Capítulo Quinze: Não é o Momento.

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Marina Oliveira...

Depois de jantar com a Lena, sigo para o banheiro enquanto ela tenta ligar novamente para o Henrique, tomo banho não demorando muito, escovo os dentes e sigo para o closet colocando uma camisola, com o quimono por cima, sigo para o quarto quando meu celular começa a tocar, assim que vejo que é o Guilherme meu coração acelera, respiro fundo olhando para minha amiga deitada com expressão de puro frustramento total pelo visto não conseguiu falar com o namorado, eu sei que não devia atender e fazer companhia para minha amiga, mas minha curiosidade falou mais alto e não é como se eu fosse largar tudo aqui para poder ficar com ele. Atendo levando a mão para o meu peito tendo a certeza que meu coração iria sair a qualquer momento.

- Te acordei? - Pergunta. Sua voz grossa ecoa por todo meu corpo fazendo com que me arrepie, passo a língua na boca, sentindo meu corpo responder muito rápido a sua voz, e olha que ele não está aqui fisicamente, mas basta que eu fechar os olhos e é como se tivesse. O que é isso Marina? Foco.

- Não. Aconteceu alguma coisa? - Pergunto controlando o tom da minha voz, para não ficar notável a minha felicidade em ouvir a sua ainda mais quando estava pensando nele do jeito que estou.

- Aconteceu. A gente precisa se ver. - Fala. Por seu tom sério realmente parece que sim, que pe bem sério, mas eu não posso abandonar a Lena aqui e me encontrar com o Guilherme, não é assim não. Ele acha que sempre que estalar os dedos eu vou correndo? Não mesmo.

- Pode falar eu não posso sair agora. - Digo. Ouço seu suspiro seguido de um xingamento. Eu realmente não podia fazer nada para poder ajudá-lo.

- Marina estou implorando eu realmente preciso conversar com você, pode ficar tranquila que não vou te prender aqui a noite toda eu só...

- Guilherme eu não posso. De verdade. - Acrescento o interrompendo, não vou estragar pela segunda vez minha noite com a Lena, volto a encará-la que não parece nada bem olhando para o celular.

- Então, me passa o seu endereço que vou ao seu encontro. - Menciona. Ele é louco? De querer bater em minha porta á uma hora dessas? Meu pai o mata antes que eu saiba de fato o que está acontecendo entre nós.

- Guilherme eu vou ver o que resolvo aqui, e vou pra ir. - Falo. Após seu ok, desligo o telefonema indo em direção a Lena que está sentada em minha cama, sorri fraco quando me ver e pelo não sou a única frustrada aqui. O que faz com que a situação fique ainda mais clara. Estamos juntas, mas ansiando resolver nossos problemas e justamente com homens, não merecemos estar nessa situação.

- Quer ver o Henrique? - Pergunto. Ela ergue a sobrancelha não entendendo a minha pergunta. Ela balança a cabeça assentindo. Sorrio por que eu também quero ver o loirinho mais lindo e saber o que o Guilherme tanto quer falar comigo por que pelo seu tom de voz pareceu bastante sério, a ponto de querer vim bater em minha porta. O que não prestaria e no apartamento dele seria muito mais fácil, teríamos privacidade para conversar. E somente conversar.

A quem estou tentando enganar? Sempre que estou perto dele, meu desejo s aflora e esqueço de completamente tudo.

- Quero. - Responde. Respiro fundo sabendo que eu deveria ser menos impulsiva e mais controlada, mas eu e a Lena tínhamos que estar em outro lugar. E por mais que ame a sua companhia e ela a minha, existia uns fatores urgentes em seu olhar e na minha curiosidade.

- E eu quero ver o Guilherme. - Digo. Ela se levanta da cama encarando-me como se tivesse entendendo o que estou pensando. Nós duas queríamos colocar as nossas vidas nos trilhos e é exatamente o que pretendo fazer.

I.M.P.U.L.S.O.S.Where stories live. Discover now