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12 DE JULHO - 2010;

Ashton Irwin é um cara tranquilo. Gosta de uma boa aventura, de se reunir com os amigos e tem um grande amor pela natureza, mas também gosta do seu próprio espaço. Mora sozinho em uma casa pequena, apenas dois quartos; um banheiro; uma pequena cozinha interligada com a sala e um quintal com algumas plantas que ele cuida com carinho, e fica localizada em um bairro tranquilo da cidade. Pela manhã ia para faculdade, cursava história e sonhava em ser professor universitário. Pela tarde trabalhava em uma simpática cafeteria, que também funcionava como livraria, com espaços para ler e tomar um bom café. O local era pequeno, mas bem frequentado e a dona era uma senhora bibliotecária, que tinha como maior paixão os livros. Conta com três bons melhores amigos, com quem mantém contato desde os 15 anos. Agora, com 23 eles possuíam uma amizade firme, até moravam todos próximos e estavam sempre um na casa do outro.
Entretanto, a vida dele sofre uma reviravolta às 23:00 de uma terça feira. Ashton estava se preparando para dormir, mas escuta toques suaves na porta. Ele estranha, pois estava tarde e ele estava bem cansado, poderia estar escutando coisas. Porém ele escutou de novo e resolveu ir checar a porta. Quando abriu não viu ninguém, só uma cesta de madeira pintada de branco com um lençol também branco e escutou um barulho baixo saindo de lá. Quando retirou o pano deu de cara com um pequeno bebê de cabelos pretos e pele pálida, que estava enrolado apenas em um lençol, dormindo.

- Um bebê???

Ele entra em pânico, coloca o bebê para dentro de casa e logo liga para um de seus melhores amigos, pois ele não tinha um carro e precisava levar o bebê para um hospital, para saber se estava bem e possivelmente saber se tinha algum registro.

- Alô? Calum? Preciso que venha aqui em casa agora! É urgente! Eu te explico no caminho!
- Ok, chego em 10 minutos.

Enquanto espera, ele tira o bebê da cesta e o deixa enrolado no lençol em que veio. Assim que Calum chega, Ashton entra no carro e diz a ele para ir ao hospital mais próximo. Nota também a presença do seu outro amigo, Michael, no banco da frente.

- Mike?
- Fiquei preocupado! Você liga assim do nada, achei estranho e vim pra checar você também.
- E cadê o Luke?
- Tá na casa da mãe, lembra?
- Ah, é verdade.
- Ashton? O que seria isso nos seus braços?
Calum fala olhando pelo retrovisor.
- Um bebê. Mas não ne questione agora, por favor. Apenas dirija.
- Ok. Mas quero deixar claro que você é estranho demais.

Ashton solta um riso fraco e deixa o assunto morrer, enquanto segura cuidadosamente o bebê em seus braços, que continuava dormindo.
Chegando lá, eles vão para a ala de emergência e são atendidos por uma senhora médica de olhos cansados e sorriso gentil, que estava no plantão da vez. Irwin logo vai até ela e explica o que aconteceu e o bebê é levado para fazer exames e checar se tem um registro dentro do hospital ou algum outro hospital da cidade.

- Ash? agora pode explicar que porra é essa?
Calum fala olhando para Ashton com uma expressão confusa e estressada.
- Não tem muito o que dizer, Cal. Apareceu na minha porta, liguei pra você e agora estamos aqui.
- Você olhou ao redor da sua casa?
- Olhei, mas não tinha ninguém na rua, vi apenas um carro saindo, mas estava muito rápido e não consegui ver nem a cor.
- Certo. E agora?
- Não sei.
- Por que não vamos pra casa? tá bem tarde e amanhã ainda tem aula pra você e nós aqui trabalhamos.
- Eu sei, mas eu quero saber se o bebê está bem e o que conseguem descobrir sobre ele.
- Uh, ok então.

Depois de 1 hora de espera, a mesma médica vai ao encontro deles.

- Olá, não consegui me apresentar direito, sou a Dra. Sandra Collins. Desculpe a demora, os exames não estão completamente prontos, mas fui informada que ainda estavam aqui e quis dar um esclarecimento, já que vocês pareciam bem assustados. O bebê é uma menina, está com a saúde estável, sem problemas aparentes. Tem dois meses feitos hoje e não tem registro algum nos três hospitais da cidade. Suspeitamos que seu parto tenha sido caseiro e estamos esperando o resultado do teste de DNA. Gostaria de saber se tem alguma informação extra para nos dar, Sr. Irwin.
- É um alívio saber que ela está bem. Infelizmente não tenho informação alguma para fornecer além de que ela estava na minha porta às 23:00 desta noite, em uma cesta branca com um pano branco por cima.
- Entendi. Obrigada pela disposição de trazê-la ao hospital, Sr. Irwin. Temo que precisaremos da sua presença amanhã para dar essas informações para a polícia, que já foi informada e irá abrir um caso em relação ao abandono desse bebê. Por favor, esteja aqui às 8:00, se possível.
- Certo, farei o possível para ajudar. Mas e agora? O que acontece com ela?
- Ela irá ficar no hospital até que todos os exames estejam feitos. Depois irá para um lar temporário até que o caso seja resolvido e seus pais ou algum familiar seja rastreado. Caso isso não ocorra, ela ficará permanentemente em um lar de adoção adequado.
- Entendido, espero que consigam achar alguma informação. Mas antes de ir queria saber se eu poderia vê-la uma última vez. 
- Pode sim, irei liberar o seu acesso e você pode seguir a Helena até o berçário.
- Ok, muito obrigado!

Então a Dra.Collins vai em direção a recepção e logo uma enfermeira baixa, de longos cabelos pretos e feições delicadas, vestida em um uniforme rosa claro, aparece ao seu lado e depois vai em direção a Ashton.

- Olá! Me chamo Helena. Por favor, siga por esse corredor para irmos ao berçário.
- Olá! Ok.

Eles passam por um longo corredor e sobem até o segundo andar. Chegando lá eles param em frente a uma grande parede de vidro com vista para vários berços.

- Chegamos. Vou buscá-la, a sala é de acesso restrito então não daria pra você entrar, perdão.
- Tudo bem! Eu aguardo aqui.

Helena então vai na sala buscar a neném enquanto Ashton aguarda ansioso.
Quando ela volta, a bebê está acordada e parece tranquila. 
Ashton olha para ela e dá de cara com os olhos mais bonitos que já viu. Olhos cor de mel, dóceis e enormes e imediatamente fica encantado com tamanha fofura.

- Será que posso pegá-la?
- Creio que não será possível. Não sei se é autorizado.
- Oh, certo. Mas... e em relação ao nome dela? Ela tem algum?
- Ah sim, sobre isso... A doutora Collins me disse que você pode escolher um nome para ela. Claro, caso sejam encontrados os pais, ou ela vá para a adoção, poderá mudar, mas você pode colocar um “nome temporário”, pra ela não ficar sem nenhum.
- Eu? Tem certeza?
- Sim, ela achou justo que seja você, já que teve todo o cuidado de vir ao hospital e esperar para ver como ela estava. A não ser que não queira.
- Oh, eu quero sim.
Ashton olha bem para o rosto da bebê e chega a uma conclusão bem fácil.
- Cherry.
- Esse é o nome?
- Sim, esse é o nome perfeito.
- Ok! Cherry então está nomeada, pelo menos temporariamente.

Ashton nota que já está bem tarde e resolve se despedir de Cherry e Helena. Ele faz o caminho de volta e vai ao encontro dos dois homens, que pareciam cansados.

- E aí, como ela tá?
Michael pergunta assim que vê o amigo se aproximando.
- Ela tá bem, parece saudável e tem lindos olhos e tive o privilégio de nomeá-la, pelo menos temporariamente.
Ashton responde com um sorriso pequeno no rosto, a bebê era realmente muito fofa.
- Sério? Agora eu tô surpreso.
Calum responde olhando pra Ashton de forma intrigada.
- Eu também, nem sabia que eu poderia fazer isso.
- E qual foi o nome escolhido?
Michael pergunta de forma animada.
- Cherry. Combina bastante com ela.
- Meu Deus... Isso é a sua cara. Pelo menos é fofo, mas vamos torcer pra ela conseguir outro nome.
Calum responde rindo baixinho da cara de indignação que Ashton faz.
- Eu adorei Ash, não liga pra esse fodido.
Michael fala dando um leve empurrão no ombro de Calum.
- Mas você conseguiu ver ela?
Calum pergunta.
- Sim, foi um alívio saber que ela tá bem. Mas enfim, vamos?
- Sim, por favor! Tô morrendo de sono.
- Ah Mike, você que quis vir...
- Cala boca, vim aqui por você.

A viagem para casa é silenciosa e sonolenta. Ashton chega em casa e logo cai na cama, exausto. Mas se tem uma coisa que não sai da cabeça dele são os olhos da pequena e adorável Cherry e a estranheza dos acontecimentos.

- Caramba, que noite estranha.

                               🍒☀️

É isso. Espero que gostem do primeiro capítulo. Peço perdão se houver algum erro.
Caso tenha alguma crítica, sugestão ou simplesmente queira conversar, me manda uma mensagem ou vai até o meu twitter (@comfortashy) ;).
Ellen.

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⏰ Last updated: Apr 02, 2021 ⏰

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