Capítulo Quarenta e Dois: Enlouquecidos.

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Marina Oliveira...

Eu não tinha nenhum intuito de briga. Na verdade a ultima coisa que eu havia ido fazer ali, era brigar, mas o olhar do Guilherme deixava muito claro que nosso intuito está completamente diferente. Seu olhar em mim é completamente severo. Na verdade um pouco mais que isso. Ele parece mesmo chateado e a verdade é que eu não sei por que. Convenhamos que é apenas um decote. Mantenho o seu olhar quando respiro fundo e penso em como perguntar o que eu tinha visto. Seu olhar desce minuciosamente por minha perna e sinto um calafrio percorrer a minha espinha.

 Não, ele tinha se dado conta da abertura lateral da minha saia. Eu realmente deveria esquecer a nossa conversa por que estava bem visível que ele iria ter um surto, suas mãos seguiram para seus cabelos molhados e fazendo com que ressaltasse em seus músculos, os tríceps e bíceps, eu não poderia me distrair não agora, mesmo com o seu corpo bem visível e bem tocável bem ao meu alcance.

- Que porra de roupa é essa? – Indaga. Eu realmente não deveria estar passando por isso. Não é como se eu estivesse nua, ou qualquer coisa do tipo, estou muito bem vestida a saia é longa e a blusa encobre perfeitamente os meus seios, só que só valoriza o que é bonito, mas a minha questão aqui era outra.

- Minha roupa. – Respondo. Continuo o encarando esperando que ele entenda que meu humor também não está dos melhores. E se ele bem soubesse iria querer manter a nossa conversa ao invés de me fazer querer brigar com ele. Por que seria o que aconteceria se ele não mudasse exatamente o tom que está usando comigo.

- Sua falta de roupa você quer dizer! – Exclama como se fosse bastante óbvio. Respiro fundo e conto até cinco mentalmente antes de encará-lo novamente. O Guilherme realmente estava conseguindo me tirar do sério. Passo a língua pela boca a sentindo seca, seu olhar se mantém bastante sério, como se não acreditasse que eu poderia estar mesmo usando a roupa que estou usando.

- Você não tem direito de questionar o que eu visto, ou deixo de vestir. Seu comportamento é totalmente machista e desnecessário. – Digo. Eu sei que ele não era na maioria das vezes machista e que sempre tinha muito cuidado para não falar o que não queria e acabar me machucando. O que acho ainda mais lindo por isso, mas agora ele estava se comportando exatamente como não deveria, tendo seus ataques desnecessários de ciúmes.

- Como? – Pergunta. Pelo visto ele realmente parecia um pouco ofendido com que acabei de dizer, mas era a verdade. Ele estava cuspindo fogo por conta de uma roupa. Não via nenhuma necessidade para isso.

- Guilherme eu estava no mesmo restaurante que você esteve mais cedo e te vi conversando com a Michele o que vocês tem? Ou o que tiveram? – Questiono. Meu tom de voz é leve e suave. Eu só quero conversar jogar para bem longe essa insegurança que havia se instalado em mim em poucas horas. E que estava conseguindo me enlouquecer. Continuo o encarando esperando que ele me diga o que de fato tinha rolado entre eles, o que tinha acontecido na vez que eles saíram.

- Por que você não veio falar comigo no restaurante? – Pergunta. Sim eu queria muito ter ido atrás dele. Eu queria muito ter conversado com ele ali mesmo, mas não poderia sair como uma maluca e deixar a Cecília, ela precisava de mim, mesmo que tenha entendido depois que eu precisava tirar essa história a limpo hoje e não conseguiria esperar mais um dia.

- Estava com a Cecília. Ela está passando por uma barra e precisava desabafar, e eu queria ter ido atrás de você, queria entender toda aquela confusão. A Michele já havia mencionado você pra mim, mas não tinha assimilado que era o mesmo Guilherme. Que era você. – Comento. Ele balança a cabeça procurando entender o que havia acontecido e como deveria se manter diante do que acabei de dizer.

- A Michele é sua amiga? – Pergunta. Eu nunca parei para analisar se éramos amigas, quando namorava o irmão dela éramos próximas, mas depois tudo havia mudado, eu gosto dela, do seu alto astral, mas não a colocaria no mesmo patamar que a Lena e a Cecília.

I.M.P.U.L.S.O.S.Where stories live. Discover now