capítulo 16

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Joalin

Assim que a passagem foi fechada, os guardas foram chegando, e aos poucos minhas munições iam acabando, eu tinha certeza que ia morrer, que tinha chegado minha hora, mas em nenhum momento eu pensei em desistir.

Eu matei cada guarda que tentou entrar no meu caminho, voltei para o banheiro feminino, caminhei de volta as selas para ver se faltava alguém para ser salvo, não havia ninguém, mas havia uma área onde era impossível os prisioneiros terem fugido, nas solitárias, eu cheguei naquela área escura e úmida feita de pedras, e todas as selas estavam abertas e não havia ninguém dentro delas, então vieram duas hipóteses na minha cabeça, a primeira era que de alguma forma eles fugiram, e a segunda os prisioneiros estavam sendo bonzinhos demais, e não foram para a solitária.
Andando por aquele corredor escuro eu cheguei a sela número 32, a sela em que eu havia ficado, eu entrei nela e não havia ninguém dentro, eu me sentei naquele chão, e comecei a chorar, eu sentia uma dor, que me consumia de uma forma Horrível, e doía demais.

Depois de um tempo eu saí daquela cela, e resolvi continuar olhando para ver se não achava ninguém. O lugar era enorme e eu passei um bom tempo olhando de cela em cela...até que depois de muito tempo eu cheguei a uma porta de metal muito alta e larga, tinha uma pequena janela quadrada de vidro, ela estava suja e embaçada , não dava para ver quase nada, eu só conseguia ouvir um barulho de soluço, tinha alguém lá dentro, mas a porta estava trancada.
- oi, tem alguém aí?
- Eu socorro, me ajuda por favor
- oi, fica calma, a porta está trancada, você sabe por que não tem ninguém nas solitárias?
- sim, as pessoas iam ser transferidas hoje, mas alguém conseguiu levá-los embora, um amigo tentou me salvar, mas não deu tempo, ele falou que há uma saída pelo banheiro feminino.
- eu vim com o grupo que salvou a todos, fiquei para salvar quem estava na solitária, não imaginava que eles tinham conseguido fugir.
- é eles conseguiram.
- eu preciso que você saia de perto da porta, fiquei em algum canto.
- tá bom - eu carreguei a minha arma, e atirei na fechadura, com muita força, eu abri a porta, e lá estava a garota, com roupas sujas e muito magra, cabelos loiros e olhos azuis, com uma cara assustada.
- você está bem? - perguntei
- não, mas agora estou um pouco melhor.
- a quanto tempo você não come?
- uma semana, eles só me dão água.
- eu sinto muito, vamos tenho que levar você para o banheiro feminino, em algumas horas meus amigos vão chegar e nos levar desse inferno.
- ótimo, eu só quero ir embora daqui... Aliás de onde você e seus amigos vieram?
- nós viemos da base de proteção, da índia
- a que ótimo, vocês estão bem por lá?
- sim, passamos por alguns momentos ruins, algumas guerras, mas agora está tudo sob controle.
- guerras? Muita gente morreu?
- infelizmente sim - assim que falei a menina começou a chorar novamente
- o que ouve? - perguntei
- minha família e meu namorado foram todos para índia, eu estava com eles quando fui capturada, não sei se eles chegaram bem na base.
- sinto muito, mas olha eu sou a chefe da base, talvez eu saiba se sua família está bem.
- jura?
- sim
- qual é seu nome? - perguntou a Garota
- Joalin, Joalin Loukamaa
- que nome familiar
- e então qual é seu nome? - perguntei
- eu sou Sina, Sina Deinert.


Generation Z: part 2Onde histórias criam vida. Descubra agora