Cap. 17 Confia em mim

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Capítulo revisado. 


Como se confia em alguém? O que gera a confiança nas pessoas?

Confiar em pessoas que você nem mesmo conhece é algo arriscado, mas por que então seguimos esse risco?

Por que confiamos em pessoas sobre assuntos que as vezes não nos diz respeito, mas de alguma forma é importante?

Confiança é algo que devemos ter em apenas em nós mesmos ou podemos confiar em outra pessoa também?

Depois de combinarmos todos os detalhes do acordo, apanhei minhas coisas e fui embora. Passei pela recepção e entreguei as flores para uma menina que chegava ao hotel provavelmente com a família.

Fui para uma lanchonete próxima ao hotel, já que ficamos horas conversando e agora já era quase 16h, isso num sábado em Las Vegas é horário para qualquer coisa, pelo que percebi essa cidade é perfeita para aprontar.

Sentei numa mesa perto da janela e pedi um lanche triplo com suco de laranja, o que não demorou muito para chegar, olhei no celular procurando o próximo ponto onde eu iria aprontar.

— Já ouvi falar que algumas pessoas fazem coisas erradas por impulso quando passam por um trauma, mas mudar de nome e fugir para Las Vegas, realmente você me surpreendeu hein ruiva. — O desgraçado se sentou na minha frente.

Como é possível esse pau no cu ter me achado tão fácil assim. A qual é destino, nem meu nome falso eu usei, foi outro, meu celular ficou desligado o tempo todo e próximo de metais para das mal contato, é quase impossível ele fazer isso tão rápido assim.

Não deu nem 24hrs, eu provavelmente vou pegar o número do hacker dele.

— O que tá fazendo aqui Maxon? E como me encontrou, tão rápido? — Me mantinha incrédula por ver o loiro na minha frente.

— Vamos embora Mirella. Eu sei que você não tá bem, que está passando por um momento difícil, mas não vai ser Las Vegas que irá te ajudar, você tem amigos agora, amigos que podem cuidar de você, eu quero cuidar de você. — Seu tom era calmo, mas ao mesmo tempo preocupado.

— Vocês nem me conhecem direito, não sabem nada sobre mim, essa é quem eu sou, eu amo isso aqui. — Disse apontando para ao redor de nós.

— Não sei exatamente quem você é, mas sei que está assustada, seus pais se foram, você mudou de país, foi obrigada a viver sozinha, tentaram te abusar, mas olha tem coisas boas também, você fez amigos, confesso que não fui muito gentil com você, mas eu estou aqui para o que você precisar, vou sempre estar. — Seu tom de voz era cauteloso, mas ainda não me convenceu.

— Duvido que esteja se importando de verdade. Talvez seja só o medo da culpa que você tem para não me ver fazer alguma coisa que acha que eu jamais seria capaz, mas eu sou assim Maxon, eu gosto disso, essa era a minha realidade em Londres, eu só quero voltar a ser quem eu sou.

— Se você quis mudar é porque houve algum motivo, não precisa me contar qual é, mas confia em mim e vamos embora, porque eu confio que você não fará nada de errado aqui, mas eu fico com medo do que os outros podem fazer com você, eu não suportaria que outra coisa acontecesse com você.

O que aconteceu com você Maxon?

O quanto o trauma pode mudar você e as pessoas ao seu redor.

Ele segurou a minha mão sobre a mesa e a acariciou.

— Vamos embora? — Ele estendeu a mão para mim. — Confia em mim?

— Confio. — Segurei a sua mão.

Apenas lanchamos e seguimos direto para o aeroporto.

Eu tenho várias razões para não confiar nele, mas também tenho muitos motivos para confiar, o que me deixa confusa.

Como hoje era sábado e estamos em Las Vegas, o aeroporto estava lotado.

Não foi muito difícil achar um voo para sair da cidade, o complicado foi nos movimentar dentro do aeroporto. O Maxon não soltou me por um segundo, para nada.

Não sei se por medo de me ver fugir, ou de me perder, mas ele não soltou, por nada, nem quando fizemos o Chekin, ou embarcamos, para nada, ele não saiu do meu lado.

Não posso negar eu gostei disso, gostei muito disso.

Chegamos a Angeles depois de pouco tempo, uma viagem muito tranquila se não fosse por mim mesma.

O nosso voo ficou para as 23hr, o que nos fez chegar depois da meia-noite em casa.

— Como já está tarde, eu não estou confiando muito em você, vou dormir na sua casa. — Disse Maxon depois que saímos do táxi.

— Eu não lhe convidei. — Digo sarcástica.

— E quem te falou que eu preciso de convite para alguma coisa? — Se sobre pôs a minha fala.

É pelo jeito eu não tenho muito argumento hoje não.

— E tem outra. — Continuou. — Eu disse para as meninas que você esqueceu de falar com elas que era para dormirem com você amanhã.

— Você fez o que? — Disse cautelosa.

— Evitei que você fizesse outra merda. — O encarei incrédula, mas ele estava bem foda-se para aminha opinião. — O que? Eu não confio muito em você depois de hoje.

O Maxon dormiu no sofá e tenho que confessar para mim mesma que eu senti a sua falta na minha cama, saber que ele estava no mesmo apartamento que eu, que ele foi me buscar em L.V. é complicado, mas não sei, só sinto falta dele.

Essa é a questão da confiança, eu confio no César, por causa de um contrato que o obriga a me obedecer, mas tem o Maxon, ele simplesmente apostou tudo numa confiança que quebrei sem nem ao menos me importar, sem nem ligar em quem eu estava afetando. Os meus novos amigos talvez não tenham percebido, mas aquele pau no cu percebeu que eu estava fazendo merda e ele foi atrás, ele deu um jeito e foi atrás.

A quanto a seu respeito eu errei Maxon?

O quanto mais você tem que me mostrar?

Só te peço para não mudar do nada, não me machuque. Se quer me dar o seu carinho eu aceito, mas se não pode me dar mais do que isso, me diga não me dê esperanças a mais do que é capaz de me dar.

Só não me faça apaixonar por algo que não vá existir. 

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OIOIOIOIOIOIOIOIOIOI MENINAS

Então o que me disse sobre essa mudança do nosso bad boy favorito. 

Espero que gostem. 

Beijos, se cuidem e até o próximo. 

Mudando os horizontesWhere stories live. Discover now