Cap. 51 Te proteger

261 28 84
                                    

Capítulo revisado


Pov. Maxon

Espreguicei na cama sentindo aquele maravilhoso perfume de lavanda que se espalhava pelo quarto, olhei para o lado e vejo a madeixas ruivas sobre a cama e meu peito. Me ajeitei lhe dando um beijo e rumei para o banheiro. Após a água quente relaxar todo o meu corpo e fazer minhas higienes matinais, vesti uma camisa polo, um short jeans e um all star na tradicional cor preta.

Provável que minha mãe diria que era para ter sido celebrado o velório de Jesus ontem, ao menos que eu ainda esteja de luto.

Deixei outro beijo no rosto da mulher seminua na minha cama e desci para o café da manhã.

— Maxon. — Ouvi meu pai me chamar. — Venha aqui no escritório um minuto.

Entrei em silêncio entrei e me sentei na cadeira a sua frente, assim como ontem ele estava vidrado nos papéis, respirei fundo o encarando.

— Olha pai se quiser insultar mais uma vez a minha namorada fique sabendo que já estou de saco cheio e falta pouco para eu pegar as minhas malas e voltar para Angeles sem data de volta. — Fui rude.

Já chega, tanto ele quanto Daphne só pioraram minha situação com a Mirella, sei que já tínhamos problemas, mas não precisava piorar.

— Me escute bem Maxon, a sua família tem nome renomado nessa cidade e ainda temos muito dinheiro, nunca fui de me preocupar com as suas outras namoradas, pois sabia que não passavam de uma noite, mas então a algumas semanas você liga para a sua mãe e diz que está namorando sério com uma intercambista de Londres que ainda por cima é órfã, sinceramente já vi golpes melhores. — Falou sério sem me olhar.

— Você não está... — Falei incrédulo, não era possível isso de novo.

— Insinuando que ela é uma golpista de novo? Sim estou. — Olha para mim pela primeira vez naquela manhã.

— Não vou ficar aqui ouvindo essas calamidades. — Me levantei bruscamente.

— Você vai, então senta logo e escuta tudo. — Gritou.

Me sentei entorpecido de ódio.

— Fiz isso para te proteger. — Falou mais calmo.

— Acha que não sei perceber se estou sendo engado. — Ele pensa que sou o que um idiota, que não sei quando estão mentindo para mim.

— Quando a gente é apaixonado a gente finge não ver os defeitos do outro só para o tornar perfeito.

— Como se você soubesse de alguma coisa. — Falei com desdém.

— Fiz isso com a sua mãe. — Falou com um tom de tristeza na voz.

Como assim com a minha mãe?

— Poucos meses antes de nos casarmos descobrimos que ela tinha poucas chances de gerar um filho. A gente almejava tanto uma família e aquilo caiu por terra, eu tentei a reconfortar, mas eu também estava em choque, a deixei em casa depois que saímos do hospital, ela disse que precisava de um tempo para colocar a cabeça no lugar e o daria, afinal também precisava.

Respirou fundo passando as mãos sobre os cabelos.

— Quando acordei no outro dia, nem tomei café queria ver ela logo, eu fiquei preocupado, nem consegui dormir direito à noite, mas assim que cheguei ao portão um dos seguranças me entregou uma carta, eu sabia que era dela pela caligrafia, me lembro até hoje de cada palavra, ela tinha ido embora, disse que era para eu realizar o meu sonho de ter uma família com outra mulher, já que ela não podia e ela não saberia viver ao meu lado sabendo que eu desejo mais e ela não pode me dar.

Mudando os horizontesOnde histórias criam vida. Descubra agora