XIX

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Qualquer erro não hesite em comentar para que eu possa corrigi-lo! Boa leitura ~♡

Música: All of me, de John Legend.

Ycaro on

Já fazia um tempo que eu havia acordado, mas ainda não conseguia me acostumar com o susto que havia levado.

Aparentemente, eu havia desmaiado no chão da minha sala, Tawan e André me socorreram quando foram me visitar e me encontraram caído no meio da casa.

_Flash Back_

Depois de ter tomado banho, lembro vagamente de ter descido as escadas para o andar de baixo. Comecei a me esquecer de como era a expressão no rosto do Rodrigo enquanto me penetrava, e antes que me esquecesse por completo, peguei um caderninho de anotações que ficava na última gaveta na cozinha.

Após tentar desenhar o rosto dele, me toquei do que estava fazendo e timidamente guardo o pequeno caderno em seu lugar.

Eu iria voltar para o meu quarto, mas havia perdido completamente o sono. Me distrai indo até a geladeira, pegando todas as cervejas restantes e às ingerindo enquanto assistia a qualquer porra de programa que passasse às 4 da manhã.

Volto a realidade quando percebo que a enfermeira ao meu lado está me fazendo aquelas perguntas genéricas de quem acabou de sofrer um acidente. Eu me lembrava perfeitamente do que havia acontecido, mas não tinha certeza se a última parte do meu devaneio havia realmente acontecido, e meu medo de perguntar era maior do que o de ouvir a resposta dela.

— Sua mãe? Bem, você deve ter tido uma espécie de alucinação enquanto estava desmaiado, lembrando de alguém importante pra você. Eu li sua ficha, e liguei para o hospital onde ela está. Os médicos de lá me afirmaram de que ela continua bem, apenas se recuperando.

Ouvi apenas a metade do que ela disse, por conta da minha mente não estar muito bem no lugar. Mas só a parte de saber que minha mãe estava bem, e se recuperando me fez começar a chorar involuntariamente, fazendo eu me sentir um idiota na frente dela.

A pobre enfermeira da qual se chamava Amélia — estava escrito em seu traje, me consolou e disse que é normal chorar, porque ninguém espera receber uma notícia de que sua mãe morreu do nada.

Mas eu chorava de felicidade.

Ela ainda tava aqui comigo. Respirando e sobrevivendo. Seu coração ainda bombeava sangue o suficiente para fazê-la se recuperar para que um dia, eu possa abraçá-la de novo. Amélia me chama

— Gostaria que eu ligasse para alguém e avisasse da sua melhora?

— Sim — Digo secando as lágrimas com as costas da manga – Por favor, faça isso.

— Avisarei então para que venham te buscar e levar alta. Bom descanso Carlos! – Ela se despede de mim dando um tchauzinho e fechando a porta.

Me deito novamente e desabo a chorar.

Eu estava feliz.

. . .

Ainda havia um suporte do meu lado pingando às últimas gostas que restavam do soro para que eu pudesse ir embora. André conversava com um médico enquanto Tawan estava do meu lado tentando me manter acordado

— Como é usar esse bagulho no braço? – Pergunta ele apoiando os braços sobre as pernas

— Estranho, ela errou a minha veia na primeira vez, e teve que furar meu outro braço também. Além dessa coisa dar um baita sono. – Falo meio lerdo pelo efeito do soro e continuo — Você nunca usou um desses?

Flores pra você •Saikaro•Onde as histórias ganham vida. Descobre agora