Capítulo - 4

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Boa leitura!

De todas as coisas que poderiam me acontecer, essa não era a mais esperada. Depois de dias eu achei que nunca mais iria ver aquele homem deslumbrante de olhos dourados que me chamou a atenção de um jeito que nem um dos meus ex conseguiu.

Mas eu estava torcendo para isso não acontecer. Porquê? Digamos que ele me dá certas sensações, sensações essa que eu não estou nem um pouco afim de sentir por ele. Já que ele é praticamente a pedra no meu sapato. Não se preocupe, eu sou assim mesmo. Às vezes implico com alguém sem motivo nenhum.

Fiquei encarando aquela beldade por alguns minutos, até ter uma plena noção de que estou com a boca aberta, quando sinto uma baba escorrer por ela. Fechei a mesma imediatamente e pisquei confuso dizendo seu nome de forma afoita.

- Lan Zhan? - meus olhos se abriram em surpresa.

- Wei Ying - disse um tanto frio.

Acho que isso deve ser algum karma, eu estava torcendo para não encontrar com ele de novo, mas não… eu tinha que encontrar com ele logo aqui. Oh! Buda, porquê?

- O que você faz aqui? - perguntei desnorteado.

Ele deu um sorriso de lado meio debochado, e isso o deixou lindo, mais do que já é. Desviei o olhar e limpei a garganta levando o copo aos lábios e os molhando com o líquido alcoólico. Que desceu queimando.

- Eu sou um dos donos - passei a língua na bochecha e o encarei complacente.

- Ah! - foi a única coisa que saiu da minha boca, e um sorriso sem graça dos meus lábios, minha ficha demorou um pouco para cair mas assim que caiu - DONO? - gritei tão alto que poderia ultrapassar a música, mas isso era impossível.

- Sim - ele respondeu com seu semblante ainda fechado - posso? - apontou para a cadeira então concordei ainda parecendo um idiota.

Lan Zhan sentou na cadeira à minha frente, eu abaixei a cabeça levando o copo a boca tomando ainda mais da bebida. O mesmo me lançou um olhar sério o que me fez engolir em seco, parecia que estava querendo me perguntar alguma coisa, mas acho que era impressão minha pois seus olhos foram para trás de mim. Foi quando me virei e vi um garçom se aproximando então ele pediu uma bebida leve,  mas mesmo assim pediu, e eu pedi outro Whisky pois o meu já estava quase acabando.

- O que te traz aqui? Em plena véspera de Ano Novo? - ele cruzou os braços me encarando.

- Minha família - disse simples.

O homem me olhou como se eu fosse louco ou algo assim. Tudo bem não é todo mundo que comemora o ano novo longe dos familiares, mas eu era diferente sempre gostei de passar sozinho.

- Sua família? - levantou uma sobrancelha em dúvida.

- Eu estou fugindo deles - revirei os olhos - minha mãe fica me enchendo a paciência para me casar logo - disse de uma vez - e meu irmão? Não vale a pena falar sobre ele.

- Hm - se curvou sobre a mesa - entendo.

- Para me livrar do assunto acabei mentindo - ele sorriu e escondeu o rosto atrás do copo.

- E qual foi exatamente a mentira que você usou? - ele parecia curioso, mas eu acho que era só fofoqueiro mesmo.

- Disse que já estava namorando alguém, meu irmão ficou desconfiado mas eu disse que era algo "sigiloso", não usei essas palavras exatamente - terminei de falar e ele ficou me encarando.

As orbes douradas me encaravam com seriedade e eu podia sentir minhas pernas falharem, e meu coração acelerar com aquele olhar profundo quase que me analisando por inteiro. 

"Holidate"Where stories live. Discover now