— Ahhhh Harry! Tá bom! — ele exclamou, se rendendo ao me devolver o sorriso, e eu dei um pulinho no lugar. — Tá bom! Eu vou! Você sabe que eu não resisto aos olhinhos. Seu sujo.

E então ele fez como eu havia dito: separou para nós um par de cada peça. Segui para o quarto de hóspedes para me trocar, rindo baixinho ao perceber que as roupas de Draco ficaram levemente folgadas em mim, já que ele era alguns centímetros mais alto e certamente mais musculoso – bendita academia que ele fazia todas as manhãs antes de ir para o escritório. Mas, no final, o conjunto havia me caído bem.

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