Deuses e Santos

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Na manhã posterior ao ocorrido, as feridas de Bill e Will Cipher já estavam curadas; ambos acordavam sonolentos.

— Bill? Você está bem? — pergunta Will, sentando-se em sua cama ainda meio zonzo.

— Cara, na verdade não. Acho que tô de ressaca, e olha que eu nem bebo. Minha cabeça tá girando, tô meio zonzo, e você, irmão? — pergunta Bill, também se sentando na cama.

— Estou na mesma. Me lembro de pouca coisa ontem, mas o nítido é que tomamos uma surra dos Gleeful.

— Tanta coisa para você esquecer, e você lembra justamente disso, né?... Não foi uma surra. Também demos umas belas porradas neles, para não se esquecerem.

— Bill, acho que você não lembra, nós perdemos pra eles. A maldita da Blair era muito poderosa, até mesmo pra gente.

— Então algo de errado não está certo, Will. Se nós perdemos... como estamos aqui no quarto, sentados na cama? — pergunta Bill com uma expressão de indignação por não lembrar de boa parte do dia anterior.

— Está aí uma boa pergunta. Eu não me lembro.

Ambos os irmãos colocam suas mãos embaixo do queixo, cruzadas, olhando fixamente para o chão, tentando lembrar o que aconteceu depois de um certo tempo no dia anterior.
— Então quer dizer que vocês não lembram da minha entrada super legal? Isso me deixa tão decepcionado. — aparece Kill flutuando de ponta cabeça atrás de Will, com uma de suas mãos no queixo e uma expressão de desapontamento. — Eu queria que se lembrassem, mas pelo menos vocês estão bem.

— Ele tem razão, Will. Mas eu ainda queria... PERA, QUEM É O ESQUISITÃO VOANDO ATRÁS DE VOCÊ, WILL?

— Quem? — Will se vira e dá de cara com o irmão, com seu rosto colado ao dele. — Will se arrepia todo e se levanta rapidamente da cama, apontando para Kill. — Q-q-q-q-quem é você, esquisitão?

— Eu salvo vocês, e vocês me chamam de esquisito? Que ingratidão. — Kill fica normal e fica de pé. — Só porque eu fiquei alguns anos fora, acham que têm o direito de se esquecerem até da minha voz. — Kill põe a mão na máscara que ele estava usando. — Mas não tem problema, esse rosto não tem como se esquecerem. — Kill tira a máscara e olha para seus irmãos. — Se lembram de mim agora?

— K-K-Kill?? — Will fica abismado com o reencontro do irmão desaparecido há anos.

— Quem é você mesmo? — Bill põe a mão na cabeça, perguntando-se quem era a figura.

— Bill!! É nosso irmão!!

— Eu sei. — Bill cai na gargalhada. — Eu estava só brincando. — Bill vai até Kill e estende a mão. — Eu senti sua falta.

— Kill estende a mão para apertar a de Bill. — Eu também senti, mano — Bill puxa rapidamente Kill para um abraço apertado e caloroso. — Nunca mais suma assim, seu maldito... nunca mais.
— Pode deixar, Bill. — Kill retribui o abraço na mesma intensidade. — Eu não vou. Vem cá, Will, venha abraçar seu irmão desaparecido há eras. — Kill solta devagar Bill e abre os braços para Will.

— Mano... — Will cai em lágrimas e corre para abraçar Kill. — Eu senti tanta sua falta...

— Eu também, irmão... Eu também. — diz Kill para Will, tentando acalmá-lo enquanto faz carinho em sua cabeça. — Agora eu quero que vocês desçam comigo, tenho algo importante para falar com vocês.

— Vamos lá, eu tô morrendo de fome. — diz Bill, já saindo do quarto.

— C-certo, irmão. — diz Will, indo junto com Bill.

Família CipherWhere stories live. Discover now